Em 10 de novembro de 1937, por meio de um golpe militar, Getúlio Vargas instituiu uma nova Constituição, substituindo a de 1934, que havia marcado o processo de democratização do Brasil. O autoritário período que viria a seguir e que vigorou até 29 de outubro de 1945 ficou conhecido como Estado Novo. A partir de então, Vargas suspendia todos os direitos políticos, abolindo os partidos e as organizações civis. O Congresso Nacional foi fechado, assim como as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais.
A passagem histórica impactou diversas esferas como a liberdade de imprensa, a economia e os direitos trabalhistas. Para refletir sobre os acontecimentos relacionados ao Estado Novo, a Editora Unesp seleciona alguns títulos, entre as obras de seu catálogo que abordam esse período. Confira abaixo:
A Era Vargas
Organizadores: Pedro Cezar Dutra Fonseca e Pedro Paulo Zahluth Bastos | Páginas: 480 | R$ 78
Os ensaios aqui reunidos procuram retratar o contexto e o significado histórico do projeto varguista. Em comum, os textos compartilham a perspectiva de que em certas ocasiões, sobretudo em momentos de crise de modelo, a ação política assume papel crucial para encaminhar soluções emergenciais e rotas estratégicas para o desenvolvimento nacional.
A Constituição brasileira de 10 de novembro de 1937
Autor: Paulo Sérgio da Silva | Páginas: 200 | R$ 44
Dentro de uma perspectiva de considerara diversidade de temas e de formas de reabilitação e de revalidação da atual História Política, este livro concentra seu foco no âmbito jurídico-político. Parte de interdisciplinaridade entre História, Direito Constitucional, Filosofia do Direito, Teoria Geral do Estado, Filosofia e Ciência Política para analisar a Constituição de 10 de novembro de 1937.
Multidões em cena – 2ª edição
Autora: Maria Helena Rolim Capelato | Páginas: 344 | R$ 56
Concebido como um jogo dramático, o poder costuma utilizar meios espetaculares quando deseja marcar sua entrada na história. Este livro estuda a produção de imagens, a manipulação de símbolos e a sua organização dentro do cenário de autoritarismo, política de massas e teatralização. O mito da unidade nacional e a figura de um líder atrelado às massas mascaram assim as divisões e os conflitos existentes na sociedade.
A universidade temporã – 3ª edição
Autor: Luiz Antônio Cunha | Páginas: 310 | R$ 45
Concebendo a universidade como um modo de organização do ensino superior, Luiz Antônio Cunha estuda sua origem e desenvolvimento no Brasil, desde os‘cursos de artes’, abertos pelos jesuítas no século XVI, até a institucionalização do regime universitário, na era Vargas. O foco da obra recai sobre a função desempenhada por esse grau de ensino na inculcação do saber dominante em cada momento.
Mulher e política
Autora: Ivana Guilherme Simili | Páginas: 216 | R$ 46
Enfoca na trajetória da primeira-dama Darcy Vargas, esposa de Getúlio Vargas, para examinar a relação estabelecida por uma mulher de um homem público e governante com a política. A autora procura mostrar como a política infiltrou-se no percurso da personagem, criando formas de participação na política e nas políticas assistenciais. Ela localiza os sinais da criação de um modelo de ação para as primeiras-damas, atrelado ao social do governo.
O serviço reservado da Delegacia de Ordem Política e Social de São Paulo na Era Vargas
Autor: Marcos Tarcísio Florindo | Páginas: 220 | R$ 48
Tendo como fontes para análise os documentos elaborados pela polícia política, o autor aborda as estratégias de contenção desencadeadas sobre o movimento operário durante a Era Vargas. Estudam-se as motivações da opção pela colaboração com a polícia, as formas de cooptação e a identidade dos delatores, para que se trace o perfil profissional dos agentes reservados, ajudando assim a compreender essa face autoritária de nossa história recente.