Elmar Altvater trata aqui das consequências do esgotamento dos recursos naturais pelo capitalismo contemporâneo. Ao privilegiar uma determinada estratégia energética, o capitalismo perpetua as condições de pobreza dos países do Hemisfério Sul, pois os países do Primeiro Mundo dependem daquilo que o autor chama de modelo fordista fossilista.
Elmar Altvater, nascido em 1938, é professor de Ciência Política da Universidade Livre de Berlim e membro do comitê de redação da revista Prokla. É autor de um número significativo de livros e artigos, em que estuda a evolução do capitalismo, a teoria do Estado, a política de desenvolvimento, a crise do endividamento e as relações entre economia e ecologia.
Último curso ministrado por Theodor W. Adorno, estas lições de Introdução à Sociologia são o registro privilegiado da capacidade do filósofo alemão em expor, para um público amplo de iniciantes, os meandros de sua teoria crítica da sociedade. Nelas, vemos Adorno confrontar-se à tarefa da formação ao mesmo tempo que fornece as principais balizas que nortearam sua prática de sociólogo. O resultado é um documento maior da experiência intelectual adorniana em seu momento de maturidade.
Em que pesem as consequências maiúsculas decorrentes da mudança do modelo de desenvolvimento inaugurado pelo varguismo, é possível apontar um segundo momento da história econômica brasileira tão ou mais relevante do que o registrado nos anos 1930: a década de 1990. Para além da estabilização da moeda, o controle da inflação nesse período ensejou uma série de outros avanços institucionais, a começar pela própria condução da economia. Fruto de amadurecimento político, institucional e, sobretudo, intelectual de seus mentores, a vitória sobre a inflação foi apenas o início do mais democrático e profícuo período de desenvolvimento socioeconômico do Brasil contemporâneo. Ainda que tímidas e insuficientes, as recentes políticas de inclusão da população historicamente subalternizada foram – e precisam continuar a ser – o próximo e mais importante passo rumo ao desenvolvimento civilizacional. Nesse sentido, as ideias e a atuação dos homens e da mulher que comandaram a economia brasileira entre 1985 e 2018 se mostraram fundamentais para a concretização desse capítulo central da história econômica brasileira que foi a Nova República.
FRANCISCO DORNELLES | DILSON DOMINGOS FUNARO | LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA | MAÍLSON DA NÓBREGA | ZÉLIA CARDOSO DE MELLO | MARCÍLIO MARQUES MOREIRA | FERNANDO HENRIQUE CARDOSO | RUBENS RICUPERO | CIRO FERREIRA GOMES | PEDRO MALAN | ANTÔNIO PALOCCI FILHO | GUIDO MANTEGA JOAQUIM LEVY | NELSON BARBOSA | HENRIQUE DE CAMPOS MEIRELLES
Para proporcionar a compreensão do sentido das ações com as quais o FMI enfrentou estas crises, este livro oferece uma avaliação abrangente, apoiada sobre economia, sociologia, política e sobre analistas que, amplificados pelos meios de comunicação em que escrevem, permanecem atentos à atuação do Fundo. O objetivo é desvelar as perspectivas sustentadas por interesses que, embora dispersos na sociedade global, orientam os rumos do desenvolvimento dessa sociedade de forma inexorável, criando expectativas e reforçando o comportamento de atores sociais e agentes econômicos.
Este livro reúne nove ensaios sobre a economia e a política internacional durante o período que se estende da hegemonia inglesa no século XIX até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A Primeira Guerra Mundial, a emergência dos Estados Unidos como nação líder, a ressurreição e a falência do padrão-ouro, a emergência do comunismo no plano internacional, a incorporação das massas ao cenário político, os desencontros que se sucederam ao Tratado de Versailles, os percalços e as contradições que conduziram à emergência do nazismo, as contínuas mudanças de rota da França no entreguerras, o triunfal regresso e o súbito abandono da Inglaterra aos cânones da ortodoxia, a prosperidade americana dos roaring twenties, a Grande Depressão, as políticas de recuperação de Roosevelt e Hitler e os caminhos que levaram à eclosão do segundo conflito mundial, são alguns dos temas aqui tratados.
Em meados dos anos 1990, o discurso de um planeta unificado pelas forças do mercado empolgava e conhecia seu auge. Mas uma série de crises econômicas e mudanças geopolíticas decretam a morte de projetos como a Alca. Os textos reunidos nesta coletânea relembram este percurso e provocam uma ampla reflexão sobre a nossa época e o lugar do Brasil no mundo. Diversificados e escritos em momentos diferentes, formam um amplo panorama conceitual, mantendo uma relação constitutiva com o tempo histórico vivido.