Antonio Candido de Mello e Souza, um dos intelectuais mais respeitados do Brasil, morreu em São Paulo nesta sexta-feira, 12 de maio. Sociólogo, literato e estudioso da literatura brasileira e estrangeira, possui uma obra crítica extensa, respeitada nas principais universidades do Brasil.
À atividade de crítico literário soma-se a atividade acadêmica, como professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Também foi professor-emérito da USP e da Unesp, e doutor honoris causa da Unicamp. Com seus escritos ajudou a revolucionar a maneira como a literatura nacional era analisada. Além disso, modificou a interpretação sobre a sociedade brasileira como um todo.
Com pesar, a Editora Unesp lamenta a sua morte e lembra de suas contribuições para a teoria literária. Confira alguns títulos que abordam a produção intelectual de Antonio Candido:
Para além das palavras
Representação e realidade em Antonio Candido
Autora: Anita Martins Rodrigues de Moraes | 200 páginas
Nesta obra, em que analisa como Antonio Candido teorizou o problema da representação da realidade na literatura, Anita Martins Rodrigues de Moraes levanta uma questão crucial: como abordar as contribuições do intelectual nos estudos literários tendo em conta a presença, em sua obra, de premissas evolucionistas criticadas, ou mesmo superadas, no âmbito das ciências sociais?
Análise estrutural de romances brasileiros
Autor: Affonso Romano de Sant´Anna | 304 páginas
Além de permitir que os leitores ampliem conhecimentos sobre o Estruturalismo, o livro traz um pujante debate entre o autor e o crítico Antonio Candido, a partir de estudos focados na análise de O cortiço. Há ainda ensaios sobre obras como O guarani, A Moreninha e Vidas Secas.
Humanismo e compromisso
Organizado por: Maria Izabel Leme Faleiros e Regina Aida Crespo | 265 páginas
O trabalho do sociólogo Octávio Ianni é analisado com base em suas diversas contribuições no campo da política,da cultura e da sociologia. Dentre os colaboradores desta coletânea estão seus mestres Florestan Fernandes e Antonio Candido, além de pesquisadores do porte de Gabriel Cohn e Renato Ortiz.