Oriundo de seminário realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, este livro traz reflexões sobre as razões que exigem o estudo dos conflitos entre as nações, os critérios teóricos e metodológicos empregados, os paradigmas tradicionalmente usados em segurança internacional e a sua validade no mundo contemporâneo, contribuindo, assim, para o aperfeiçoamento da área no Brasil.
Reginaldo Mattar Nasser é professor do curso de Relações Internacionais da PUC/SP e do Programa San Tiago Dantas de Pós-graduação em Relações Internacionais. É membro da Direção da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) e desenvolve pesquisa na área de Política Internacional com ênfase em conflitos internacionais, Oriente Médio, África e política externa dos Estados Unidos.
Os textos selecionados e organizados por Reginaldo Mattar Nasser nesta coletânea apresentam novas perspectivas para o debate sobre conflitos internacionais. As múltiplas dimensões do tema são aqui articuladas em eixos temáticos que vão dos Direitos Humanos, passando pelas mudanças ocasionadas pelos atentados de 11 de setembro e culminando nas questões de segurança pública e segurança internacional.
Este volume traz ao leitor brasileiro uma visão sintética de três importantes sistemas de educação superior. Alemanha, Estados Unidos e França foram os países escolhidos pela relevância que tiveram na “exportação” de modelos de ensino superior. A versão moderna da instituição universidade toma como referência as ideias do filósofo Wilhelm von Humboldt, fundador da Universidade de Berlim (hoje, Humboldt-Universität), em 1810. A Alemanha forneceu a muitos países a inspiração para que se replicasse a chamada universidade humboldtiana, marcada, entre outas características, pela incorporação da atividade de pesquisa à prática pedagógica. O ensino superior nos Estados Unidos é um dos herdeiros dessa tradição. Entre o final do século XIX e o começo do século XX, centenas de intelectuais norte-americanos completaram sua formação superior na Alemanha e inspiraram-se no modelo germânico para criar as primeiras “universidades de pesquisa” norte-americanas. O terceiro modelo é o francês. A terra de Descartes e dos iluministas não apenas sediou as primeiras elaborações de campos científicos decisivos, como Química, Matemática, Geografia, Biologia, entre outras disciplinas: missões francesas também criaram escola e influenciaram fortemente o desenho institucional da Universidade de São Paulo, desde sua fundação, em 1934.
Em Organização internacional e mudança industrial – Governança global desde 1850, Craig N. Murphy estabelece uma extensa investigação sobre o conceito de governança global. Esmiuçando para o leitor a história das organizações internacionais, o autor defende a tese de que a governança global estaria sempre onipresente nas relações internacionais, como somatória de inúmeros dispositivos reguladores – formais e informais – com as organizações, ideias e questões que se impõem em nível mundial e acabam de certa forma se sobrepondo às ações dos governos individuais dos países.
Os cinco ensaios desta obra retratam os caminhos percorridos por Luiz Gonzaga Belluzzo em sua tentativa de desvendar os movimentos contemporâneos do capital. No lugar de uma reflexão árida e impermeável, à imagem de muitas interpretações econômicas tecnocratas, o autor nos oferece aqui um panorama multifacetado e transdisciplinar de algumas questões centrais do mundo moderno, como a financeirização da economia. Para isso, o autor lança mão de clássicos da economia política, como Marx e Keynes, filósofos, como Berman e Marcuse, e vozes contemporâneas, sejam elas de representantes do sistema econômico ou de movimentos sociais contestatórios.
O livro apresenta uma nova perspectiva sobre as periferias da cidade de São Paulo, discutindo os paradoxos e mitos que as circundam. Um trabalho de fôlego, que explicita a dedicação e o compromisso de um autor/pesquisador constantemente implicado nas sensações, atitudes, observações e análises voltadas às periferias urbanas, com especial atenção ao mundo do crime e à política.