Aproximações entre as artes plásticas e o teatro
Resultado de uma tese de doutorado apresentada na Faculdade de Educação da USP, sob orientação da docente Maria Thereza Fraga Rocco, esta pesquisa compreende a produção de linguagem constituída pelas artes plásticas como uma manifestação teatral em sua mais pura potencialidade. Aproxima artes plásticas e teatro, entendendo-os como um reflexo da relação que o homem mantém com seu tempo e seu espaço.
Carlos Avelino de Arruda Camargo nasceu em São Paulo, em 1958. É graduado em Licenciatura em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado, mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutro em Linguagem e Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. É professor na Universidade Anhembi Morumbi.
Em um momento histórico no qual o analfabetismo apresenta-se como intolerável, a questão metodológica da alfabetização aparece como central. Tendo em vista tal realidade, José Morais analisa vários aspectos da chamada arte de ler. Partindo das estruturas mentais envolvidas na leitura, da relação entre linguagem falada e linguagem escrita, Morais centra-se nos mecanismos de aprendizagem e nos distúrbios que podem ocorrer nesse processo. Mediante essa estratégia, ele pode desenvolver o estudo dos diferentes métodos, a fim de apresentar as possibilidades terapêuticas que se oferecem hoje aos que não dominam as práticas de leitura.
Este livro apresenta Deus - e sua encarnação em Jesus Cristo -, segundo a Bíblia, dando ênfase a suas representações nas artes plásticas. A autora recolhe exemplos de pinturas, gravuras ou esculturas que retratam cada episódio marcante da vida do Cristo, sem se ater a determinado período ou movimento artístico. Assim, o leitor tem a oportunidade de apreciar e meditar sobre reproduções de obras medievais, clássicas, barrocas, impressionistas e expressionistas.
Em Escutar o invisível, Eduardo Calil procura entender o processo da produção escrita no âmbito escolar, tomando por base os estudos de critica genética e mesclando-os a conceitos da Psicanálise lacaniana e da Análise de Discurso francesa. O autor insere sua reflexão de forma crítica e interessante entre as concepções mais profícuas de língua, discurso e autoria hoje existentes. Mostra que, ao retirar esses conceitos do plano adulto e ressituá-los na infância e no manuscrito escolar, é possivel expandir a própria teorização sobre os processos de escritura.
Neste livro, Gustavo Alfaix se dedica ao estudo do universo estético do compositor alemão Karlheinz Stockhausen, um dos artistas mais relevantes da segunda metade do século XX, concentrando-se nas suas criações da década de 1950. Esse recorte temporal foi estabelecido justamente por colocar em foco a época áurea da música serial, período no qual se podem encontrar as raízes de boa parte das perspectivas que, nos anos seguintes, levariam à formação das diversas escolas estéticas que compõem o rico cenário da música atual. Com análises detalhadas e reproduções de trechos de partituras de Stockhausen, bem como dos escritos conceituais do compositor e de outros importantes musicólogos, Alfaix investiga os principais conceitos e estratégias composicionais elaborados por Stockhausen ao longo de sua carreira. O texto também lança luz na articulação entre o desenvolvimento do pensamento teórico do compositor e sua materialização na forma de obras musicais, além de observar a relação entre o processo criativo do artista e sua biografia, com atenção sobre as personalidades que o influenciaram e contribuíram para a consolidação de sua poética musical.
Desde a década de 1960, as práticas criativas em Educação Musical têm sido alvo de interesse e estudo de muitos educadores musicais/ compositores em todo o mundo. Esteve também bastante presente no Brasil, com as propostas de Hans-Joachim Koellreutter e Conrado Silva, entre muitos outros. Assinale-se, também, a presença no país do canadense Murray Schafer a partir de 1990, que exerceu grande influência nos estudos dessa temática, desde que começou a visitar o Instituto de Artes da Unesp e a ter seus livros publicados no Brasil.
Recentemente, em 2011 e 2012, prosseguindo em sua tradição de pesquisar esse tema, o GEPEM – Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Musical –, sediado no IA/Unesp, recebeu a visita da pesquisadora e docente Chefa Alonso, musicista espanhola especializada em técnicas de Improvisação Livre, em que se destaca o trabalho sistemático de criação e improvisação com instrumentos, voz e corpo.
A preocupação com as práticas criativas em Educação Musical é o germe de toda pesquisa desenvolvida pelo GEPEM no decorrer dos anos e a vinda de Chefa Alonso contribuiu fortemente com as investigações do grupo. Sua experiência enriqueceu o trabalho e reforçou a percepção da importância de se aprofundar no estudo dessa temática e em sua aplicação em diferentes contextos, nas escolas, projetos sociais e em cursos profissionalizantes e superiores de Música.
No presente trabalho, Marisa Trench de Oliveira Fonterrada oferece ao leitor o resultado de sua pesquisa na área de Educação Musical, partindo da análise da experiência de Chefa Alonso e enveredando por uma profunda reflexão a respeito do tema, graças à colaboração de educadores musicais de todo o país, consultados por internet, e de pesquisadores brasileiros e espanhóis entrevistados. Em Ciranda de sons, apresenta-se um levantamento inédito de como o assunto tem sido tratado no Brasil, tanto no que se refere à produção acadêmica quanto no que diz respeito à atuação de professores de música brasileiros de diferentes formações e que atuam em múltiplos espaços, assim contribuindo para o desenvolvimento da área da Educação Musical.