308 anos de Rousseau e seu legado para a filosofia

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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Jean-Jacques Rousseau, considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do romantismo, nasceu dia 28 de junho de 1712 em Genebra. Foi um importante filósofo, teórico político e escritor, autor de Contrato Social (1762), Discursos sobre a ciências e as artes (1749), Devaneios de um caminhante solitário (1776), entre outras obras. 

Havia inovado muitas coisas no campo da música, o que lhe rendeu um convite de Diderot para que escrevesse sobre isso na famosa Enciclopédia. Além disso, obteve sucesso com uma de suas óperas, intitulada O Adivinho da Vila. Rousseau faleceu em Ermenonville, França, no dia 2 de julho de 1778.

Confira abaixo as obras publicadas pela Editora Unesp sobre o legado de Rousseau.

Textos autobiográficos

Autor: Jean-Jacques Rousseau | 184 páginas | De R$ 52 por R$ 20 (até 29 de junho)

Os textos autobiográficos de Jean-Jacques Rousseau, escalonados entre 1755 e 1776, formam um esclarecedor complemento às grandes obras do autor, da Nova Heloisa aos inacabados Devaneios do caminhante solitário. Eles são um fio condutor da obra do filósofo. Partindo de uma irritação crescente contra seu século, ele concluirá que a sabedoria deverá ser, agora, solidão criadora.  

Cartas escritas da montanha 

Autor: Jean-Jacques Rousseau | 452 páginas | R$ 86

Cartas escritas da montanha constitui momento alto da produção rousseauniana madura. Traduzida pela primeira vez em língua portuguesa, a obra revela a indignação de Rousseau às condenações que sofreram suas duas obras fundamentais, O contrato social e Emílio. Neste trabalho o filósofo genebrino discute as teses básicas, religiosas e políticas, de seus escritos anteriores e lhe dá a oportunidade de refletir sobre as instituições de sua cidade de origem.  

A retórica de Rousseau 

Autor: Bento Prado Jr. | 438 páginas | R$ 72

“À utopia da gramática – quer dizer, a uma concepção da linguagem que ignora todo lugar, geográfico ou histórico, norte e sul, antiguidade e modernidade, em sua vontade de universalidade – a linguística de Rousseau opõe uma topologia que procura sobretudo as diferenças de lugar, no espaço e no tempo, mas também no interior de uma mesma sociedade [...]. À lógica que atravessa a linguagem em direção à universalidade do entendimento, Rousseau opõe uma espécie de estilística que enquadra a verdade da linguagem no sistema das diferenças locais e históricas, num pluralismo de linguagens qualitativamente diferentes.”

Rousseau expressa seu pensamento de modos diversos, adequando o estilo a leitores específicos: vai das ciências à autobiografia, passando pela filosofia e pelo direito, com lugar ainda para o romance, o teatro e a música. Tal multiplicidade, alguns alegam, sinaliza incoerência. A unidade de sua obra é, nesse sentido, um problema de primeira importância para os comentadores sistemáticos. O exame da recepção dos escritos de Rousseau constitui o pano de fundo perante o qual Bento Prado Júnior apresenta sua tese sobre os auditórios: a unidade do pensamento – ou da teoria – infere-se da tipologia dos sujeitos discursivos, quer no interior da própria obra (seja esta coerente ou não), quer na trama entre o autor e seu público.

A questão Jean-Jacques Rousseau 

Autor: Ernst Cassirer | 146 páginas | R$ 42

Neste livro, já clássico, Cassirer procura detectar a unidade e coerência da obra de Rousseau, na qual muitos comentadores identificam contradições internas inelimináveis. Através do confronto do pensamento do filósofo genebrino e de seus interlocutores, o autor alcança um retrato rigoroso e fascinante de um dos mais influentes sistemas filosóficos ocidentais. Esta edição é enriquecida por um prefácio e um posfácio de Peter Gay em que se avalia o estado atual do debate sobre Rousseau.  

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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