Este volume reúne os mais importantes artigos de Alfred Tarski, que formula claramente o problema que deseja resolver: apresentar uma definição materialmente adequada e formalmente correta da expressão 'sentença verdadeira', o que já constitui uma reformulação bastante particular do problema da verdade, e especifica as condições nas quais tal problema pode receber uma solução, isto é, as noções fundamentais da teoria, como o famoso esquema T, e as especificidades da linguagem formal para a qual é possível tal definição de sentença verdadeira. Após especificar a linguagem do cálculo de classes, o autor apresenta sua definição de sentença verdadeira para essa linguagem formalizada, discute o conceito de sentença verdadeira para linguagens de ordem finita e infinita, com extensos comentários, mas também com demonstrações que requerem conhecimento de lógica clássica.
Alfred Tarski é considerado, ao lado de Aristóteles, Frege e Gödel, um dos maiores lógicos de todos os tempos. Nascido em 1901, na Polônia, recebeu o título de doutor em lógica em 1924 e, no ano seguinte, tornou-se professor de lógica e matemática na Universidade de Varsóvia. De 1945 até 1983, ano de sua morte, trabalhou em Berkeley, tendo desenvolvido trabalhos fundamentais nos campos da álgebra geral, algebrização da lógica e da metamatemática, axiomatização da álgebra e da geometria, teoria da mensuração, teoria dos conjuntos, metamatemática e fundamentação da semântica.
O objetivo deste livro é desenvolver uma alternativa construtiva ao realismo científico, posição que ultimamente foi muito discutida e defendida na filosofia da ciência. Para esse fim apresentarei três teorias, que precisam umas das outras para apoio mútuo. A primeira diz respeito a uma relação da teoria com o mundo, e especialmente o que pode ser chamado seu conteúdo empírico. A segunda é uma teoria da explicação científica, segundo a qual o poder explicativo de uma teoria é um aspecto que de fato vai muito além de seu conteúdo empírico e é radicalmente dependente de contextos. E a terceira é uma explicação da probabilidade tal como ocorre nas teorias da física.
Ao contrário do que pensam alguns, a lógica é uma ciência apaixonante e viva, fruto de rica história de evolução e transformação. Essa mesma história dinâmica é refletida por este livro, no qual se constrói uma rigorosa e abrangente introdução aos desenvolvimentos recentes e ao conteúdo clássico dessa ciência ilustre.
Em entrevista a Jesus de Paula Assis, um dos maiores físicos brasileiros, César Lattes (Curitiba, 1924), descreve sua trajetória, narrando, entre outras coisas, sua participação num dos acontecimentos cruciais da física contemporânea no final dos anos 1940: a detecção e, em seguida, a produção artificial de partículas subatômicas. Lattes, que trabalhou em centros de pesquisa na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Itália, fala também de outros grandes físicos com os quais conviveu, como o dinamarquês Niels Bohr, prêmio Nobel de Física por sua teoria sobre a estrutura do átomo. Abre o volume um artigo do próprio Lattes intitulado "Meu trabalho em física de mésons com emulsões nucleares", que trata da descoberta que lhe valeu o reconhecimento internacional.
Conhecido por seus estudos na área de física atômica, José Leite Lopes, um dos mais importantes cientistas brasileiros, é o entrevistado neste segundo volume da 'Coleção Perfis Brasileiros'; 'José Leite Lopes - Unificando as forças da natureza'. Na entrevista, Leite Lopes revela uma visão abrangente do desenvolvimento intelectual e científico brasileiro a partir dos anos 1930, além de comentar sobre importantes aspectos de sua vida pessoal. Lopes trata ainda de sua participação na fundação de estabelecimentos universitários e do Centro Brasileiro de Pesquisa (CBPF), integrado ao CNPq no governo Geisel. Além da entrevista, o livro apresenta um ensaio de Leite Lopes publicado em 1966 sobre a importância do desenvolvimento científico nas nações subdesenvolvidas, uma seção iconográfica, uma cronologia dos momentos mais importantes de sua vida acadêmica e, por fim, uma bibliografia para consulta do leitor interessado em mais informações sobre o físico brasileiro.
Esta obra aborda a dinâmica da consciência, da percepção e da compreensão dos eventos mentais em sua característica central relacionada à intencionalidade. Sua análise da concepção de pessoa - aquela que temos de nós mesmos, ordinariamente, na condição de seres racionais, livres e responsáveis - situa-se no contexto da pesquisa neurocientífica contemporânea, propondo temas para a ética, no que diz respeito à relação homem-máquina e ao livre-arbítrio. O autor incorpora a estratégia explicativa de elaboração de modelos cognitivistas e de experimentos de pensamento, na forma de histórias ilustrativas, para elucidar questões sobre a natureza das crenças, dos desejos e de vários tipos de experiências mentais.