Impressões autobiográficas
A autobiografia e outros gêneros textuais correlatos despertam grande interesse, sobretudo nas últimas décadas, tanto de um público de leitores cada vez maio quanto de pesquisadores de várias áreas. Essas formas de elaboração textual de fatos memorialistas, histórico e ficcionais, por um lado, vêm ao encontro da necessidade de troca de experiências individuais e coletivas de que o homem foi paulatinamento privado, seja pelo mundo de consumo intenso que o cerca, seja pela reificação da vida e pelo abandono dos valores da tradição; por outro lado, tais textos se encontram em um entroncamento multidisciplinar muito produtivo, por aproximam diferentes áreas das Ciências Humanas – os Estudos Literários e a Linguística, a História e a Filosofia, a Psicanálise e os Estudos Culturais, entre outras –, permitindo a ampliação do conhecimento nessas áreas e o encontro do autor/narrador/personagem/leitor com as escrituras do eu.
É mestre e doutora em Teoria da Literatura pelo Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Unesp, câmpus de São José do Rio Preto. Tem pós-doutorado em Linguística (Linguagem Literária) pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp e é livre-docente em Crítica LIterária também pela Ibilce (Unesp).
É mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e doutora em Letras, na área de Teoria da Literatura, pela Unesp, câmpus de São José do Rio Preto, onde atua como professora de Poesia Brasileira no curso de licenciatura em Letras e no Programa de Pós-graduação em Letras. Seus estudos sobre a poesia de Gregório de Matos, no mestrado, e de Oswald de Andrade, no doutorado, Levaram-na a interesar-se pelos aspectos plásticos do texto poético tecidos pelas zonas fronteiriças entre as linguagens artísticas.
É mestre e doutor em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). É professor de Língua e Literatura Francesas nos cursos de Letras do Ibilce (Unesp) e responsável pelas disciplinas Representações Históricas nas Literaturas Brasileira e Portuguesa e Literatura e História em Walter Benjamin no Programa de Pós-Graduação em Letras do mesmo câmpus.
Quem tem medo de Hilda Hilst? O dado de provocação dessa pergunta ainda se faz presente, passados mais de dez anos de sua morte, em 2004. A escritora, poeta e teatróloga, nascida em Jaú, em 1930, ganha nestes últimos tempos uma nova leitura e um interesse crescente por sua obra. Em torno de Hilda Hilst é um livro que se situa no panorama da leitura atenta, sensível e curiosa da obra da autora, reunindo pesquisadores do Brasil e do exterior, amantes dessa chama inquieta que é o texto literário que a escritora paulista tão bem soube manter quente e acesa ao longo dos 47 anos de trabalho exclusivo com a literatura. Os leitores que enfrentam o jogo fornecido pela escritora não saem ilesos do ousado universo literário que ela tão bem explorou e que vai do sacro ao metafísico, passando pelo erótico e pelo campo do amoroso e sublime desejo da morte, sem deixar de se lançar ao combativo discurso político e social.
A partir do exame das ações do PNBE – Programa Nacional Biblioteca na Escola – e dos impactos de uma política pública no espaço escolar, este livro discute dados de pesquisa realizada nas 181 escolas do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte.
Este livro reúne ensaios escritos em diferentes momentos, mas que têm como eixo comum a literatura juvenil produzida no Brasil do final do século XX ao início do XXI e duas preocupações explícitas: de um lado, a discussão da possível especificidade da chamada literatura juvenil; de outro, o estudo das implicações de sua utilização no ensino. Como os textos procuram demonstrar, enquanto a produção literária voltada exclusivamente para o público infantil parece bem caracterizada e ocupa lugar definido na atividade leitora das crianças, a literatura juvenil é frequentemente associada a finalidades didáticas e encontra certa resistência por parte da comunidade acadêmica, que tende a considerá-la menor ou mesmo um mero produto de consumo. Nestes ensaios, o autor oferece uma contribuição para o aprofundamento dos estudos da literatura juvenil e apresenta propostas de seu uso na sala de aula, às vezes sob a forma de roteiros de leitura, para que tanto o professor como o aluno possam tirar o melhor proveito da leitura dos livros analisados.
Quais seriam os limites entre uma literatura infantil, ou infantojuvenil, e a literatura “adulta”? Constituiria a literatura infantil um afluente no grande curso da literatura mundial ou seria ela parte integrante e inseparável do todo? A partir de quando terá existido uma literatura com foco específico em um público infantil? Buscando desenovelar essa história, este livro ajusta lentes para enxergá-la de perto, dentro de outra história, a história da literatura no Brasil.
Estudo de características da prosa de ficção dos romantismos alemão e brasileiro, considerando as peculiaridades de cada movimento e as circunstâncias histórico-literárias em que surgiram. Abrangente e documentado com seriedade, o livro trata de questões relativas ao tema, como transcendência, subjetividade etc. de modo bastante claro e preciso, sendo de leitura agradável e de fácil compreensão mesmo para um público não especializado.