Cultura política e hegemonia progressista em Santos
Este trabalho estuda a evolução política da cidade de Santos. Mostra as condições e os mecanismos pelos quais essa cidade paulista se distingue das demais pelos seus anseios de autonomia e liberdade e por suas lutas em prol das transformações sociais. É destacado o papel das chamadas classes médias, aí mais comprometidas com os movimentos de esquerda, ao contrário da maioria dos centros urbanos do país.
Alcindo Gonçalves é mestre em Ciência Política pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Nascido em Santos, em 1952, sempre viveu na cidade. É engenheiro civil e professor de Ciência Política na Faculdade de Ciências Econômicas e Comerciais da UniSantos. Foi presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (1980-1981), vereador (1982-1988) e diretor-presidente da Prodesan – Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A. (1989-1992). Atualmente está realizando doutoramento em Ciência Política, na USP.
Corsi retorna à época do Estado Novo a fim de compreender a relação entre as diretrizes da política externa e a implementação de um projeto nacional. As vantagens políticas e econômicas alcançadas por Getúlio Vargas, na esfera das relações internacionais, aparecem como peça fundamental na costura da unidade nacional e da viabilização do processo de industrialização. Inserção mundial e consolidação nacional são assim avaliadas com base em uma óptica renovada.
As conferências e os comentários reunidos neste volume se concentram nas obras de filósofos e cientistas sociais que estão marcados de um modo particular por seus contextos históricos. As duas últimas contribuições tematizam os próprios contextos.
“Aos touros! Aos touros!” Quem imaginaria que o Rio de Janeiro já foi palco de touradas? Este livro traz à luz o contexto histórico que emoldura a ocorrência das touradas na então capital do Brasil, num período que vai do século XVII ao início do XX. Relações conturbadas entre colônia e metrópole, divergências de opinião acerca do caráter bárbaro do espetáculo, polêmicas sobre o comportamento do público: Sol e sombra levará o leitor a um universo adormecido e desconhecido de muitos – a tauromaquia em terras cariocas.
Muito mais do que um internacionalista, Leandro Konder é um dos poucos marxistas universais que temos no Brasil. Raros são os temas, com profundo conhecimento de causa, que ele não abordou em seus mais de quarenta anos de intensa atividade intelectual e mlitante. Da literatura à filosofia, da política concreta às grandes metas de uma radical transformação social, ele é parte também dos embates que a esquerda travou nesse período. Este balanço/homenagem que diversos intelectuais fazem de sua obra é um claro desmentido aos teóricos apressados, tão em moda há algum tempo, que advogam, de maneira rasa, o fim da história e a morte do marxismo.
O autor estuda a saúde pública na Primeira República, combinando elementos da história social do período com informações sobre o cotidiano das populações. As ações sanitárias aparecem como estreitamente vinculadas aos processos políticos que caracterizam o Brasil da República Velha. A implantação dos serviços sanitários é vista como dependente do padrão oligárquico e clientelista, vigente tanto no Estado de São Paulo quanto no município.