Ritual e mercadoria entre os índios Xikrin-Mebêngôkre
Com base em uma detalhada etnograida do caráter inflacionário do consumo entre os índios Xikrin, ele nos mostra que o desejo indígena pelos objetos que lhes são entrangeiros não é espúrio, inautêntico e exótico. Ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história propriamente indígenas, com profundas conexões com a cosmologia, o sistema ritual e o parentesco. Sendo parte de um projeto que estuda as transformações ocorridas entre os povos indígenas contemporâneos, este é um trabalho antropológico valioso e inovador, em que o autor reflete sobre um tema candente para muitas populações indígenas no Brasil: a relação com os não-índios, com o Estado e com a economia capitalista.
Antropólogo e etnógrafo, é doutor pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (IM-UFRRJ). Pesquisador do Núcleo Cultura e Economia, desde 1998 faz trabalho de campo e estudos com os índios Xikin-Mebêngôkre.
Este livro, com prefácio de Luiz Inácio Lula da Silva, traz um olhar sobre as múltiplas e controvertidas experiências históricas dos processos autogestionários da luta dos trabalhadores pelo socialismo, articulando o trabalho e a educação na perspectiva da promoção de um novo fazer produtivo, orientado por ações políticas, culturais, pedagógicas e solidárias.
A Economia Institucional – uma das vozes críticas mais importantes contra a fé desmedida nos mercados e contra a matematização desnecessária da Economia – é muito pouco divulgada no Brasil. Esta coletânea traz doze artigos, oito traduções de trabalhos inéditos em português e quatro artigos escritos por pesquisadores brasileiros especialmente para esta obra. O livro serve como introdução ao pensamento dessa escola importante para todos os que se preocupam com a construção de uma teoria econômica mais crítica e, ao mesmo tempo, mais realista.
Este livro tem por objetivo mostrar a atualidade do pensamento de Marx através de pensadores que se assumem como marxistas ou marxianos, num momento em que vozes diversas, na academia, na imprensa, na política, persistem em proclamar sua superação como ferramenta útil para a análise da realidade circundante. Os ensaios apresentados neste livro compõem uma verdadeira mini-enciclopédia marxista; são reflexões sobre sindicalismo, partido político, socialismo, terrorismo, nacionalismo, imperialismo, ecologia, ou seja, nenhuma das questões que preocupam a humanidade neste início de século deixou de ser incluída.
Falar de forma franca sobre o sexo feminino e seus mecanismos. Isso bastou para que O sexo da mulher se transformasse em um daqueles livros que arrastam polêmicas atrás de si. O ano era 1967, e suas abundantes referências médicas e antifreudianas fizeram sucesso. Vinte anos depois, uma terceira edição revisada chegou às livrarias francesas, com o mesmo espírito crítico e simplicidade. É esta edição que aparece agora em português.
Politicamente, este volume aspira a contribuir com a configuração de um movimento social de direitos humanos na América Latina. Esse movimento ajudará, por sua vez, a dar um novo caráter às lutas populares e favorecerá a capacidade de nossas esquerdas de assumir novas formas de sua responsabilidade política.