Gilberto Freyre e sua contribuição para a historiografia brasileira

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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Em 18 de julho de 2016, completam-se 29 anos da morte de Gilberto Freyre. Considerado um dos mais importantes sociólogos brasileiros do século XX, o pernambucano foi também antropólogo, artista plástico e jornalista.

Com a publicação, em 1933, do livro Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre revolucionou a historiografia brasileira. Em vez do registro cronológico de guerras e reinados, passou a estudar o cotidiano por meio da história oral, documentos pessoais, arquivos públicos, de jornais e fontes até então ignoradas.  Além disso, utilizou conhecimentos da sociologia e antropologia para interpretar fatos de uma maneira mais profunda.  

Para homenagear as importantes contribuições de Gilberto Freyre, a Editora Unesp selecionou, entre os títulos de seu catálogo, livros que abordam a vida e a obra do pensador, que estão com 15% de desconto até o dia 20 de julho. Confira a seguir: 

Repensando os trópicos: Um retrato intelectual de Gilberto Freyre
Autores: Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke e Peter Burke | Páginas: 384 | De R$ 72,00 por R$ 61,20

Chamado diversas vezes de "monumento nacional" e considerado pelo modernista Oswald de Andrade "nosso escritor totêmico", Gilberto Freyre é mostrado neste livro como um rompedor de tabus, dono de um estilo coloquial que ofendeu alguns de seus primeiros leitores no início da década de 1930. Essencial para seu projeto era o foco no cotidiano, que incluía o estudo de culinária, vestimentas, habitação, corpo, pessoas comuns, objetos modestos e detalhes triviais. 
Ele era ainda surpreendentemente avançado em alguns aspectos. Nos anos 1920, já expressava preocupação com a devastação das florestas e, na década de 1930, promoveu estudos afro-brasileiros. Interessava-se por medicina alternativa e escreveu sobre a história do corpo, da sexualidade e até dos cheiros. Além disso, ao contrário de alguns de seus contemporâneos, movia-se com facilidade entre os mundos da "alta" cultura e da cultura "popular".

Gilberto Freyre em quatro tempos
Organizadores: Ethel Volfzon Kosminsky, Claude Lépine e Fernanda Arêas Peixoto | Páginas: 380 | De R$ 68,00 por R$ 57,80

Os textos reunidos nesta obra procuram apresentar as novas interpretações que os analistas da produção de Gilberto Freyre têm recentemente elaborado e fornecer ao leitor um roteiro, uma aproximação original a temas e problemas já tratados, bem como a descoberta de novas perspectivas e frentes de reflexão.  

O triunfo do fracasso: Rüdiger Bilden, o amigo esquecido de Gilberto Freyre
Autora: Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke | Páginas: 432 | De R$ 66,00 por R$ 56,10

A sofrida trajetória do alemão Rüdiger Bilden, contemporâneo e amigo de Gilberto Freyre, a quem influenciou de modo expressivo, é o tema central deste livro, escrito por Maria Lucia Garcia Pallares-Burke. A obra retrata o brilhantismo intelectual, a ascensão e a queda no ostracismo do pensador alemão nascido em 1893. 

Formação das Ciências Sociais no Brasil: Da Escola do Recife ao Código Civil
Autor: Vamireh Chacon | Páginas: 364 | De R$ 65,00 por R$ 55,25

As ciências sociais no Brasil chegaram pelas influências alemãs em Tobias Barreto e inglesas em Sílvio Romero, além da filosofia e sociologia do direito. Tobias antecipou-se aos neokantistas enquanto Sílvio preferiu Spencer, ambos contra o positivismo de Comte. Estas ideias da Escola do Recife estão nas origens dos estudos de sociologia, antropologia e política no Brasil. Elas vêm até à geração de Gilberto Freyre e discípulos.  

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp