O presente livro permite ao leitor um intenso passeio por temas caros à poeta Marly de Oliveira (1935-2007), que tem aqui registrados exemplares luminosos de sua poesia. "A publicação de Um feixe de rúculas tem uma razão de ser editorial, poética, histórica, humanista e finalmente literária. Se perfilaria quase uma falta se esta obra persistisse desconhecida! Além da poesia que virá com a leitura, há um universo de questões raras e protagonistas bem identificados com uma urgência revelatória sem a qual a verdade da vida e da arte falhariam". (Maria Bonomi) "Ninguém escreve fora da vida. E há quem escreva, como Marly de Oliveira, sobre sua vida. E isto nos diga, com precisão e franqueza. Como nos mostra, sem disfarces, qual sua linhagem poética, ao longo de toda a sua obra, que é, na realidade, uma série de retratos, tomados ao longo do tempo, na qual cada rosto que passou se justapõe aos outros e com eles cubisticamente se vincula, como se os espelhos em que se refletem fossem as “janelas simultâneas” de Delaunay." (Alberto da Costa e Silva)
A poetisa brasileira Marly de Oliveira nasceu em 11 de junho de 1935, em Cachoeiro de Itapemirim (ES) e faleceu no Rio de Janeiro, em 1º de junho de 2007). Su poesia filia-se à terceira geração do Modernismo. Era a ex-mulher do poeta e membro da Academia Brasileira de Letras, João Cabral de Melo Neto. Foi também professora de língua e literatura italiana, assim como de literatura hispano-americana.
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Passado durante os primeiros anos do século XIX, o enredo deste romance revisita o arquétipo do amor juvenil da peça Romeu e Julieta: Simão Botelho apaixona-se perdidamente pela bela Teresa de Albuquerque. Os jovens, entretanto, pertencem a famílias rivais. Impedidos de se encontrar, trocam correspondências graças à conivência de Mariana, secretamente apaixonada por Simão. Esse triângulo amoroso precipitará os jovens para um destino trágico.
Lançado em 1907, O agente secreto surpreendeu os críticos por diferir do universo habitual de Joseph Conrad. Como o título anuncia, temos uma história de espionagem ambientada no cenário urbano de Londres do início do século XX. Uma narrativa ágil, envolvente, com reviravoltas dramáticas e uma dose moderada de humor, sob a qual se identifica a pena virtuosa de um dos grandes mestres do romance inglês moderno.
Teodorico Raposo vive às expensas da tia beata e avarenta, esperando um dia herdar-lhe a fortuna. Dissimulando devoção religiosa, mas sem abrir mão de prazeres mundanos, ele atende ao pedido de Titi e parte em peregrinação pela Terra Santa em busca uma relíquia sagrada. Compõe-se, em paralelo, um divertido afresco da sociedade portuguesa da época, em uma crítica mordaz à hipocrisia e aos excessos da religião.
Urupês é uma coletânea de contos e crônicas do escritor brasileiro Monteiro Lobato, considerada sua obra-prima e publicada originalmente em 1918. Inaugura na literatura brasileira um regionalismo crítico e mais realista do que o praticado anteriormente, durante o romantismo.
Publicado no fim de 1833, é o primeiro dos grandes livros de Balzac e, de acordo com muitos, também sua obra-prima. É expressivo o modo como Balzac inaugura em Eugénie Grandet a descrição de costumes, atores e espaços da vida provinciana. No centro da narrativa está o avaro Félix Grandet, antigo tanoeiro e ex-prefeito da cidade, que acumula fortuna considerável graças ao dote de casamento e à especulação financeira em tempos de instabilidade econômica, tornando-se uma das pessoas mais ricas e influentes da cidade de Saumur. Já Eugénie, sua filha, recebe visitas frequentes de pretendentes que apenas desejam sua fortuna, até que surge seu primo Charles, um jovem dandy parisiense. Rapaz refinado da capital, ele desperta o interesse da inocente Eugénie. O relacionamento dos dois jovens, entretanto, sofre interdições e percalços que afetam o destino da jovem Grandet.