Variações sobre temas de arte e educação
Dentre o conjunto de edições do Festival de Inverno de Campos de Jordão, tradicionalmente dedicado à música erudita e à formação de jovens concertistas, a edição de 1983 destacou-se como “dissonância” e particularizou-se por ter sido dedicada a professores de Educação Artística da rede pública de ensino do estado de São Paulo. Em quarenta anos de vida dos festivais, sua décima quarta versão – organizada por Cláudia Toni, Ana Mae Barbosa e Gláucia Amaral – foi singular pela concepção, pela programação e pela relação com o entorno político e educacional de sua época. Por meio do programa do festival, dos discursos de professores nele proferidos, de textos de jornais, cartas e relatos e de imagens, Rita Bredariolli dedica-se à análise dessa edição do festival e faz uma avaliação da importância do programa pedagógico e da concepção de ensino de arte enunciados no XIV Festival de Inverno de Campos de Jordão.
Rita Luciana Berti Bredariolli possui licenciatura e bacharelado em Educação Artística, com habilitação em Artes Plásticas, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestrado e doutorado em Artes pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professora do Instituto de Artes (IA) da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Visuais, atuando principalmente com os seguintes temas: imagem, memória, história, arte e educação.
Este livro fundamenta-se no estudo da cerâmica popular do Vale do Jequitinhonha-MG, considerando-se fatores estéticos e socioculturais relacionados à produção, à distribuição e ao consumo das obras produzidas. A autora tem por objetivo verificar como se dá a produção da cerâmica popular das comunidades artesãs; observar os trabalhos artesanais de caráter escultórico e/ou utilitário produzidos em argila, por mulheres ceramistas; identificar a trajetória da cerâmica partindo da produção, circulação e consumo das obras; detectar a influência sociocultural nas variações estéticas do artesanato produzido; e apresentar a trajetória visual da cerâmica, por meio de documentação iconográfica.
Em um momento histórico no qual o analfabetismo apresenta-se como intolerável, a questão metodológica da alfabetização aparece como central. Tendo em vista tal realidade, José Morais analisa vários aspectos da chamada arte de ler. Partindo das estruturas mentais envolvidas na leitura, da relação entre linguagem falada e linguagem escrita, Morais centra-se nos mecanismos de aprendizagem e nos distúrbios que podem ocorrer nesse processo. Mediante essa estratégia, ele pode desenvolver o estudo dos diferentes métodos, a fim de apresentar as possibilidades terapêuticas que se oferecem hoje aos que não dominam as práticas de leitura.
Este livro apresenta Deus - e sua encarnação em Jesus Cristo -, segundo a Bíblia, dando ênfase a suas representações nas artes plásticas. A autora recolhe exemplos de pinturas, gravuras ou esculturas que retratam cada episódio marcante da vida do Cristo, sem se ater a determinado período ou movimento artístico. Assim, o leitor tem a oportunidade de apreciar e meditar sobre reproduções de obras medievais, clássicas, barrocas, impressionistas e expressionistas.
Feyerabend desafia os grandes dogmas do mundo contemporâneo para defender os benefícios da diversidade e das mudanças culturais diante das certezas uniformes e homogeneizantes da tradicional racionalidade científica. Aproxima Ciência e Arte e discute desde Xenófanes a Einstein e a mecânica quântica, passando por uma análise surpreendente do conflito entre Galileu e a Igreja. O seu (tipicamente) agressivo adeus à razão equivale à rejeição de uma imagem congelada e distorcida da ciência que abusa do cânon ocidental racionalista e objetivo.
Elaborado a partir de depoimentos do pintor naïf Waldomiro de Deus e de críticos de arte, colecionadores e familiares, este livro oferece um percurso pela sua vida e obra. Narra desde os primeiros passos do artista no sertão da Bahia até o seu sucesso internacional na Europa e em Israel. Destaca a religiosidade e a defesa dos direitos humanos como temáticas centrais dos seus quadros, dominados pelas cores vivas e as figuras mulatas com as quais ele anuncia o Terceiro Milênio.