Potencialidades da Educação em Direitos Humanos
Este livro revisita a trajetória de pesquisa e extensão desenvolvida por Débora Cristina Fonseca no campo da socioeducação com jovens pobres, marcados pelo fracasso escolar e pela exclusão, para discutir as potencialidades da escola frente à defesa de direitos humanos. A autora analisa as contradições do sistema educacional, socioeducativo e sociopenal e as formas perversas de culpabilização e eliminação daqueles que não se enquadram no modelo neoliberal de constituição da subjetividade. As reflexões apresentadas ao longo dos capítulos estão amparadas nos pressupostos da teoria sócio-histórica e têm como base a teoria vigotskiana e a compreesão dos processos de escolarização. A autora também apresenta o conceito de Educação em Direitos Humanos e suas possibilidades de transforma-ação do cotidiano escolar, oferecendo subsídios para o trabalho pedagógico em todos os níveis de ensino e indicando os caminhos para o desenvolvimento de sujeitos capazes de lutar por seus direitos e para a atuação preventiva contra os processos de abandono e exclusão escolar.
Débora Cristina Fonseca é psicóloga, mestre e doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e livre-docente em Psicologia Social e Educacional pela Universidade Estadua Paulista (Unesp). Atualmente é professora associada no Departamento de Educação e no Programa de Pós Graduação em Educação do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Rio Claro. É docente no Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no Eixo Educação em espaço de restrição e privação de liberdade (linha PSPE). Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Participação Democrática e Direitos Humanos (GEPEPDH) da Unesp, integra o Joveduc (Unesp) e o Núcleo de Investigação e Práticas em Educação nos espaços de restrição e privação de liberdade (EduCárceres/UFSCar). Tem experiência com pesquisas em temas ligados a socioeducação, adolescências/juventudes, violências, escola e Educação em Direitos Humanos.
Este livro reúne um expressivo conjunto de reflexões de autores de vários países para oferecer uma introdução às fontes e aos princípios da educação dominicana. Ao mesmo tempo, oferece um amplo mostruário de diferentes contextos nos quais a educação, inspirada na vida dominicana, se expressou no passado e no presente. Filósofos, eudcadores, formadores, santos, teólogos, artistas, pregadores e professores em diferentes níveis compartilham suas análises e reflexões sobre os valores e os princípios que norteiam a educação dominicana. Espera-se que este livro, publicado na década do Jubileu Dominicano – 1206-1216 a 2006- 2016 –, informe, inspire e encoraje todos os que estão comprometidos com o grande trabalho de condução de jovens e adultos para "o uso inteligente da liberdade".
Na década de 1920, algumas instituições organizaram-se com o intuito de legitimar a atuação de seus associados no campo educacional que estava se estruturando, como ocorreu com a Sociedade de Educação de São Paulo, que foi fundada com a finalidade de congregar membros do magistério em seus vários níveis, dos setores público e privado, com ideias e interesses comuns, tendo uma intensa atuação no cenário educacional do período. A obra pretende recuperar aspectos da criação e do funcionamento da Sociedade de Educação, seu papel e posição na estruturação do campo educacional. A partir deste estudo, veremos quais são as principais questões discutidas no âmbito da entidade e ainda quem eram seus membros.
Travar contato com a comunidade indígena por meio da Matemática. Essa é a proposta do autor que, por meio de vivências e pesquisas aprofundadas, desenvolveu o conceito de etnomatemática, procurando, a partir do próprio conhecimento matemático das comunidades, seus signos e simbolismos, viabilizar a formação de educadores indígenas para povos indígenas. Um dos pontos levantados é a possibilidade de, a partir do contato, estabelecermos um trabalho em conjunto, levando em consideração os conhecimentos já desenvolvidos por esses povos.
Analisando a experiência estética do tropicalismo singular de Tom Zé e o rap contestador do Racionais MC’s, Julia Pinheiro Andrade revela as “formas vivas” que falam e cantam São Paulo. Observando a cidade de um ângulo rico e insuspeito, em que arte e educação se imbricam, reflete a correspondência entre a forma estética da canção e a experiência urbana. Deste modo, partindo do estudo da música popular, produz uma reflexão sobre os tempos e as formas contemporâneas de sociabilidade, sobretudo no que se refere aos circuitos e às culturas jovens.
Neste livro de Caroline Mitrovich, a autora realiza a análise de três ensaios fundamentais de Walter Benjamin: Experiência e pobreza, Sobre alguns temas em Baudelaire, Sobre o conceito de história. O propósito por trás dessa avaliação reside em sua tentativa de desvelar as contribuições do filósofo alemão para o campo da Educação. Estas obras de Benjamin contempladas aqui estão centradas nos conceitos de formação cultural e experiência, formulados pelo filósofo como alternativas à ideia de formação pautada na rigidez do saber científico. Caroline Mitrovich reflete sobre como essas concepções contribuem para uma visão que se opõe à hegemonia do pensamento cartesiano e lógico, abrindo mais possibilidades para o processo de formação do indivíduo. Neste estudo denso, o livro busca na filosofia benjaminiana os conceitos para avaliar a Educação.