Uma relação etnocida em uma pesquisa etnomatemática
Travar contato com a comunidade indígena por meio da Matemática. Essa é a proposta do autor que, por meio de vivências e pesquisas aprofundadas, desenvolveu o conceito de etnomatemática, procurando, a partir do próprio conhecimento matemático das comunidades, seus signos e simbolismos, viabilizar a formação de educadores indígenas para povos indígenas. Um dos pontos levantados é a possibilidade de, a partir do contato, estabelecermos um trabalho em conjunto, levando em consideração os conhecimentos já desenvolvidos por esses povos.
Pedro Paulo Scandiuzzi cursou licenciatura em Matemática na Unesp de São José do Rio Preto e atuou como professor da rede estadual de ensino durante 23 anos. Em 1995, começou a trabalhar com os povos indígenas. É mestre pela Unicamp e doutor pela Unesp de Marília. Toda a sua trajetória acadêmica pós-licenciatura se deu na linha de pesquisa etnomatemática.
A autora investiga as razões que influenciaram a construção do binômio cuidar-educar e apresenta maneiras de superá-lo, segundo propostas de pesquisadores brasileiros e portugueses. A obra demonstra que as concepções de criança, propagadas pelos modelos dominantes de formação de professores, guiam a prática pedagógica vigente. E conclui que apenas uma renovação do entendimento sobre a infância seria capaz de fundar uma nova ideia de Educação Infantil, promovendo a desejável valorização de seu profissional
Um livro que sobrepuja a história dos índios e suas relações com o Estado. Além de colocar os xavante no foco dos embates políticos e disputas ideológicas que atravessaram o período entre o Estado Novo a Constituição de 1988, o livro enfoca a luta desses índios que clamam pelo direito de possuir a terra e de permanecer xavante.
Este livro reúne um expressivo conjunto de reflexões de autores de vários países para oferecer uma introdução às fontes e aos princípios da educação dominicana. Ao mesmo tempo, oferece um amplo mostruário de diferentes contextos nos quais a educação, inspirada na vida dominicana, se expressou no passado e no presente. Filósofos, eudcadores, formadores, santos, teólogos, artistas, pregadores e professores em diferentes níveis compartilham suas análises e reflexões sobre os valores e os princípios que norteiam a educação dominicana. Espera-se que este livro, publicado na década do Jubileu Dominicano – 1206-1216 a 2006- 2016 –, informe, inspire e encoraje todos os que estão comprometidos com o grande trabalho de condução de jovens e adultos para "o uso inteligente da liberdade".
Nesse trabalho, a autora analisa as implicações entre a educação e o serviço social como um possível elo para a construção da cidadania. Apoiada teoricamente no intelectual marxista italiano Antonio Gramsci, no educador brasileiro Paulo Freire e em outros que compartilham da mesma perspectiva, a autora parte do reconhecimento da importância da educação, nas suas mais diferenciadas formas, como um elemento essencial para a organização da cultura e para a formação do homem na direção de sua emancipação, cuja busca é também uma das principais missões do serviço social. A pesquisadora estabeleceu como campo empírico de sua análise a prática profissional dos assistentes sociais no contexto da política de educação em municípios paulistas. Procurou, nesta empreitada, levantar como esses profissionais utilizam os espaços sociais e ocupacionais que se colocam no atual ordenamento jurídico que fundamenta a política de educação no estado de São Paulo. Ainda articulou esta abordagem com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que delineia a política de atendimento para o setor. Também não deixou de analisar o próprio projeto ético-político da profissão, em cujo âmbito a educação como prática da liberdade deveria ocupar lugar central.
Para Maurício Tragtenberg, a vida e o trabalho significam a base do interesse no conhecimento e, se alunos manifestam desinteresse pela escola, isto deriva da miséria cultural das famílias, muitas vezes também da sua miséria material, obrigando-os a procurar alguma ocupação para sobreviver precariamente. Porém, Tragtenberg não busca só fora da escola as razões do desalento e do desprezo dos alunos, motivadores da evasão escolar. Denuncia a má qualidade do ensino e sua inutilidade para a existência deles, tanto na maioria das escolas primárias, secundárias, como na maioria das universidades, contribuindo com o prestígio da burocracia educacional.