Durante o turbilhão global causado pela pandemia de covid-19 em 2020, o professor Francisco Foot Hardman, da Unicamp, embarcou em uma jornada acadêmica para a China, mergulhando profundamente na cultura do país em um período histórico singular. Minha China tropical emerge como um relato perspicaz e comovente dessa experiência extraordinária. O livro transcende os gêneros da crônica e da literatura de viagem; é um chamado à empatia, um convite à construção de pontes entre culturas distintas. Esta leitura inspiradora nos recorda que, mesmo nos momentos mais sombrios, a beleza, a gentileza e a esperança podem florescer.
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Quando morre o filósofo louco Quincas Borba, ele deixa ao ingênuo amigo Rubião a totalidade de suas posses, com uma única condição: Rubião deve cuidar de seu cachorro, que também se chama Quincas Borba, e que poderia ter assumido a alma do filósofo morto. Rico, Rubião segue então para o Rio de Janeiro e mergulha em um mundo onde é cada vez mais difícil separar a fantasia da realidade.
Em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade radicaliza o uso literário da linguagem oral e popular que já havia utilizado em seus livros anteriores e mistura folclore, lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se fizessem parte de uma unidade nacional. Macunaíma, que ora é índio negro ora é branco, até hoje é considerado símbolo do brasileiro em vários sentidos: o do malandro esperto, amoral, que sempre consegue o que quer, e o do povo perdido diante de suas múltiplas identidades. Nas palavras do próprio autor, “Macunaíma vive por si, porém possui um caráter que é justamente o de não ter caráter”.
Guy de Maupassant é mais que um contador de histórias para leitura de entretenimento. Em seus contos, encontramos retratada em pinceladas rápidas e precisas a vida burguesa da época, com seus tipos e suas situações descritos em flagrantes certeiros. O retrato não é nada otimista; pelo contrário, pode-se entrever nas narrativas a crítica severa à moral de aparências da sociedade burguesa.
As quatro novelas aqui reunidas são ambientadas em Nova York, entre as décadas de 1840 e 1870. São elas: “Falso amanhecer”, a célebre “A solteirona”, “A faísca” e “Dia de Ano-Novo”. Esses textos, gestados no auge do processo criativo da autora, com seus enredos e personagens marcantes, abrem ao leitor uma janela para os códigos e costumes que permeavam a estrutura e o funcionamento da sociedade norte-americana no fim do século XIX.
Romance dos irmãos Goncourt pela primeira vez no Brasil Este romance escrito a quatro mãos retrata o vaivém de pintores por ateliês e exposições numa efervescente Paris, buscando um lugar no concorrido cenário artístico da cidade, oscilando entre êxitos e fracassos, esperanças e frustrações. Ali se desenrolam a história de amor do pintor Coriolis com a jovem modelo Manette e os embates entre os sonhos do artista e as limitações da realidade.