As primeiras manifestações do movimento que se tornaria a luta feminista moderna. O século XVIII, marcado pelo Iluminismo e suas ideias de liberdade e igualdade, foi um período crucial na história das mulheres. Enquanto a Europa se debatia com a crítica aos abusos políticos e religiosos, as mulheres, quase sempre relegadas à invisibilidade histórica, davam os primeiros passos de uma silenciosa revolução. Esta antologia traz textos originais da época, escritos por mulheres e homens que ousaram romper o silêncio sobre a condição feminina.
Professora adjunta do Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), é doutora em Filosofia pela Unicamp, tendo participado do Programa de Pesquisador Colaborador na mesma instituição. É mestra em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestra em História Medieval pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pós-doutora em Filosofia pela PUC do Paraná (2015). É autora e tradutora de diversos livros de filosofia e ciências humanas e foi, durante anos, resenhista dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo.
Licenciado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1991), é tradutor, resenhista e pesquisador. Autor do "Dicionário do Cinema Brasileiro" (Martins Fontes, 2013).
Etocracia propõe uma aliança inquebrável entre a moral e a política. O que está em jogo, para o barão d’Holbach, é nada menos que a velha arte de governar, que ele apresenta em novas roupagens, apelando a uma ordem natural onipresente que é também, em grande medida, onipotente. Para esse moralista, que é também um naturalista, o bom governo e a tirania jamais se confundem, e seria trágico querer tomar esta última, deplorável exceção, como regra ou verdade do governo dos povos.
Nesta obra, publicada em 1773, o Barão de Holbach expõe seu modelo de sociedade virtuosa. A clareza e a objetividade das definições apresentadas fazem deste escrito um verdadeiro dicionário filosófico no campo das relações humanas. O léxico conceitual é vasto (estima, hábito, interesse, justiça, liberdade, obrigação, prudência, sociabilidade, utilidade...) e compreende quadros teóricos interconectados: psicologia moral, pedagogia, estética, economia e crítica aos dogmas religiosos, além de reflexões sobre a guerra e uma teoria contratualista que estabelece forte diálogo com Grotius, Hobbes, Locke e Rousseau.
Um dos maiores divulgadores da ciência trata de temas clássicos da divulgação científica como o big bang e suas consequências cosmológicas e a questão da criatividade científica. A obra integra a coleção Nomes de Deuses, que originou-se de um programa de entrevistas realizado durante os dois últimos anos da década passada, por Edmond Blattchen.
Em meados da década de 1940, o filósofo alemão Max Horkheimer questiona como evitar que a barbárie, representada pelo nazifascismo e então recentemente derrotada na Europa, retorne ao Ocidente. Para ele, o avanço dos meios técnicos de esclarecimento foi acompanhado por um processo de desumanização, de modo que o progresso ameaça anular o próprio objetivo que deveria realizar: a ideia de homem. Seu objetivo declarado é “investigar o conceito de racionalidade subjacente à nossa cultura industrial contemporânea, a fim de descobrir se esse conceito não contém defeitos que o viciam em sua essência”. Horkheimer toma como ponto de partida a diferenciação entre razão subjetiva e razão objetiva, sendo que a primeira se relaciona à faculdade de calcular probabilidades, de coordenar os meios com um fim, enquanto a segunda remete ao problema do destino humano, à organização da sociedade e à maneira de realização de fins últimos. Da tensão entre ambas, com o predomínio da razão subjetiva em relação à objetiva, emergiu um pensamento transformado em simples instrumento. O autor empreende, assim, uma profunda investigação sobre as intensas mudanças que o advento da industrialização, e com ela o predomínio da técnica, e da racionalização teve sobre a natureza humana, considerando também as implicações filosóficas destas mudanças
Profundo e implacável pessimista da filosofia ocidental, Schopenhauer (1788 - 1860) cantou com tristeza as misérias da existência humana, mas louvou como ninguém as belezas da música e da arte. M. Tanner enfrenta os paradoxos schopenhaurianos e revela a coerência que subjaz a eles, neste tratado que redescobre um dos maiores filósofos da tradição ocidental.