Uma abordagem da Reforma Política brasileira, no que se refere às coligações eleitorais e seus impactos sobre o sistema partidário, propiciando uma reflexão das mazelas da fragmentação do sistema partidário, do problema da tradição federativa, da nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Apresenta as coligações eleitorais entre 1954-1962; a lógica das coligações no Brasil; os efeitos das coligações e o problema da proporcionalidade; e uma análise comparativa das estratégias eleitorais nas eleições majoritárias (1994 - 1998 - 2002), referindo-se às coligações eleitorais versus a nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Ao subsidiar um foco do perfil dos partidos e da classe política brasileira, em especial, suas identidades no espectro ideológico, possibilita adquirir indicadores sobre o impacto do Poder Executivo (estadual e nacional) sobre os partidos e o sistema partidário brasileiro.
Doutora em Ciência Politica pela Katholische Universitat Eichstätt/Ingolstadt (Alemanha). Professora do Programa de Pós-Graduação Em Ciencia Politica da UFRGS. Foi professora visitante da Katholische Universitat Eichstätt – Ingolstadt (Alemanha) e na Universidade Nacional de Rosário (Argentina) e pesquisadora visitante na Julius Maximilians Universitat (Würzburg, Alemanha). Organizou os livros Partidos e coligações eleitorais no Brasil (com Rogério Schmitt; Editora Unesp/KAS; 2005) e Coligaçoes partidárias na nova democracia brasileira (com Humberto Dantas e Luis Felipe Miguel; Editora Unesp/KAS, 2010.
Autor deste livro.
Que fatores contribuíram para a formação de determinadas coligações partidárias no Brasil? É essa a proposta deste livro, que reúne ensaios que analisam as relações entre partidos desde o processo de redemocratização e que vêm enriquecer os debates sobre eleições e o sistema político brasileiro.
A missão de fazer um balanço do “Estado da Arte” que trata das pesquisas sobre coligações eleitorais é um exercício que traz satisfação. Primeiro, por constatar os avanços conquistados nas investigações que têm como preocupação central analisar as diversas facetas que dizem respeito ao fenômeno. Segundo, por também ser possível observar que há ainda um campo a desvendar que está aberto para futuras empreitadas. A responsabilidade é maior quando se tem o objetivo de reconhecer e apontar os limites teóricos e metodológicos que ainda permanecem e devem ser superados para uma apreensão mais completa e acurada de dimensões que já foram ou necessitam ser desbravadas, ou que não haviam sido problematizadas. Esta coletânea tem a pretensão de oferecer não somente um diagnóstico atualizado de tendências coligacionistas que já vinham sendo destacadas nas investigações que se fundamentam em opções metodológicas consolidadas na área, mas também de apresentar novos caminhos.
Data de muito tempo no Brasil o início do registro de cenas em película. No entanto, embora tenha havido iniciativas de grande envergadura na área cinematográfica, tais experiências naufragaram em maior ou menor grau entre 1930 e 1966 (ano da criação do Instituto Nacional de Cinema), período investigado mais detalhadamente pelo presente estudo. Em busca de compreender por que o cinema não se desenvolveu aqui na mesma proporção de outros países, a autora recolhe e analisa, a partir dos vestígios desses naufrágios, elementos reveladores e surpreendentes da trajetória da sétima arte em nosso país, na qual o Estado esteve intimamente imbricado. O objetivo do livro não é retraçar a relação entre Estado e cinema no Brasil até o momento presente, mas sim identificar e comparar tal relação em dois momentos políticos distintos, o regime autoritário e a democracia. São trabalhados em detalhe os aspectos políticos relacionados à economia e à legislação cinematográfica. O leitor interessado em cinema brasileiro encontrará nesta terceira edição ampliada do estudo de Anita Simis profunda reflexão e pesquisa sobre o desenvolvimento pregresso do cinema brasileiro, que são preciosos insumos para a análise do atual momento da nossa indústria cinematográfica.
Neste livro, o autor examina as relações entre democracia e política externa, tema para ele de indiscutível atualidade e importância, que, no entanto, tem escassa presença na literatura em língua portuguesa. A obra foca o Brasil após a redemocratização, em 1985, para avaliar se a política externa brasileira tornou-se mais democrática no novo contexto ou se, apesar de ter ganhado mais espaço na mídia nesse período, continuou sendo decidida exclusivamente pelo Estado.
As ciências sociais no Brasil chegaram pelas influências alemãs em Tobias Barreto e inglesas em Sílvio Romero, além da filosofia e sociologia do direito. Tobias antecipou-se aos neokantistas enquanto Sílvio preferiu Spencer, ambos contra o positivismo de Comte. Estas idéias da Escola do Recife estão nas origens dos estudos de sociologia, antropologia e política no Brasil. Elas vêm até à geração de Gilberto Freyre e discípulos.