Em Contra os astrólogos, Sexto Empírico problematiza a suposta capacidade de associar os eventos celestes aos acontecimentos ligados às vidas dos homens. Ao elaborar suas críticas, Sexto fornece minuciosas informações sobre as astrologias da época e propõe uma distinção entre a astrologia, com suas pretensões cosmológicas e antropológicas, e uma forma de astronomia que consiste apenas em observar os fenômenos celestes e codificá-los pragmaticamente. Com isso, o cético acaba por prenunciar uma concepção empírico-experimental de ciência, à maneira dos modernos.
Sexto Empírico, filósofo grego que viveu por volta do século II d.C. (a data exata e o local de seu nascimento são desconhecidos), é o maior expoente do ceticismo pirrônico. Sua obra, marcada por um caráter antimetafísico e empirista, é uma das mais importantes contribuições do pensamento grego antigo. Dele, a Editora Unesp publicou Contra os retóricos (2013), Contra os gramáticos (2015) e Contra os astrólogos (2019).
Edição bilíngue da obra clássica do filósofo antigo Sexto Empírico. Nela, o cético aponta o papel crucial do uso comum das palavras para a compreensão da linguagem e o bom filosofar. Alerta para os sentidos técnicos e problemáticos com que os dogmáticos usavam as palavras, critica a tentativa de uma gramática geral, de princípios universais, e defende uma concepção convencionalista da linguagem.
O ceticismo, doutrina filosófica clássica e influente, encontra em Sexto Empírico um de seus expoentes máximos. Em Contra os retóricos, documento central para a história dos estudos sobre a retórica, o filósofo debate e critica a pretensão daqueles que se propõem a ensinar essa arte do uso sistematizado da linguagem.
As contribuições de Cláudio Galeno para os fundamentos epistemológicos, físicos e éticos da prática médica e suas relações com as principais tendências filosóficas de sua época influenciaram toda a ciência médica que veio em seguida. Escrito originalmente para iniciantes no ofício, o texto que o leitor tem em mãos oferece uma notável introdução aos princípios fundamentais das escolas de medicina daquele momento, contribuindo também para a compreensão do estatuto epistemológico e ético das artes e ciências do período helenístico.
A linguagem musical, por ser intangível, é possivelmente a que mais se aproxima da filosofia. Neste livro, tal proximidade é destacada pelos paralelos entre o conceito de mousiké de Pitágoras – que entende a música como um diálogo entre linguagens e não apenas a mera execução de uma partitura – e os conceitos e a prática musical de compositores contemporâneos, como Alexander Scriabin e John Cage.
O prodigioso desenvolvimento da ciência contemporânea nos faz supor que os fenômenos da natureza obedecem a leis determinantes da evolução. Mas essa imagem tem seus limites. Até os sistemas dinâmicos mais simples podem ser impreditíveis e apresentar uma evolução caótica. Mas qual a razão desse caos? A partir da noção de tempo, os autores oferecem respostas claras a essa questão e expõem os conhecimentos hoje disponíveis sobre o assunto em todas as áreas do conhecimento.