Ernst Bloch é o filósofo marxista que mais explorou a dimensão teológica do processo histórico, seguindo uma trilha aberta por Hegel. Este livro de Arno Münster busca, nas primeiras obras de Bloch, a essência da mística e da utopia e o sentido dos valores religiosos e científicos. O autor recorre aos diálogos que cruzam o pensamento de Bloch com os diálogos neokantianos, os de Simmel, Lukács, Bergson e Dilthey. O leitor tem, desse modo, um panorama geral do processo de constituição do pensamento de Ernst Bloch.
Arno Münster nasceu em 1942, na Silésia, foi aluno de Bloch na Universidade de Tübingen e, depois de vários cursos, especializou-se em Filosofia. Entre 1990-1991 foi professor convidado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e atualmente é professor na Universidade de Picardie – Jules Verne (Amiens, França).
Ernst Bloch, o filósofo maldito do marxismo, vem aos poucos sendo resgatado das sombras a que foi relegado pelos mecanicistas e pelos dogmáticos. O pensador de O espírito da utopia é examinado desde a sua formação, fortemente marcada pelo neokantismo e pelo pessimismo do final do século XIX, até a afirmação de suas próprias teses, inspiradas em Hegel, Marx e Nietzsche.
Abrangente e rico em informações, este livro aborda dois temas da maior relevância: de um lado, o processo histórico que leva à adoção das reformas econômicas neoliberais na Argentina sob o governo Menem e os rumos seguidos na sua implementação; de outro, a reorientação drástica que se processa na condução da política externa desse país no mesmo período.
O autor Gilberto Dupas é um dos principais estudiosos das lógicas e efeitos do capitalismo global e volta ao tema da globalização nesta obra, onde aborda os destinos da humanidade, tratando de suas incursões na filosofia, na política, na economia e apontando os impasses gerados nessa nova ordem global. Aborda a assimetria entre os poderes que os principais atores econômicos, políticos e sociais exercem sobre a nova ordem global e caracteriza as instabilidades e os impasses na formulação de modelos consistentes de equilíbrio e governabilidade sistêmica para a primeira metade do século XXI.
Bellamy estuda o desenvolvimento do liberalismo, do início do século XIX aos nossos dias. Examina a evolução das idéias liberais na Inglaterra, na França, na Alemanha e na Itália, detendo-se especialmente nas contribuições de Mill, Green, Durkheim, Weber e Pareto. Examina criticamente as idéias de liberais como Hayek, Nozik e Rawls, e indica como um liberalismo renovado é a única alternativa para as sociedades complexas e pluralistas do mundo contemporâneo.
Uma abordagem da Reforma Política brasileira, no que se refere às coligações eleitorais e seus impactos sobre o sistema partidário, propiciando uma reflexão das mazelas da fragmentação do sistema partidário, do problema da tradição federativa, da nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Apresenta as coligações eleitorais entre 1954-1962; a lógica das coligações no Brasil; os efeitos das coligações e o problema da proporcionalidade; e uma análise comparativa das estratégias eleitorais nas eleições majoritárias (1994 - 1998 - 2002), referindo-se às coligações eleitorais versus a nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Ao subsidiar um foco do perfil dos partidos e da classe política brasileira, em especial, suas identidades no espectro ideológico, possibilita adquirir indicadores sobre o impacto do Poder Executivo (estadual e nacional) sobre os partidos e o sistema partidário brasileiro.