Em 27 de fevereiro, comemora-se o Dia Nacional do Livro Didático. A data, pouco conhecida, serve para prestigiar o material de estudo utilizado por professores para o aprendizado de seus alunos. A Editora Unesp conta em seu catálogo com vários títulos que analisam o livro didático em diferentes disciplinas, bem como o desenvolvimento de seu mercado.
A história da circulação de livros didáticos começa no Brasil em 1808, com a fundação da imprensa régia pela família real portuguesa, recém-chegada ao país. As traduções fornecidas para a Escola Militar foram as primeiras obras produzidas nesse segmento. Mais tarde, com as leis da Educação, instituídas a partir da Independência, em 1822, houve um aumento dessa produção. Desde então, o livro didático vem ganhando cada vez mais espaço. O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é o mais antigo dos programas voltados à distribuição de obras didáticas aos estudantes da rede pública de ensino brasileira e iniciou-se, com outra denominação, em 1929. Até 1995, a entrega era limitada a poucas séries e não tinha regularidade. Atualmente, o PNDL abrange do ensino fundamental ao médio, atingindo 118.930.984 livros distribuídos em todo o país em 2016.
Vários títulos da Editora Unesp sobre o assunto estão com preços promocionais.
Além da originalidade da abordagem do tema e das contribuições para a área da Educação, em especial para os campos da história da alfabetização e da história da educação, destaca-se a relevância deste livro para a compreensão desses processos históricos e sua relação com o presente. É um instigante convite a pesquisadores da história da alfabetização e áreas afins, professores e estudantes de graduação e pós-graduação, alfabetizadores e demais professores e gestores da educação básica para a reflexão sobre as práticas pedagógicas de leitura e escrita, visando à retomada de respostas e à formulação de outras perguntas e propostas para o enfrentamento dos persistentes problemas da alfabetização e da educação em nosso país.
Apresentando as possibilidades que se abrem com as concepções e posturas fenomenológicas, esta obra, desenvolvida por 12 autores e organizada por Maria Aparecida Viggiani Bicudo, reúne trabalhos que oferecem a especialistas de diferentes disciplinas uma fundamentação teórica em uma investigação que engloba saberes da Psicologia, Antropologia, Matemática, História e Sociologia.
Os textos enfocam assuntos centrais para a Matemática e para a Educação Matemática, principalmente os presentes no ensino básico, além de discutirem atividades que podem ser desenvolvidas pelos professores com seus alunos. Exploram a concepção fenomenológica da realidade dos objetos matemáticos; a investigação fenomenológica da Aritmética, a numeração; e a Geometria.
Que efeitos o oligopólio estrangeiro no mercado brasileiro de livros didáticos acarreta para a educação no país? Esta obra convida o leitor a refletir sobre a questão, enquanto traça um detalhado panorama do mercado, focalizando em especial o período entre 1985, ano da criação do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), e 2012, quando o governo federal investiu R$ 1,3 bilhão no programa. Célia Cristina de Figueiredo Cassiano sugere a necessidade de um novo olhar sobre o mercado – vultoso e com demanda garantida.
A autora afirma que os livros e manuais escolares, centrais para a educação e a cultura nacionais, terminaram expostos à visão diversa das grandes empresas espanholas e suas agressivas e polpudas campanhas de marketing. Para avaliar o cenário, lança mão de uma análise do mercado doméstico de livros didáticos através de uma perspectiva internacional, uma vez que os atuais players concentram-se em poucas e grandes editoras estrangeiras, não mais num pequeno grupo de empresas nacionais familiares com estratégias comerciais em correlação com esse perfil. Deste modo, cria uma abordagem clara e instigante sobre os vínculos entre Estado, economia, cultura e educação.
Neste livro que une o estudo da História com a prática da educação, as autoras Kênia Hilda Moreira e Marilda da Silva realizam um apanhado das pesquisas realizadas sobre os livros didáticos da disciplina historiográfica. Elas avaliam como essas publicações são investigadas em programas de pós-graduação no Brasil, identificando como esses estudos se intensificaram a partir da década de 1980. A obra, então, abarca as décadas subsequentes, chegando até o ano de 2005 e evidenciando a evolução nessas pesquisas.
Assim, este título tem uma dupla importância. Primeiro como forma de entender este objeto de investigação que é o livro didático de História. Segundo, por também ser relevante para a avaliação do ensino escolar e de como esses livros contribuem para o aprendizado desta matéria.