Esta coletânea consiste de uma seleção de textos apresentados durante a XXVIII Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas, realizada em outubro de 2005 na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Unesp de Marília. O tema central foi a Teoria Crítica e suas conexões com a política, a estética e a educação, sobretudo no que se refere à sociedade contemporânea, congregando artigos nos quais os conceitos críticos da Escola de Frankfurt são mobilizados pelo objetivo central de compreender dialeticamente questões como a transformação histórica da natureza, o conceito de experiência de Benjamin, a teoria crítica e a religião no pensamento de Horkheimer, reflexões sobre cultura, política e ciência na sociedade contemporâna, a indústria cultura e a canção popular no Brasil, a globalização e a indústria fonográfica na década de 1990, a sociedade unidimensional e o processo de "deseducação", a educação, o preconceito e os limites da emancipação, a formação de professores e a universidade: indústria cultural e dialética negativa.
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Esta coletânea carrega uma das características mais reveladoras do perfil de Gilberto Dupas (1943-2009): a do intelectual público. A obra reúne 35 artigos de sua autoria, selecionados entre os publicados na grande imprensa paulista, em especial nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo entre 1985 e 2009.
Roland Omnès procura identificar, neste livro, novas bases para uma reflexão sobre a ciência, que se apresentem sólidas e fecundas. Perfaz um longo percurso pela História da Ciência e indica os princípios a que a ciência chegou hoje, permitindo-nos restaurar o senso comum e ao mesmo tempo estabelecer seus limites e os limites de alguns princípios de Filosofia que dele decorrem.
Bellamy estuda o desenvolvimento do liberalismo, do início do século XIX aos nossos dias. Examina a evolução das idéias liberais na Inglaterra, na França, na Alemanha e na Itália, detendo-se especialmente nas contribuições de Mill, Green, Durkheim, Weber e Pareto. Examina criticamente as idéias de liberais como Hayek, Nozik e Rawls, e indica como um liberalismo renovado é a única alternativa para as sociedades complexas e pluralistas do mundo contemporâneo.
Perdemos os dois marcos que outrora nos permitiram distinguirmo-nos dos deuses e dos animais. Não sabemos mais quem somos, nós humanos. E daí nascem novas utopias. Por um lado, o pós-humanismo alega negar nossa animalidade e nos tornar deuses, a quem a imortalidade é prometida pelas virtudes da tecnologia. Por outro lado, o animalismo nos quer animais como os outros, e convida outros animais a fazerem parte de nossa comunidade moral. Forgemos então uma nova utopia de acordo com nossos próprios moldes. Não procuremos mais negar as fronteiras naturais - aquelas que nos separam dos deuses ou dos animais - e defendamos um humanismo consequente, isto é, um cosmopolitismo sem fronteiras.
O livro aborda a atuação da Justiça penal no Brasil atual, identificando a permanência do autoritarismo no trato dos conflitos criminais. Mesmo atravessando uma grave crise de legitimidade, o campo jurídico que atua na área penal pouco tem contribuído para a consolidação democrática nacional. Ao contrário, grande parte desse campo atua no sentido de manter intacta a política criminal hegemônica, voltada à ampliação da repressão e ao uso contínuo do encarceramento. Tal política, implementada no Brasil logo após a abertura de 1985, ajusta-se ao projeto liberal também em curso no país. O estudo defende, portanto, a existência de uma resistência do campo jurídico, principalmente em matéria penal, em se coadunar com o seu discurso democratizador.