Misto de professora, escritora e jornalista, Cândida Fortes Brandão nasceu e viveu em Cachoeira do Sul (RS), onde dedicou a vida a seus ideais: a poesia, o jornalismo e o magistério. Apesar de ter sido reconhecida por Júlia Lopes de Almeida como "mãe intelectual dos cachoeirenses", ter sido aclamada por Olavo Bilac e integrar a Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul, seu nome ficou esquecido. Este livro faz o necessário e merecido resgate desta figura central nas letras brasileiras, por meio de alguns de seus textos mais memoráveis.
Poetisa e contista natural da cidade de Cachoeira do Sul, RS, onde nasceu em 23 de abril de 1862 e faleceu em 4 de novembro de 1922. Filha do carioca Fidêncio Pereira Fortes e de sua esposa catarinense Clarinda de Oliveira Fortes. Estudou em Porto Alegre, na Escola Normal de Porto Alegre em 1884. Depois de formada, retornou a sua cidade natal, onde educou os cachoeirenses no Colégio Elementar de Cachoeira do Sul. Neste, foi também diretora. Casou em junho de 1901 com Augusto César Brandão, com quem não teve filhos.
Professora Titular aposentada da Escola de Humanidades - Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, tem graduação em Letras e graduação em Ciências Jurídicas e Sociais. Cursou Especialização em Teoria Literária na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1977); Mestrado em Lingüística e Letras (Teoria Literária) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1979) e doutorado em Lingüística e Letras (Teoria Literária) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1989). Tem também Especialização em Língua e Literatura Espanhola pelo Instituto de Cooperación Iberoamericana (1983). Realizou estágio pós-doutoral na Fundação Biblioteca Nacional de Lisboa (2001), com bolsa da Capes. Foi diretora da Faculdade de Letras da PUCRS (2004-2012) e diretora de Coordenação Stricto Sensu na PUCRS (2012-2014). Foi também editora da revista revista Letras de Hoje, do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS (2007-2019) e editora da revista binacional Navegações - Revista de Cultura e Literaturas de Língua Portuguesa, juntamente com Vania Pinheiro Chaves, da Universidade de Lisboa (2007-2018). É atualmente pesquisadora do CNPq e membro do Centro de Literaturas de Expressão Portuguesa (Clepul) das Universidades de Lisboa.
Estados Unidos, após a Grande Guerra. Em cidades como Nova York, as festas não tinham hora para acabar. Esse momento de transformações amplas, com aquecimento da economia e efervescência cultural incomum, é o pano de fundo para estes Contos da era do jazz, publicados em 1922, que chegam ao leitor brasileiro em nova tradução.
Lançado em 1907, O agente secreto surpreendeu os críticos por diferir do universo habitual de Joseph Conrad. Como o título anuncia, temos uma história de espionagem ambientada no cenário urbano de Londres do início do século XX. Uma narrativa ágil, envolvente, com reviravoltas dramáticas e uma dose moderada de humor, sob a qual se identifica a pena virtuosa de um dos grandes mestres do romance inglês moderno.
Nos últimos dois séculos, o nome de Edgar Allan Poe se tornou sinônimo de histórias de mistério, seja o suspense, sejam as narrativas de teor sobrenatural, chegando a flertar com a ficção científica. Altamente inventivo, Poe perscrutou as fronteiras entre a lucidez e a insanidade. Saborosa porta de entrada para a obra do grande mestre da narrativa breve, este livro traz catorze de seus mais célebres textos.
Publicado no fim de 1833, é o primeiro dos grandes livros de Balzac e, de acordo com muitos, também sua obra-prima. É expressivo o modo como Balzac inaugura em Eugénie Grandet a descrição de costumes, atores e espaços da vida provinciana. No centro da narrativa está o avaro Félix Grandet, antigo tanoeiro e ex-prefeito da cidade, que acumula fortuna considerável graças ao dote de casamento e à especulação financeira em tempos de instabilidade econômica, tornando-se uma das pessoas mais ricas e influentes da cidade de Saumur. Já Eugénie, sua filha, recebe visitas frequentes de pretendentes que apenas desejam sua fortuna, até que surge seu primo Charles, um jovem dandy parisiense. Rapaz refinado da capital, ele desperta o interesse da inocente Eugénie. O relacionamento dos dois jovens, entretanto, sofre interdições e percalços que afetam o destino da jovem Grandet.
Uma amostra dupla da maestria de Alphonse Daudet As duas obras aqui reunidas, exemplares da grandiosidade de Alphonse Daudet, aproximam-se pelo tom trágico: em “A arlesiana”, bela e delicada peça que abre este volume, acompanham-se os conflitos do jovem Frédéri, atormentado por seu amor não correspondido por uma mulher misteriosa de Arles, enquanto “La Doulou” traz o registro lírico da luta do autor contra a dor física.