A cidade brasileira do período colonial aparece em tratados descritivos, relatos de viagem, pinturas, aquarelas e em poemas do Barroco e do Arcadismo. É no século XIX, entretanto, que passa a ser representada com frequência em textos literários e em pinturas de viajantes e artistas brasileiros. Com o advento da fotografia, a partir da descoberta de Daguèrre em 1839, multiplicam-se as representações de paisagens urbanas do Brasil nas imagens produzidas por fotógrafos como Revert Klumb, Augusto Stahl, Marc Ferrez e Militão Augusto de Azevedo. A literatura, a pintura e a fotografia são fontes documentais relevantes para a construção da história da cidade brasileira. É preciso, contudo, lembrar que a cidade na arte é sempre uma representação – expressão dos vários olhares que convergem para a mesma paisagem. Esta obra procura investigar e demonstrar o modo como a cidade brasileira está presente na literatura, na pintura e na fotografia durante o período colonial e nas décadas que precederam o advento da República, assim como destacar a importância da arte como registro histórico da cidade.
Solange de Aragão é arquiteta, urbanista, mestre e doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado em História do Brasil pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e em História da Arte pela FAU/USP. Leciona no curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Ciências e de Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Presidente Prudente, e atua como professora colaboradora no curso de Pós-Graduação em Artes do Instituto de Artes (IA) da Unesp, câmpus de São Paulo. É autora dos livros Ensaio sobre o jardim (2007) – vencedor do Concurso Nacional de Ensaios da Fundação Gilberto Freyre – e Ensaio sobre a casa brasileira (2011).
A natureza da arte descreve as hipóteses, as teorias e os experimentos produzidos nos últimos sessenta anos por pesquisadores associados ao campo investigativo da cognição, todos tendo em comum uma mesma ambição: tratar a arte como um objeto “natural”, ou seja, não transcendental e objetivamente passível de ser escrutinado.
Sidney Harris é um cartunista norte-americano que, embora não seja especializado em assuntos científicos, toca em pontos essenciais da ciência em seus cartuns. Tão essenciais (paradigmas das ciências naturais, a forma como cientistas escolhem seus dados, os limites da argumentação e retórica científicas) que o leitor pode ser levado a crer que ele teria sólida formação em alguma ciência natural. Surpreendente: não tem. Sua intuição dá conta de tudo. E como... Seus cartuns podem ser encontrados nas principais publicações da imprensa norte-americana (The New Yorker, Playboy), além de, é claro, em publicações científicas (Discover, American Scientist, Science, Chronicle of Higher Education), para as quais começou a escrever em 1970.
O leitor encontra, neste livro, uma história e uma etnografia de Iauaretê, povoado indígena multiétnico situado no médio rio Uaupés, fronteira Brasil-Colômbia, noroeste da Amazônia brasileira. O tratamento das fontes históricas e do material empírico é um exercício dedicado à elucidação das premissas sociocosmológicas pelas quais os grupos indígenas descrevem e vivenciam as transformações sociaisd que se passaram na região desde o início da colonização no século XVIII.
Na história da resistência escrava nas Américas, o Brasil tem o maior número de povoamentos de escravos fugitivos, conhecidos como quilombos ou mocambos. Nenhuma outra área escravista teve tantos. Este livro, além da participação dos africanos, esclarece os contatos e o papel dos indígenas e dos quilombolas, tanto nas relações de aliança e assistência mútua como nas de guerra. Original, informativa, atualizada, escrita num estilo fluente e envolvente, com o espírito informado e crítico, esta obra consolida o autor como principal especialista em quilombos no Brasil. Baseia-se em pesquisas que cobrem diversas regiões brasileiras e suas fronteiras - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Bahia, e sobretudo Grão-Pará e Maranhão. Flávio Gomes Interpreta os documentos à luz de um conhecimento atualizado em vasta bibliografia nacional e estrangeira, cuja leitura ajuda a comparar os quilombos brasileiros entre si e com aqueles de outras regiões da Afro-América, proporcionando uma perspectiva mais hemisférica, menos provinciana do tema.
A Coluna da Morte, obra que não era reeditada desde 1928, relata a experiência do lendário tenente João Cabanas na Revolução de 1924. Cabanas foi uma importante liderança em 1924, no maior conflito bélico ocorrido na cidade de São Paulo, que à época foi bombardeada pelas tropas legalistas do presidente Artur Bernardes.