A propaganda da Petrobrás
Helena Brandão utiliza aqui a perspectiva da análise do discurso para interpretar o material de propaganda da Petrobrás. As categorias semântico-pragmáticas e discursivas aparecem como chave de análise para os processos de argumentação dos textos e imagens publicitárias. A leitura procura fornecer um princípio metodológico à compreensão da linguagem em publicidade.
Autor deste livro.
A filosofia Merleau-Ponty é uma reflexão sobre a experiência humana: o corpo e a percepção, a consciência e a subjetividade. Essa reflexão faz-se no horizonte da tradição cartesiana que formulou uma metafísica dualista da consciência enquanto puro Cogito. Rompendo com esse dualismo, Merleau-Ponty reúne o que a tradição cartesiana separou: mente e corpo, pensamento e percepção, consciência e mundo.
O filósofo americano John Searle deve seu renome internacional às suas obras sobre a linguagem e a mente. Neste livro, ele prossegue aqui seu trabalho no campo da filosofia prática, retomando, dentro de sua perspectiva, questões fundamentais: as da liberdade e do poder político. O que é ser livre? Se incluirmos os conhecimentos da pesquisa contemporânea no domínio das ciências cognitivas e da neurobiologia, devemos incluir um certo tipo de correlação com a hipótese do determinismo. Logo, a questão é: qual deve ser a natureza da mente, como fato físico, para que a liberdade seja possível?
Em mais um volume de suas reflexões sobre o universo artístico e a história da arte, Affonso Romano Sant’Anna reúne três ensaios que foram, originalmente, conferências pronunciadas em eventos no Brasil e no exterior. A questão fundamental que os perpassa é a que intitula este livro, a do centro e da periferia: de suas mudanças, inversões, transgressões e novas instituições no mundo contemporâneo. Para isso, mobiliza não só um extenso repertório de leituras de várias áreas do pensamento, como também sua experiência de vida, a experiência de alguém testemunhou as grandes transformações sociais, culturais e políticas dos anos 1960, as quais foram fundamentais para esse descentramento, com sua fragmentação, condensação e deslocamento dos significados, fundindo o alto e o baixo, o sacro e o profano, o grotesco e o sublime, reunindo centro e periferia. O olhar do autor não compactua com os consensos. Ao contrário, interroga e, assim, consegue formular novas visadas para a arte contemporânea – que é o cerne de sua mirada neste livro. Ele nos fazer ver, por exemplo, como o excentrismo acabou por se tornar um novo centro, a norma, o padrão. A partir daí, nos leva a pensar se poderia haver uma nova forma de enxergar o mundo e as artes que ultrapassasse as duas posições antípodas e, em última instância, tão similares, o centrismo e o descentrismo. E é por esses caminhos que indaga a autonomia do sujeito na arte, no cenário contemporâneo, e ainda atravessa a difícil e espinhosa questão da competitividade no meio artístico.
Tendo como ponto de partida a constatação de Greimas a respeito da importância dos modelos figurativos na inventividade científica, o autor, na linha da semiótica narratológica, estuda a significação da metamorfose no pensamento mítico, tomando como núcleo de reflexão o mito de Narciso. A escolha da metamorfose, como modelo figurativo de importância fundamental, permite uma reflexão e uma compreensão do lugar e da função da racionalidade mítica não apenas na linguagem verbal, mas em qualquer tipo de linguagem.
Esta coletânea de artigos de especialistas de várias áreas (literatura, história, filosofia, sociologia), como Octavio Ianni, Fábio Lucas e Marcelo Ridenti, entre outros, discute como a produção literária, com suas pecualiaridades, pode fornecer elementos e subsídios para o conhecimento da estrutura e dinâmica da sociedade brasileira.