Uma introdução contemporânea à filosofia da mente
Retrato, de maneira acurada e instigante, dos férteis meandros da análise corrente do pensamento e da consciência humanos, este livro merece ser, e de fato é, universalmente reconhecido como um pequeno clássico contemporâneo. O impacto das idéias expostas não se circunscreve a um campo particular da digressão filosófica: desde a questão ontológica ("O que existe?"), até a questão semântica ("Como ligar o significado a estados mentais?") e a epistemológica ("O que é o conhecimento e de onde provém?") são âmbitos diretamente afetados pelos desdobramentos da discussão atual sobre as noções de consciência e mente.
Paul M. Churchland é professor de Filosofia na Universidade da Califórnia, San Diego
O livro mostra como, diante das metrópoles da velha Europa (com a possível exceção de Berlim, na década que se seguiu à queda do muro), ocorreu as mudança e as metamorfoses da capital paulista. Basta ver as transformações pelas quais passou a metalurgia, que contribuiu consideravelmente para forjar o caráter dessa cidade - uma empresa como a Volkswagen ainda era em 1995 o maior empregador privado do Brasil. Em meio a esses processos políticos e econômicos, a Igreja católica foi um ator decisivo. Mais precisamente, diante de lógicas internas e externas altamente limitadoras e determinantes, que deixavam pouca margem de ação à maioria da população de São Paulo, a população pobre, a Igreja contribuiu com esse esforço humano no sentido de recuperar, graças à união e à organização, alguma margem de liberdade e de autonomia (por tênue que fosse), num período marcado justamente por uma ampliação e uma disseminação geográfica da pobreza.
O livro procura mostrar as inflexões mais decisivas que levaram da Fenomenologia alemã de Edmund Husserl à 'filosofia existencial' ou 'existencialismo' de Merleau-Ponty. Entre elas, a mais decisiva é a critica feita pelo filosofo francês do idealismo husserliano e a consequente consagração do 'mundo vivido' como o território legítimo da Filosofia.
Mente e corpo são dois elementos separados ou que atuam em harmonia? Esta questão é apenas o princípio dos temas tratados por Christopher S. Hill neste livro. Assim, para compreender as ideias exploradas pelo autor, é preciso conhecer os pensamentos fundadores da Filosofia da Mente. Esta corrente estuda os fenômenos, funções e propriedades mentais, a consciência e sua relação com o corpo físico e, em particular, com o cérebro. E o diferencial desta obra de Hill está justamente no modo como ele busca responder perguntas centrais sobre as diversas manifestações da consciência: a consciência como agente, como incentivadora de ações, em sua forma introspectiva etc. Ele desvenda em seu texto essas complexas relações, procurando entender as reações físicas, do corpo, a elementos subjetivos da consciência (dor, amor, desejo, crença). É perceptível que o terreno pisado pelo autor é fértil para muitos desdobramentos e desafiador para aqueles que se dedicam nesta empreitada. Mas é precisamente por tratar com cuidado e dedicação um tema tão repleto de possibilidades que este livro de Christopher S. Hill merece o esforço de seus leitores. Em uma época em que a neurociência aponta avanços para a compreensão do homem e do cérebro, nada mais natural do que também descobrir as conexões feitas no centro do nosso intelecto.
O público não especializado encontra aqui as principais linhas contemporâneas de pesquisa da Epistemologia e da Filosofia da Ciência. Granger fala da diferença entre conhecimento científico e saber técnico, demonstra como a diversidade de métodos pode conviver com a unidade de perspectiva e dá uma versão não relativista da evolução das verdades científicas.
Os três ensaios que compõem esta obra foram escritos em estilos diferentes. "Um Ensaio sobre Scians" seguiu o estilo aforístico, adotado por Francis Bacon e William Whewell, estilo de exposição que leva em consideração o interesse do leitor, já que a subdivisão em tópicos desobriga-o de ler sobre assuntos que não o interessam. O segundo, "A Descoberta Científica Pode Ser Premeditada?", começa com uma conferência proferida em 5 de junho de 1980, no encontro que reuniu a American Philosophical Society da Filadélfia e a Royal Society de Londres. Já o principal ensaio, "Os Limites da Ciência", é para justificar a incapacidade da ciência de responder as questões últimas, repetidamente referidas neste ensaio, as quais o autor demonstra estarem além da competência explanatória da ciência, apesar de a considerar um grande e glorioso empreendimento, o mais bem-sucedido argumento no qual o ser humano já se engajou.