Diálogo entre os que chegaram depois
Reunião de textos apresentados em seminário internacional, realizado na USP, em 2001, sobre "Novos Paradigmas do Desenvolvimento", traz 13 ensaios que analisam as diferentes trajetórias econômicas de Brasil, México, África do Sul, Índia e China. De grande interesse para estudar o desenvolvimento em meio à globalização e à liberação das economias, discute temas fundamentais, como agricultura, agroindústria e integração regional.
Glauco Arbix é Professor Doutor do Departamento de Sociologia da USP. Publicou: Uma aposta no futuro. Os primeiros anos da câmara setorial da indústria automobilística (1996) e De JK a FHC: a reinvenção dos carros (com M. Zilbovicius, 1997); Razões e ficções do desenvolvimento (com R. Abramovay e M. Zilbovicius, 2001). Pesquisador da Fapesp, do CNPq, com pós-doutorado na London School of Economics and Political Science (Inglaterra), Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology (EUA) e na School of Industrial and Labor Relations da Cornell University (EUA).
Alvaro Comin é professor do Departamento de Sociologia da USP. Mestre em Sociologia pela USP. Atualmente desenvolve pesquisa sobre a Mobilidade Social no Brasil dos anos 1990. É autor, entre outras publicações, do livro Os cavaleiros do antiapocalipse, com Francisco de Oliveira (1999).
Mauro Zilbovicius é engenheiro de produção, doutor e mestre em Engenharia pela Escola Politécnica da USP. Professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP. Autor de Modelos para a produção, produção de modelos: gênese, lógica e difusão do modelo japonês de gestão da produção (1999); De JK e FHC: a reinvenção dos carros (com G. Arbix, 1997); Razões e ficções do desenvolvimento (com G. Arbix e R. Abramovay, 2001). Administrador público na Secretaria de Serviços e Obras e na Companhia de Engenharia de Tráfego CET, ambas da Prefeitura do Município de São Paulo (1989/1992). Pesquisador do CNPq, consultor ah hoc da Capes e da Fapesp, consultor da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Professor titular do Departamento de Economia da FEA-USP e presidente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da USP. Fez pós-doutorado da Fondation Nationale de Sciences Politiques em Paris e trabalha com desenvolvimento rural e meio ambiente. Publicou Paradigmas do capitalismo agrário em questão (Hucitec) e Razões e ficções do desenvolvimento (com G. Arbix e M. Zilbovicius, 2001).
A compreensão do desenvolvimento da economia brasileira nas últimas três décadas não é tarefa fácil. Este livro, ao reunir, dezesseis textos apresentados no 1° Seminário Internacional da USP sobre "Novos paradigmas de desenvolvimento", realizado no ano 2000, oferece amplo material para refletir sobre os caminhos mais recentes do país. A publicação homenageia o economista Celso Furtado, que então completava 80 anos, e repensa o crescimento econômico e o progresso social sob o signo do neoliberalismo e da globalização.
O recente ciclo de crescimento no país e as transformações na estrutura produtiva paulistana colocam em foco as conexões entre economia e território, apontando para novos desafios em relação à experiência vivida na década de 1990. Metamorfoses Paulistanas é um mergulho na dinâmica da cidade, alicerçado em uma rica e diversificada base de dados e em análises que permitem um diagnóstico qualificado e com novas ideias para pensar o nosso futuro. Ao identificar setores econômicos e territórios estratégicos, contribui para promover a transformação da cidade, articulando política urbana e desenvolvimento econômico.
Produto final de uma extensa pesquisa realizada pelo IEEI, com apoio da Fundação Ford, este livro é o resultado de um projeto, iniciado em outubro de 2004, que procurou verificar as possíveis sinergias que confeririam substância ao acordo de cooperação assinado entre Índia, Brasil e África do Sul no ano de 2003. Em vez de fazer uma análise que contemplasse as estruturas comerciais dos países, suas reivindicações no âmbito internacional e os atributos técnicos que poderiam ser trocados entre os participantes, os autores optaram por uma abordagem considerada mais apropriada: identificar os potenciais pontos de convergência e divergência a partir de uma análise dos padrões de acumulação de cada um dos países, com ênfase em seus elementos estruturantes.
Reunião de textos que enfocam aspectos das transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil na década de 1990 e seus impactos nas diferentes dimensões do mundo do trabalho: estratégias de mercado das empresas ao se ajustarem às novas regras de concorrência e funcionamento do mercado de trabalho, baixo dinamismo, desestruturação de parte do parque industrial, elevação das taxas de desemprego, precarização das oportunidades ocupacionais e condições de trabalho.
Obra que, sem dúvida, fornece elementos para a definição da identidade brasileira e exibe os precedentes da crítica agenda estratégica e comercial do Brasil contemporâneo com a América e a Europa. Aborda a política do Império brasileiro ante os sucessivos encontros interamericanos realizados no século XIX, desde o primeiro, no Panamá, em 1826, até o de Washington, em 1889/1890 (chamado de Primeira Conferência Internacional Americana, convocada pelos Estados Unidos, já sob a bandeira do pan-americanismo) - o único do qual o Brasil participou. A política externa do Império somente se consolida a partir de 1850, quando posições nos principais temas da agenda brasileira passam a ser definidas por políticas coerentes. Isolado nas Américas como único defensor do princípio monárquico, o Estado brasileiro sente-se desvinculado dos países vizinhos na construção de um discurso legitimador para a constituição do que acreditava ser um bastião da civilização européia no continente.