Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão estimula conscientização sobre a violência

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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Proteção a crianças

Em 1982, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 4 de junho como o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão. Segundo a ONU, existem quatro principais categorias de violência: abusos físicos, sexuais, psicológicos e negligências.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 2015 foram registradas 17.588 denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes, equivalentes a duas denúncias por hora. Foram 22.851 vítimas, 70% delas meninas. Com casos cada vez mais frequentes, a data é uma importante ocasião para conscientizar sobre a necessidade de discutir e combater a violência infantil. A Editora Unesp, destaca, entre os títulos de seu catálogo, livros que abordam a questão.

O olho do poderO olho do poder: Análise crítica da proposta educativa do Estatuto da Criança e do Adolescente
Autor: Mauricio Gonçalves Saliba | 160 páginas | R$ 36,00

Esta obra faz uma análise da medida socioeducativa, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de pôr em liberdade assistida menores infratores. Segundo argumentação teórica, lastreada em pesquisa empírica nos processos de ato infracional, "a intervenção judicial não garante o acesso dos adolescentes à plena cidadania, uma vez que não visa à superação da exclusão social e das condições precárias de cidadania - o que, de acordo com o documento legal, deveria ser a finalidade da medida". Trata-se de processo de normalização em que a intervenção estatal se resume à vigilância dos indivíduos e das famílias, até que o adolescente seja reinserido nos aparelhos disciplinares da escola, da empresa e da família normalizada. "Se isso não ocorrer, o resultado da medida acaba por ser o registro da história de vida do delinquente juvenil, à disposição dos aparelhos de repressão criminal." 

Redes sociais de proteção integral à criança e ao adolescente
Autor: Luciano Antonio Furini | 240 páginas | R$ 62,00

Em um trabalho contundente para a formação e os cuidados da infância, Luciano Antonio Furini reúne esforços para mostrar como é possível integrar redes sociais, assistência social à criança e ao adolescente e representações sociais. Isso sem ignorar a necessidade de unir teoria e prática, esferas pública e privada, para encontrar maneiras de criar um sistema realmente viável. Para chegar a esse panorama geral, o pesquisador parte da situação no município de Presidente Prudente, em São Paulo, utilizando-o como amostra. Assim, o autor reflete sobre como é preciso mudar a concepção de que crianças carentes são uma ameaça e conclui que é preciso humanizar os espaços de proteção a esses indivíduos, de maneira a melhorar sua socialização.

Janusz Korczak, precursor dos direitos da criança
Autora: Ana Carolina Rodrigues Marangon | 200 páginas | R$ 42,00 

Este livro identifica a acepção de infância, como categoria operatória, essencial ao pensamento de Janusz Korczak (1878-1942), situando sua concepção pedagógica no âmbito do debate acadêmico sobre a historicidade social do sentimento de infância, bem como entrelaçando os significados dos livros escritos por ele com aspectos biográficos, para situar a reflexão teórica no contexto de suas experiências como educador. Traça um panorama a propósito da configuração histórica das declarações de direitos humanos, especialmente no pós-guerra, singularizando o trabalho de Korczak como idealizador do direito de a criança ter direitos.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp