O sistema político adotado pela Constituição brasileira assenta-se em três poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Em termos ideais, a autonomia e o equilíbrio dos três poderes é o requisito essencial para a construção de uma sociedade democrática. A autora reavalia o papel histórico que desempenhou o Supremo Tribunal Federal, refletindo sobre o seu funcionamento e seus limites, desde o momento em que foi criado até a edição de nossa última Carta Constitucional, em 1988.
Emília Viotti da Costa (1928-2017), nascida em São Paulo, formou-se em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, sendo livre-docente pela mesma universidade. Aposentada em 1969 pelo AI-5, foi docente em várias universidades dos Estados Unidos, entre as quais a Tulane University e a University of Illinois. Foi Full Professor na Yale University, onde lecionou por mais de duas décadas. Pela Editora Unesp publicou A abolição, Da Senzala à Colônia, Da Monarquia à República, O Supremo Tribunal Federal e a construção da cidadania, A dialética invertida e outros ensaios e Brasil: história, textos e contextos. Também coordenou a Coleção Revoluções do Século 20. .
Emília Viotti da Costa, professora e historiadora, analisa os diversos momentos que definiram a modalidade de instauração do Brasil republicano. Ao esclarecer as coordenadas dessa passagem, a autora desvela as causas da fraqueza das instituições democráticas e da ideologia liberal, em uma tentativa de compreender as raízes do processo de marginalização de amplos setores da população brasileira.
Procurando elucidar aspectos do processo de formação do conceito de nacionalidade na história brasileira, a historiadora analisa o período de passagem do trabalho escravo ao trabalho livre. Isso permite apreender a especificidade do período colonial e de seus conflitos sociais. A expansão cafeeira aparece como elemento duplo de redeterminação e conservação dos antagonismos, fonte de perpetuação de um conflito que esta obra procura abranger.
Este volume reúne ensaios que cobrem um variado espectro temático que vai da independência do Brasil à crise mundial do século XXI. O material ensaístico é complementado por depoimentos da autora, que, além de iluminar os contextos que subjazem ao conteúdo abordado, inscrevem a própria historiadora como personagem de seu tempo.
A autora analisa o anti-semitismo deflagrado na II Guerra Mundial, esmiuçando seus agentes, motivos e desdobramentos, como o surgimento do sionismo e a criação do Estado de Israel, dando ênfase aos conflitos árabe-israelenses e ao colonialismo judeu na Palestina.
Qualquer estudo sobre a sociologia, a política, a administração, a educação e a história das idéias no Brasil passa pelo pensamento de Maurício Tragtenberg, autodidata que se tornou um dos mais criativos intelectuais brasileiros dos anos 1960-1990, sempre em defesa da democracia e contra a burocratização do movimento operário. Esta coletânea, organizada a partir de evento que homenageou o pensador, em 1999, na Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, Campus de Marília, reúne depoimentos de 28 professores, pesquisadores, sindicalistas e artistas sobre uma das mentes mais polêmicas do país.