Estudo sobre uma persistente ilusão a acompanhar a arquitetura moderna até nossos dias
Atribui-se ao arquiteto neoclássico prussiano Karl Friedrich Schinkel (1781-1841) o apelo à criação de um estilo próprio da modernidade em vez da imitação do passado. O historiador da arquitetura Reyner Banham (1922-1988) considerava a arquitetura moderna um estilo por não seguir a mudança incessante que lhe ditava a tecnologia. Entre a participação modesta na teoria da arquitetura anterior a Schinkel e a ação de uma entidade cultural, tão importante quanto o Deutscher Werkbund (1907), pela criação do design e da arquitetura modernos, a Alemanha tornou-se ativa na teoria arquitetônica. Se houve repercussão tanto do materialismo estético, como de várias doutrinas da estética filosófica, nem por isso deixou de haver teorias próprias do estilo arquitetônico, como as de Bötticher e Semper, que introduziram o espaço arquitetônico como problema a ser tratado pela escola formalista em história da arte. Neste livro, Marcos Faccioli Gabriel procura tornar os debates das vanguardas, dentro e ao redor do Deutscher Werkbund, mais transparentes e mais ricos em matizes, como o discurso tardio do crítico da arquitetura Sigfried Giedion por uma Nova Monumentalidade.
Marcos Faccioli Gabriel possui graduação (1985) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design (FAU) da Universidade de São Paulo (USP). Tem mestrado (2003) pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, campus de São Carlos, e doutorado (2017) pela FAU/USP. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Teoria da Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura brasileira, acervo de imagens, arquitetura, história da arquitetura e arquitetura moderna.
O urbanismo português reflete a história do urbanismo europeu e, ao mesmo tempo, afirma sua especificidade por suas características de forma e de processos que são eminentemente portugueses. Ele é o resultado de múltiplas experiências, processos de troca e influências recíprocas levados a cabo em Portugal, no Brasil, na África, no Índico e no Oriente, em que participaram populações e técnicos de várias origens. O Brasil desempenhou um papel importante na inovação de formas e de processos que deles resultaram e que vieram a fazer parte integrante de sua cultura urbana. A cidade atual tende a se descaracterizar. As relações da forma urbana com as questões defensivas, religiosas e irrelevantes, e mesmo a relação da forma urbana com as características físicas de seus locais de implantação tende a ser menosprezada. Essa falta de condicionantes ou de referências resultou na desarticulação do desenho da cidade.
Tem como proposta derrubar a ideia de um pensamento único na área de urbanismo no Brasil. Obra fundamental para urbanistas, pesquisadores e pensadores do espaço urbano, revela que o desejo e trabalho para construir a "cidade global" estão diretamente vinculados ao intuito de esconder os próprios defeitos, mazelas, sujeira e injustiças.
Esta reunião de artigos de cerca de 40 autores é um convite à reflexão sobre um tema fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas precisas e eficazes: a abordagem integrada das questões urbana e regional. (Co-edição: Anpur - Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional) As discussões sobre a necessidade do estabelecimento de um projeto nacional de desenvolvimento do país, capaz de promover efetivamente as integrações territorial, econômica e social foi a tônica do Seminário Nacional "Regiões e Cidades, Cidades nas Regiões", promovido pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur), entidade que congrega programas universitários de pós-graduação e entidades brasileiras que desenvolvem ensino e pesquisa no campo dos estudos urbanos e regionais e do planejamento urbano e regional. Este livro publica os textos vinculados ao evento que, realizado em 2001 no Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), reuniu aproximadamente uma centena de geógrafos, economistas, sociólogos, antropólogos e profissionais de outros campos do conhecimento empenhados no debate de políticas públicas nacionais para a área regional e urbana do Brasil contemporâneo.
As cidades interioranas paulistas Bauru, Piracicaba, Rio Claro e São Carlos são as escolhidas pela autora para sua análise do processo de homogeneização da paisagem urbana. Baseada no pressuposto de que as opções arquitetônicas não são neutras, mas refletem e reforçam as condições socioeconômicas de um lugar, a autora revela as causas desse processo, que envolvem as semelhanças estruturais entre as cidades interioranas, como a presença de praça central, ferrovia, monocultura do café, e rodovias, e seu desejo de imitar centros maiores, cujo padrão urbanístico é tomado como referência. A obra também aborda a importação de modelos descontextualizados e a negligência na criação de um padrão próprio, efeitos da homogeneização.
Trabalho contemplado com o 3º Prêmio Brasileiro "Política e Planejamento Urbano e Regional" - ANPUR, como melhor tese de doutorado defendida entre janeiro de 2002 e janeiro de 2003, agora transformado em livro. Aborda temas como: promoção do desenvolvimento econômico, participação do setor privado na gestão de serviços e equipamentos públicos, consenso social em torno de prioridades estratégicas de investimentos e a introdução de uma racionalidade empresarial na administração dos negócios públicos. Em relação profunda com o debate intelectual sobre o futuro das metrópoles, revela os meandros de uma corrente de pensamento que transforma cidades em "empresas"; equipamentos, serviços e trabalhadores em "mercadorias"; e o relacionamento entre o público e o privado em, simplesmente, "competitividade".