Criminalidade e mudança das práticas populares de saúde em São Paulo - 1950 a 1980
As práticas e os hábitos populares de saúde na visão de médicos e de folcloristas, em virtude da prática de curandeirismo são abordados nesta obra, que retrata a medicina popular em São Paulo, nas décadas de 50, 60 e 70 do século XX. O autor utiliza como fontes de pesquisa documentos produzidos pelo aparato estatal, artigos publicados em revistas especializadas na área de saúde, a produção teórica de folcloristas que estudaram a temática das práticas populares e a documentação produzida pelo judiciário, como processos-crime e acórdãos judiciários que envolvem decisões sobre acusações de exercício ilícito de profissões da área médica.
Antonio Carlos Duarte de Carvalho é doutor em História pela Unesp - Assis e docente dos cursos de Graduação e Pós-graduação do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, onde atua na área das Ciências Humanas e Sociais aplicadas à Saúde. Também na temática História e Saúde publicou: Curandeirismo e medicina: práticas populares e políticas estatais de saúde em São Paulo nas décadas de 30 e 40.
Utilizando um discurso ágil e leve, em muitos momentos com sabor de crônica de costumes, este livro recupera o processo de consolidação da intervenção do pensamento médico no campo do direito. De uma perspectiva especialmente da antropologia e da sociologia, este estudo sobre medicina legal no Brasil é, ao mesmo tempo, uma incursão pelas idéias e costumes da sociedade brasileira entre os anos de 1870 até 1930.
Paolo Rossi, autor de A ciência e a filosofia dos modernos, analisa neste livro os deslocamentos semânticos aos quais as noções de crescimento e progresso foram submetidas durante a modernidade. Remetendo a textos de filósofos, cientistas e literatos, o autor procura redesenhar o quadro do racionalismo moderno ao questionar a unidade e permanência de alguns de seus conceitos-chave.
A história das sensibilidades busca desvendar as nuances da experiência humana, reconhecendo que a expressão das emoções e as formas de afeição são fluidos, moldados por contextos históricos e sociais específicos. Trata-se de uma busca por recuperar a riqueza das maneiras de sentir, de comover-se e de se relacionar com o mundo que se perderam no tempo, na tentativa de compreender a complexidade da experiência humana em toda a sua amplitude e diversidade.
Charle & Verger apresentam um estudo da história das universidades que abrange desde o seu nascimento na alta Idade Média até o período atual. Isso lhes permite analisar o período revolucionário do século XVIII, as transformações das universidades pelo impacto do desenvolvimento científico do século XIX e as mudanças que vieram após a Segunda Guerra Mundial. Sem nunca perder de vista a correlação dessa história com o desenvolvimento econômico, político e social, o estudo de Charle & Verger utiliza a reconstrução dessa trajetória para pensar os caminhos da universidade contemporânea.
O objetivo central deste livro é verificar de que maneira a relação entre o aparelho militar e o sistema político no período de 1974 a 1999 afetou a consolidação da democracia do país. Este aspecto-chave foi desdobrado analiticamente em dois planos: o legal-institucional e a conjuntura política. No primeiro plano, a referência básica é a função das Forças Armadas na Carta Magna e as missões definidas nos textos infraconstitucionais, conferindo-se as principais posições defendidas pelos atores políticos relevantes - partidos, militares, empresários e sindicatos - na configuração legal da função e das missões atribuídas ao aparelho militar. O segundo plano focaliza a conjuntura do período indicado. Neste caso, trata-se de uma análise pontual de momentos cruciais da conjuntura política, pinçando os elementos diretamente vinculados àquela relação entre militares e sistema político.