Walter Benedix Schönflies Benjamin nasceu em 15 de julho de 1892, em Berlim, numa família de comerciantes judeus. Considerado um dos maiores pensadores do século XX e responsável por uma concepção dialética e não evolucionista da história, foi filósofo, ensaísta, tradutor e crítico literário.
Fortemente influenciado pelo romantismo alemão, pela religião judaica e pelo marxismo, suas reflexões abrangiam o papel da crítica na literatura, nas artes e na sociedade. Seus textos foram bem acolhidos pela Escola de Frankfurt, sendo Theodor Adorno um de seus grandes amigos e parceiros intelectuais.
Um dos principais objetivos na obra de Benjamin foi o de radicalizar a oposição entre a análise marxista e as filosofias burguesas da história, já que ele considerava essas filosofias responsáveis pelo historicismo identificado com as classes dominantes, em detrimento do ponto de vista dos vencidos. Além disso, era contra a concepção de evolução automática e contínua da civilização.
Para homenagear as contribuições do pensador, a Editora Unesp destaca, entre os títulos de seu catálogo, livros que abordam a produção de Walter Benjamin.
Walter Benjamin: Experiência histórica e imagens dialéticas
Organizadores: Carlos Eduardo Jordão Machado, Rubens Machado Junior e Miguel Vedda | Páginas: 472 | R$ 94,00
Benjamin retratou uma época marcada por radicais transformações da percepção e do comportamento dos cidadãos: o crescimento vertiginoso das grandes cidades, o impacto do trânsito, do reclame e das novas formas de mídia, a sensação de viver num mundo kafkiano e surrealista... Toda essa polifonia está presente nos artigos deste livro.
Correspondência 1928-1940 Adorno-Benjamin – 2ª edição
Autor: Theodor W. Adorno e Walter Benjamin | Páginas: 488 | R$ 76,00
Neste livro o leitor encontra um dos mais importantes documentos sobre a história intelectual do século XX. A correspondência entre Theodor Adorno e Walter Benjamin esclarece embates a respeito do destino do pensamento dialético, além de expor com clareza a saga dramática dos intelectuais alemães diante do nazismo. Ela é a prova de que o verdadeiro pensamento tem a força de ignorar as contingências e produzir mesmo nas condições mais adversas. Além de sua riqueza especulativa, a correspondência entre Adorno e Benjamin mostra como nada pode impedir uma ideia de se realizar quando ela enfim encontra seu tempo.
Benjaminianas: Cultura capitalista e fetichismo contemporâneo
Autora: Olgária Chain Féres Matos | Páginas: 304 | R$ 59,00
O mundo moderno, que acredita ferozmente no progresso e esquece o humano e sua aura, tem em Walter Benjamin um de seus críticos mais lúcidos e brilhantes, uma referência para os estudos da cultura e da comunicação. Dentro do vasto campo de trabalho que sua obra inspira, a professora Olgária Matos se detém na concepção benjaminiana da modernidade. Analisando suas obras desde a Origem do drama barroco alemão às Passagens, associa o fenômeno do fetichismo à vida política e ao estado de exceção.
Experiência e formação em Walter Benjamin
Autora: Caroline Mitrovitch | Páginas: 184 | R$ 44,00
Neste livro, Caroline Mitrovich realiza a análise de três ensaios fundamentais de Walter Benjamin: "Experiência e pobreza", "Sobre alguns temas em Baudelaire", "Sobre o conceito de história". O propósito por trás dessa avaliação reside em sua tentativa de desvelar as contribuições do filósofo alemão para o campo da Educação. Essas obras de Benjamin contempladas aqui estão centradas nos conceitos de formação cultural e experiência, formulados pelo filósofo como alternativas à ideia de formação pautada na rigidez do saber científico. A autora reflete sobre como essas concepções contribuem para uma visão que se opõe à hegemonia do pensamento cartesiano e lógico, abrindo mais possibilidades para o processo de formação do indivíduo. Neste estudo denso, o livro busca na filosofia benjaminiana os conceitos para avaliar a Educação.