A obra de Abelardo distribui-se em várias direções: teologia sistemática, exegese bíblica, sermões, ética, lógica, sem esquecer a poesia e as cartas. Não seria exagero dizer que ele teve papel de destaque em todos estes setores. No que diz respeito à lógica, Abelardo nos deixou quatro textos: Introductiones dialecticae, Logica "Ingredientibus", Logica "Nostrorum petitione sociorum" e Dialectica. Trata-se do mais importante monumento ligado à chamada "Lógica velha". Este volume, Logica "ingrendientibus", pode ser dividido em três grandes partes. A primeira é constituída por considerações gerais sobre a lógica e a filosofia. A segunda contém um comentário literal da introdução da Isagoge. A terceira, na qual nos deteremos com mais vagar, é justamente uma investigação sobre as perguntas de Porfírio com o objetivo de respondê-las.
Autor deste livro.
Físico, matemático, astrônomo, filósofo e literato, Galileu Galilei foi um dos pilares do Ocidente contemporâneo. Nos textos reunidos em Ciência e fé, travamos contato com o seu pensamento revolucionário, ao desvendar as relações entre a Ciência da Natureza (chamada na época de "Filosofia Natural") e a interpretação que a tradição católica faz da revelação bíblica durante o século XVII.
Esta seleção de textos clássicos de Tomás de Aquino discute a tríplice divisão aristotélica das ciências. Apresenta-se aqui uma vigorosa, sofisticada e frequentemente descurada concepção do pensamento científico. Livro básico para a investigação epistemológica e para a história da filosofia e do pensamento medievais.
As questões estudadas neste livro – O universo é regido por leis deterministas? Qual é o papel do nosso tempo? – foram formuladas pelos pré-socráticos na aurora do pensamento ocidental. Elas nos acompanham já há 2 mil anos. Hoje, os desenvolvimentos da Física e das matemáticas do caos e da instabilidade abrem um novo capítulo nessa longa história. Atualmente percebemos esses problemas sob um novo ângulo. Podemos, a partir de agora, evitar as contradições do passado.
Publicados originalmente entre 1754 e 1762, os textos que compõem esta obra fazem parte dos seis volumes sobre a história inglesa redigidos por David Hume quando ele ainda não gozava da fama de filósofo pela qual o reconhecemos hoje. Fundamentado na noção de que o que move a história é a busca de um povo pela liberdade, em contraposição ao poder e à autoridade exercidos pelo Estado, e interessado em demonstrar como este embate é responsável por erigir a Constituição inglesa, Hume desenvolve sua investigação sobre os fatos do passado lançando luz não apenas sobre a vida de reis, príncipes, parlamentares e militares – tal como era a tradição até então –, mas também sobre amplas e importantes esferas da sociedade, como a ciência, a religião, as artes, a economia e os costumes.
“Mesmo nas democracias estabelecidas, as instituições existentes da liberdade não são mais incontestáveis, ainda que nelas as populações pareçam pressionar não por menos, mas, sim, por mais democracia. Eu suponho, contudo, que a inquietação tem uma razão ainda mais profunda, a saber, a suspeita de que, no marco de uma política completamente secularizada, não é possível haver e nem preservar o Estado de direito sem democracia radical. Discernir o que subjaz a essa suspeita é o objetivo da presente investigação.”