A música de Karlheinz Stockhausen nos anos 1950
Neste livro, Gustavo Alfaix se dedica ao estudo do universo estético do compositor alemão Karlheinz Stockhausen, um dos artistas mais relevantes da segunda metade do século XX, concentrando-se nas suas criações da década de 1950. Esse recorte temporal foi estabelecido justamente por colocar em foco a época áurea da música serial, período no qual se podem encontrar as raízes de boa parte das perspectivas que, nos anos seguintes, levariam à formação das diversas escolas estéticas que compõem o rico cenário da música atual. Com análises detalhadas e reproduções de trechos de partituras de Stockhausen, bem como dos escritos conceituais do compositor e de outros importantes musicólogos, Alfaix investiga os principais conceitos e estratégias composicionais elaborados por Stockhausen ao longo de sua carreira. O texto também lança luz na articulação entre o desenvolvimento do pensamento teórico do compositor e sua materialização na forma de obras musicais, além de observar a relação entre o processo criativo do artista e sua biografia, com atenção sobre as personalidades que o influenciaram e contribuíram para a consolidação de sua poética musical.
Possui mestrado (2008) em Musicologia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) e graduação (2005) em Composição Musical pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente é doutorando no programa de musicologia da Georg-August-Universität em Göttingen, na Alemanha.
Este livro fundamenta-se no estudo da cerâmica popular do Vale do Jequitinhonha-MG, considerando-se fatores estéticos e socioculturais relacionados à produção, à distribuição e ao consumo das obras produzidas. A autora tem por objetivo verificar como se dá a produção da cerâmica popular das comunidades artesãs; observar os trabalhos artesanais de caráter escultórico e/ou utilitário produzidos em argila, por mulheres ceramistas; identificar a trajetória da cerâmica partindo da produção, circulação e consumo das obras; detectar a influência sociocultural nas variações estéticas do artesanato produzido; e apresentar a trajetória visual da cerâmica, por meio de documentação iconográfica.
Feyerabend desafia os grandes dogmas do mundo contemporâneo para defender os benefícios da diversidade e das mudanças culturais diante das certezas uniformes e homogeneizantes da tradicional racionalidade científica. Aproxima Ciência e Arte e discute desde Xenófanes a Einstein e a mecânica quântica, passando por uma análise surpreendente do conflito entre Galileu e a Igreja. O seu (tipicamente) agressivo adeus à razão equivale à rejeição de uma imagem congelada e distorcida da ciência que abusa do cânon ocidental racionalista e objetivo.
A tarefa do autor é mostrar que, ao lado das leituras estéticas, teológicas, litúrgicas, tradicionais, uma leitura antropológica é possível. Tais "leituras de ícones" têm como objetivo não somente fazer com que conheçamos melhor as tradições nas quais eles foram concebidos, mas também nos iniciar na prática visionária que os inspirou, permitindo-nos verificar os elementos dos quais o ícone é composto: as cores e as formas que o estruturam, e as razões que explicam seu poder inspirador.
Este livro apresenta Deus - e sua encarnação em Jesus Cristo -, segundo a Bíblia, dando ênfase a suas representações nas artes plásticas. A autora recolhe exemplos de pinturas, gravuras ou esculturas que retratam cada episódio marcante da vida do Cristo, sem se ater a determinado período ou movimento artístico. Assim, o leitor tem a oportunidade de apreciar e meditar sobre reproduções de obras medievais, clássicas, barrocas, impressionistas e expressionistas.
O autor mergulha no clássico Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, para mostrar os mecanismos lingüísticos que relacionam o discurso verbal ao plástico, chegando a concepções sobre o pensamento estético de Proust, que podem ser ampliadas para o questionamento sobre a atividade artística, em suas mais variadas formas de expressão. Realiza um paralelismo entre diferentes sistemas lingüísticos, especialmente entre literatura e pintura, gerando uma ampla discussão sobre os elementos fundamentais proustianos. Mostra como o discurso se vale da palavra para romper os limites do dizível e permite uma visão da capacidade de Proust de entrelaçar intelectualismo e impressionismo, o que lhe possibilitou atingir os mais delicados matizes em sua reprodução de estados sensoriais e espirituais.