Estudo psicossocial de um seminário católico
Que tipo de subjetividade se produz no contexto de um seminário catolico? Para responder a essa pergunta, o autor deste livro realiza uma análise institucional de um seminário, procurando compreender os discursos e as práticas que instauram a realidade do seminarista, esclarecendo as redes discursivas eclesiásticas e suas relações com estratégias de poder.
Silvio José Benelli, natural de Tarumã (SP), é professor da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), câmpus de Assis. É licenciado em Filosofia pela Faculdade Salesiana de FCL/Lorena (1990), psicólogo (2001) e mestre em Psicologia (2003) pela FCL da Unesp e doutor em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da USP (2007). É autor dos livros Pescadores de homens (Unesp, 2006), Análise psicossocial da formação do clero católico (Annablume, 2013), Entidades assistenciais socioeducativas: a trama institucional (Vozes, 2014), e A lógica da internação (Unesp, 2015).
Este estudo discute, questiona e aponta as contradições das chamadas instituições totais, ambientes em que as manifestações psicossociais específicas dos internos, segundo o autor, costumam ser desconhecidas ou ignoradas por profissionais do Judiciário, Serviço Social, Medicina, Psicologia e Pedagogia. Para ele, é ingênuo supor que se pode confinar, tanto jovens quanto adultos, por meio de decisões judiciais, e criar nos estabelecimentos, ao mesmo tempo, rotinas integradoras e ambientes saudáveis, potencialmente pedagógicos.
A Psicologia, a Pedagogia e a Assistência Social são reconhecidas aqui como saberes científicos incontestes que, no entanto, estariam sendo utilizadas como estratégias de controle disciplinar nos estabelecimentos educativos, socioeducativos e ressocializadores, em especial entre os que limitam a liberdade individual.
À medida que os profissionais têm como atribuição, em tais contextos, oferecer acompanhamento personalizado e sistemático, levando-os reclusos a refletirem sobre as infrações cometidas e suas consequências, acabam por desempenhar, afirma o autor, citando Foucault, “o papel de técnicos do comportamento, engenheiros da conduta, ortopedistas da individualidade”.
Tal papel, pontua, é desempenhado em meio a impasses, entre discursos altruístas e a realidade das instituições produto das sociedades disciplinares. Assim, questões pedagógicas, psicológicas, psiquiátricas, hospitalares se tornariam mais inteligíveis se fossem enquadradas em um marco institucional global: “Entendemos que os problemas institucionais são também problemas sociais. Soluções técnicas muitas vezes não são suficientes para resolvê-los. Eles exigem soluções políticas para sua metabolização”.
Neste livro investiga-se entidades assistenciais que atendem a crianças e a adolescentes no contexto das políticas públicas de Assistência Social. Há um grande número desses estabelecimentos assistenciais na atualidade brasileira que vem sendo ocupado por trabalhadores da psicologia, visando desenvolver trabalhos socioeducativos. Tais estabelecimentos demandam análises rigorosas sobre os efeitos éticos que promovem na vida social. Trata-se de assunto de interesse de psicólogos, assistentes sociais, educadores sociais, pedagogos, sociólogos, docentes e também para outros profissionais das ciências humanas.
Este livro apresenta Deus - e sua encarnação em Jesus Cristo -, segundo a Bíblia, dando ênfase a suas representações nas artes plásticas. A autora recolhe exemplos de pinturas, gravuras ou esculturas que retratam cada episódio marcante da vida do Cristo, sem se ater a determinado período ou movimento artístico. Assim, o leitor tem a oportunidade de apreciar e meditar sobre reproduções de obras medievais, clássicas, barrocas, impressionistas e expressionistas.
Os indivíduos sentem medo e por isso são subjetivos. Certos tipos de medo perseguem as crianças, outros aparecem apenas na adolescência e na maturidade. Em todos os estudos sobre o indivíduo e sobre a sociedade humana, o medo é um tema - esteja implícito como nas estórias de coragem e sucesso, ou explícito como nos trabalhos sobre fobias e conflitos humanos. Porém, não se tem procurado abordar o tema "paisagens de medo" como um tópico explorado por si mesmo e pelos esclarecimentos que possam trazer sobre as questões de interesse permanente: Que significa ser gente? Como é viver neste mundo? Neste livro, o autor explora essas questões, procurando em particular traçar laços e ressonâncias entre as diferentes paisagens de medo.
Este livro é o resultado de um conjunto de entrevistas com personalidades reconhecidamente bem-sucedidas. Por meio desses relatos, as ansiedades e mudanças provocadas por essa nova situação são analisadas com o intuito de discutir a noção de sucesso. Dessa forma, Ray Pahl procura abordar um conjunto de questões ligadas à teoria das motivações, à relação cultura política e, de forma geral, à chamada "história da vida privada".