Este livro traz uma coletânea de dezessete ensaios da autora Maria Heloísa Martins Dias, sendo que catorze deles já foram veiculados em periódicos do Brasil e de Portugal, e três são inéditos. Juntos eles compõem uma ampla visão dos estudos literários atuais. Os textos, que analisam separadamente autores da Literatura luso-brasileira, têm como tema geral o diálogo das obras consigo mesmas, numa tentativa de desvendar a “aventura da linguagem”. Assim, estão contemplados aqui escritores como João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Clarice Linspector, Graciliano Ramos, Fernando Pessoa, António Nobre, Almada Negreiros, Teolinda Gersão, Carlos Drummond de Andrade, entre outros. Todos são vistos sobre o viés da autorreflexividade, com a autora buscando fugir dos já clássicos estudos literários que procuram entender como determinado autor foi lido à sua época, ou as circunstâncias culturais na qual este autor estava inserido no momento de sua produção. Para escapar dessas e de outras análises, Maria Heloísa Martins Dias busca o caminho puro e simples da contemplação da obra para tirar dela os seus significados.
Maria Heloísa Martins Dias possui graduação em Letras Vernáculas pela Universidade de São Paulo (1976), mestrado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (1986), doutorado em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (1992) e pós-doutorado pela Universidade Nova de Lisboa (2002). Atualmente é Livre Docente (MS-5) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Portuguesa e Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: metalinguagem, narrativa contemporânea, intertextualidade, estudos comparados e poéticas da modernidade.
Por que lemos literatura e como a julgamos? O clássico de C. S. Lewis Um experimento na crítica literária nasce da convicção de que a literatura existe para o prazer do leitor e de que os livros devem ser julgados pelo tipo de leitura que ensejam. É crucial à sua ideia de avaliação da literatura o compromisso de ser apartar de expectativas e valores alheios à obra, para que ela seja analisada sem preconceitos. Em meio a toda a complexa miscelânea das teorias críticas atuais, as questões que levanta em relação à experiência de ler atestam o valioso bom senso, caráter inovador e perfil estimulante característicos da sabedoria de C. S, Lewis.
Especialista no estudo da história da escrita, o autor reúne cinco ensaios que mostram como o mundo digital está alterando a relação do leitor com o texto impresso. A ação da comunicação eletrônica sobre as publicações tradicionais é questionada. O próprio conceito de livro, para o pesquisador francês, está sofrendo transformações perante a revolução tecnológica propiciada pela comunicação via Internet e pela leitura cada vez mais comum de textos diretamente na tela do computador. Presente e futuro do livro e da escrita são personagens centrais destes ensaios cintilantes.
Marxismo e crítica literária consiste em um criterioso e, ao mesmo tempo, conciso estudo sobre a relação entre o pensamento marxista e a produção artística. Ao longo da obra, Terry Eagleton interpreta textos de Marx e Engels, bem como analisa o trabalho de autores como Plekhanov, Trotski, Lenin, Lukács, Goldmann, Caudwell, Benjamin e Brecht. Uma leitura de referência para a crítica literária.
Este livro faz uma introdução à história da escrita sob uma visão atualizada. São foco de atenção as origens, funções e mudanças cronológicas dos mais importantes sistemas de escrita do mundo, atuais e extintos. As dinâmicas sociais das escritas são assim abordadas em todo o seu fascínio.
Depois da repercussão de Os sertões, Euclides da Cunha concentrou esforços no desafio de "escrever a Amazônia". Embora inconclusa, devido à morte precoce, essa jornada literária motivou Francisco Foot Hardman a redigir alguns dos vinte ensaios que dão forma e rumo a este A vingança vde Hileia. Mas o livro não se atém apenas ao exame da prosa amazônica de Euclides em suas relações com outros escritores que tentaram representar a região, de Inglês de Sousa a José Eustasio Rivera, de Dalcídio Jurandir a Milton Hatoum. Trabalhando com o conceito de "poética das ruínas", Foot Hardman amplia e diversifica o quadro de análise, seja na critica às visões esquemáticas do Brasil moderno, seja no diálogo com as ciências humanas contemporâneas e com a modernidade literária internacional.