A Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo (1895-1913)
Este livro busca contribuir para a compreensão do processo de institucionalização das ciências biomédicas em São Paulo e também ampliar o conhecimento sobre as relações entre este campo disciplinar e a saúde pública neste Estado. Seu principal objetivo é mostrar que a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo teve atuação destacada na institucionalização da medicina paulista, desempenhando um papel diferenciado do que foi posto em marcha pelo Serviço Sanitário e seus institutos de pesquisa. Para isso, são observados os aspectos tipicamente institucionais da Sociedade - seu modelo organizativo, relação com outras instituições, períodos de maior ou menor atividade etc. - bem como imagens que mostram a Sociedade em ação - suas atividades, principais controvérsias, atores e grupos envolvidos. Assim, por um ângulo diferenciado, é possível observar as vicissitudes da Instituição na luta por um lugar de destaque no campo médico paulista.
Luiz Antonio Teixeira é graduado em História pela UFRJ (1987), mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ (1994) e doutor em História Social pela USP (2001). Na Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz trabalha como pesquisador no Departamento de Pesquisas em História das Ciências e da Saúde e como professor colaborador do PPGHCS. Atua como professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Fernandes Figueira (Fiocruz) e como professor permanente do Mestrado Profissional em Saúde da Família da Universidade Estacio de Sá. Nessa última instituição leciona disciplinas relacionadas à saúde pública no curso de graduação em medicina. Desenvolve estudos sobre os conhecimentos e práticas relacionadas ao controle dos cânceres femininos no Brasil; sobre nascimento e contracepção no Brasil e sobre a trajetória da atenção primária no Brasil.
Procurando elucidar aspectos do processo de formação do conceito de nacionalidade na história brasileira, a historiadora analisa o período de passagem do trabalho escravo ao trabalho livre. Isso permite apreender a especificidade do período colonial e de seus conflitos sociais. A expansão cafeeira aparece como elemento duplo de redeterminação e conservação dos antagonismos, fonte de perpetuação de um conflito que esta obra procura abranger.
A partir da imagem dos fios constantemente entrelaçados pela bela Penélope à espera do marido Ulisses, este livro apresenta o processo em que diferentes linhagens evolutivas se ligam de forma direta ou indireta, em intensidades variáveis. É mostrado como tais relacionamentos e associações podem influenciar intensamente a evolução do conjunto de espécies que habitam o planeta.
Livro que assinala o papel desempenhado pela Igreja católica na formação do pensamento conservador do Brasil. Privilegiando as primeiras décadas do século XX, Romualdo Dias esclarece o papel da Igreja na implementação e legitimação de políticas autoritárias que se observam a partir desse período, apresentando, ainda, a análise do esforço empreendido pela hierarquia católica na formação de uma elite dirigente nacional.
O leitor encontra, neste livro, uma história e uma etnografia de Iauaretê, povoado indígena multiétnico situado no médio rio Uaupés, fronteira Brasil-Colômbia, noroeste da Amazônia brasileira. O tratamento das fontes históricas e do material empírico é um exercício dedicado à elucidação das premissas sociocosmológicas pelas quais os grupos indígenas descrevem e vivenciam as transformações sociaisd que se passaram na região desde o início da colonização no século XVIII.
Falar de forma franca sobre o sexo feminino e seus mecanismos. Isso bastou para que O sexo da mulher se transformasse em um daqueles livros que arrastam polêmicas atrás de si. O ano era 1967, e suas abundantes referências médicas e antifreudianas fizeram sucesso. Vinte anos depois, uma terceira edição revisada chegou às livrarias francesas, com o mesmo espírito crítico e simplicidade. É esta edição que aparece agora em português.