Explicar a vida e sua origem em nosso planeta é uma tarefa que sempre preocupou o ser humano, e hoje a teoria evolucionista nos fornece uma visão mais coerente do processo e exerce um papel central na Biologia. Este livro mostra como a biologia evolutiva surge ao longo dos séculos XIX e XX, apresenta seus principais conceitos, o contexto cultural e social na qual está inserida e as fronteiras atuais da busca do conhecimento sobre a evolução e a diversidade da vida no nosso planeta. Tudo isso em uma linguagem clara e instigante, que busca aproximar a teoria da realidade do leitor. Os autores mostram como a compreensão da biologia evolutiva é importante para, por exemplo, desvendar a origem da Aids, evitar mortes por infecção hospitalar e até entender a razão dos enjoos na gravidez. Tudo isso com base numa visão de mundo que reconhece os seres vivos como resultado de um processo de mudanças graduais e incorpora os debates que levam a uma constante renovação do pensamento científico.
Diogo Meyer é docente do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
Charbel Niño El-Hani é docente do Instituto de BIologia da Universidade Federal da Bahia.
Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1973, Konrad Lorenz é um dos fundadores da etologia, ciência das relações comparadas entre comportamento animal e humano. Este livro é concebido como uma introdução geral a essa ciência. Nele é encontrada uma exposição detalhada de suas questões principais, seu campo de atuação, seus objetivos e seus métodos, além de sugestões e perspectivas para futuras investigações.
O filósofo americano John Searle deve seu renome internacional às suas obras sobre a linguagem e a mente. Neste livro, ele prossegue aqui seu trabalho no campo da filosofia prática, retomando, dentro de sua perspectiva, questões fundamentais: as da liberdade e do poder político. O que é ser livre? Se incluirmos os conhecimentos da pesquisa contemporânea no domínio das ciências cognitivas e da neurobiologia, devemos incluir um certo tipo de correlação com a hipótese do determinismo. Logo, a questão é: qual deve ser a natureza da mente, como fato físico, para que a liberdade seja possível?
A floresta amazônica cobre mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, entre os territórios de nove nações diferentes. Representa mais da metade da floresta tropical remanescente do planeta. Está realmente em perigo? Que passos são necessários para salvá-la? Para entender o futuro da Amazônia, é preciso saber como sua história foi forjada: nas épocas das grandes populações pré-colombianas, na "corrida do ouro" de conquistadores, nos séculos de escravidão, nos esquemas dos ditadores militares do Brasil nas décadas de 1960 e 1970 e nas novas economias globalizadas, nas quais a soja e a carne bovina brasileiras agora dominam, enquanto o mercado de créditos de carbono aumenta o valor da floresta em pé. Susanna Hecht e Alexander Cockburn mostram em detalhes convincentes o panorama de destruição, analisando muitos fatos no calor da hora, e também põem em relevo o extraordinário ímpeto dos defensores daquele ecossistema, bem como o surgimento de novos mercados ambientais. Passando por fatos marcantes dessa luta pela preservação da floresta, a exemplo do assassinato de Chico Mendes, este livro contribui substancialmente para atualizar e organizar o conhecimento disponível para o grande público a respeito das reais condições atuais da floresta, da miríade de desafios restantes e dos luzes que se veem no horizonte.
Atualmente, há cerca de vinte milhões de analfabetos no Brasil, resultantes de um processo histórico longo, com lutas políticas e ideológicas mal resolvidas. Ao cidadão talvez pareça natural a ideia de que o Estado tem o dever de propiciar a todos os indivíduos, por meio da educação, o acesso à leitura e à escrita, como uma das principais formas de inclusão social, cultural e política e de construção da democracia. Nesta obra, a autora aborda conceitos como alfabetização e analfabeto, até sua gradativa substituição por expressões e noções como letramento e iletrado. Analisa a trajetória percorrida e o esgotamento de determinadas possibilidades teóricas e práticas no campo educacional evocando meios para sua superação, bem como para o resgate da dívida histórica com os excluídos da participação social, cultural e política no Brasil.
Esclarecer as forças seletivas responsáveis pela evolução do sexo, das taxas de recombinação, dos sistemas de cruzamento e das taxas de mutação com uma abordagem pelo ponto de vista da genética populacional. Este propósito levou John Maynard Smith a escrever A evolução do sexo, de forma a compartilhar suas teorias evolutivas com o público e a estimular os leitores a não esgotar a busca por descobertas sobre o assunto apresentado na obra.