Resultado de uma pesquisa bibliográfica e empírica, com viagens por grande parte do Brasil, este livro não so preenche uma lacuna acadêmica sobre a história do circo e a atividade dos palahaços brasileiros, como também – e principalmente – nos faz voltar um pouquinho à infância, pois estuda a arte do palhaço tal como ela é no circo nacional, tomando como base a dramaturgia, a interpretação e a encenação. O livro realiza ainda uma recuperação bibliográfica de parte da história do cirso moderno, com uma investigação das origens dos palhaços, suas influências e aproximações com o teatro. Nesse sentido, inclui a reprodução escrita de toda uma tradição oral de esquetes e entradas, fornecendo um material inédito para pesquisadores e artistas.
Mário Fernando Bolognesi graduou-se em Filosofia pela Unesp e obteve seu mestrado e doutorado pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Este livro se origina de sua experiência com o circo, tendo sido apresentado como tese de livre-docência, defendida na Unesp de Marília, São Paulo.
Este livro oferece uma visão abrangente e acessível do mundo do teatro, explorando sua história, suas teorias e práticas. Analisa-o de vários ângulos, desde o interesse em imitação encontrado nas pinturas em cavernas paleolíticas, passando pelo teatro de sombras usado por monges e missionários budistas até o desenvolvimento do teatro Nô no Japão, sem esquecer de Grécia e Roma da Antiguidade, e chegando ao teatro moderno e contemporâneo.
A tarefa do autor é mostrar que, ao lado das leituras estéticas, teológicas, litúrgicas, tradicionais, uma leitura antropológica é possível. Tais "leituras de ícones" têm como objetivo não somente fazer com que conheçamos melhor as tradições nas quais eles foram concebidos, mas também nos iniciar na prática visionária que os inspirou, permitindo-nos verificar os elementos dos quais o ícone é composto: as cores e as formas que o estruturam, e as razões que explicam seu poder inspirador.
Como Gideon Calder evidencia nesta introdução clara e acessível, Richard Rorty é um dos mais astutos comentadores filosóficos de nossos tempos. Freqüentemente citado como "pós-modernismo em língua inglesa", seu pensamento constitui uma defesa robusta e multifacetada da afirmação pragmatista de que as idéias devem ser avaliadas pelo que contribuem para o progresso social concreto e não por sua proximidade de uma "realidade" independente da linguagem ou da "verdade". Ao veicular o tom geral do pensamento rortyiano, Calder procura nos mostrar porque - estejamos ou não persuadidos por ele - deveríamos de fato ser provocados e reagir a suas teses centrais.
Escrito em um momento decisivo do debate das vanguardas musicais pós-Segunda Guerra, este livro traz uma proposição maior referente à teoria adorniana da arte. Trata-se da defesa de que a modernidade das obras não está necessariamente vinculada à modernidade dos materiais. Assim, Berg, o compositor pretensamente mais regressivo da Segunda Escola de Viena, pode aparecer como nome fundamental para a compreensão dos problemas que continuam a animar a composição musical.
A retomada da dramaturgia por Dias Gomes ocorre na confluência de vários aspectos de nossa produção teatral. Ele mesmo, como dramaturgo, vem de uma experiência com sucessos e fracassos iniciada junto a Procópio Ferreira e participa ativamente da luta política nos anos 1950 – como militante do PCB – e, quando retorna ao teatro com "O pagador de promessas", está determinado a ser não apenas mais um dramaturgo brasileiro, mas principalmente um dramaturgo nacional-popular.