Dimensões da narrativa
Neste livro, as autoras objetivam mostrar determinadas possibilidades de abordagem do universo rosiano. Dividido em duas partes, denominadas “Estudos comparativos” e “Aspectos da narrativa rosiana”, o livro reflete a perspectiva de leitura das autoras sobre a obra de Guimarães Rosa. Nos textos, estão as marcas do apoio de teóricos, como Roman Jakobson, Gérard Genette, Ernst Cassirer, Louis Hjelmslev, Algirdas Julien Greimas, entre outros, além de ensaios críticos sobre o escritor.
Maria Célia Leonel é doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), professora titular da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e docente do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Unesp, câmpus de Araraquara.
Edna Maria Fernandes dos Santos Nascimento é mestre e doutora em Linguística pela Universidade de São Paulo e livre-docente em Linguística pela Universidade Estadual Paulista, instituição na qual atuou como docente no Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa.
Apesar de ter ganho o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras em 1937, Magma, de João Guimarães Rosa, ficou inédito, por vontade do autor, até 1997, quando foi publicado postumamente. Mesmo reconhecendo, como o próprio Rosa, o estatuto de obra menor dessa única incursão do magistral autor de Grande sertão: veredas no terreno da lírica, Maria Célia Leonel, professora da Unesp, câmpus de Araraquara, percebeu e pôs-se a estudar, de maneira cuidadosa e original, a importância dos poemas de Magma na germinação da prosa poética do ficcionista, sobretudo de Sagarana, sua primeira publicação.
Livro que procura discutir parte da obra de Guimarães Rosa como sendo a de um intérprete do Brasil, de forma peculiar (como afirma o autor) que, nos seus três primeiros livros, apreciou os costumes da vida pública junto aos da vida privada, os familiares e amorosos, próprios do romance. Demonstra como as três obras iniciais de Rosa, Sagarana, Corpo de baile e Grande sertão: veredas, se relacionam e se imbricam, podendo as duas primeiras ser consideradas como estudos preparatórios para Grande sertão. Nessa perspectiva, o autor investiga a genealogia e a formação do herói jagunço; a gestação dos paradigmas amorosos de Grande sertão, já incubados em Sagarana e desenvolvidos num dos romances de Corpo de baile; e a teatralização do drama civilizatório no Brasil.
Estudo básico sobre Cláudio Manuel da Costa. O autor elabora uma avaliação precisa do contexto literário arcádico no país e uma análise original da obra do poeta mineiro.
A Poética de Aristóteles (384 - 322 a.C.) alicerça toda a teoria crítica ocidental. Foi a obra de maior influência na literatura ocidental. Mcleish atravessa um longo período de crescente obscuridade, mistificação, moralização e desvela a obra de forma direta e notavelmente original. O filósofo que “emerge” se revela mais “moderno” que qualquer de seus intérpretes.
Kiernan dedica à obra shakespeariana uma análise distinta daquela que caracteriza a maior parte dos comentários publicados. Segundo ele, trata-se de associar Shakespeare "ao ambiente em que o poeta respirou". Kiernan mostra como os feitos dramáticos e poéticos do dramaturgo inglês não transcenderam seu meio, mas, ao contrário, foram diretamente influenciados pela sua consciência cívica e por sua reação crítica às mudanças então ocorrentes na sociedade.