FEU disponibiliza 18 livros para download gratuito

Notícia
Notícias
segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Em 2025, são quatro títulos do PROPG-FEU e 14 do PROPG-CAD

Acabam de ser publicados mais 18 livros digitais de variadas áreas do conhecimento, que podem ser baixados gratuitamente pelo público no formato ePub.

As obras são fruto da parceria entre a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp (PROPG) e a Fundação Editora da Unesp (FEU) para disponibilizar à sociedade a ampla produção acadêmica de ponta da Universidade Estadual Paulista, por meio de dois programas: o PROPG-FEU e o PROPG-CAD. 

O PROPG-FEU traz obras publicadas de docentes da Unesp nas três grandes áreas do conhecimento: humanas, biológicas e exatas. Já o PROPG-CAD é aberto a docentes, alunos e egressos dos Programas de Pós-Graduação da área de humanidades, que selecionam as obras a serem publicadas sob o selo Cultura Acadêmica, que também pertence à FEU.

Fusão dos programas

Para o próximo ciclo de obras, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) e a Fundação Editora da Unesp (FEU) comunicaram a fusão das iniciativas anteriores: agora, elas se consolidaram no Programa de Edição de Textos da Pós-graduação da Unesp.

Confira os livros publicados:

PROPG-FEU

A agricultura familiar e os objetivos de desenvolvimento sustentável

Andrea Rossi Scalco, Fabio Mosso Moreira, Luana Fernandes Melo, Pamela Nayara Modesto (Orgs.)

Esta obra reúne os resultados de estudos conduzidos por docentes e discentes da Faculdade de Ciências e Engenharia, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Tupã, e realizados no âmbito das atividades do Grupo de Estudo em Agricultura Familiar e Sustentabilidade (Geafs). O livro está organizado em três partes: a primeira é composta por capítulos sobre aspectos ligados ao consumo sustentável, como desperdício de alimentos, segurança alimentar, políticas públicas para alimentação escolar etc. Na segunda parte, são apresentados resultados teóricos e práticos da produção sustentável de alimentos, em especial do segmento da agricultura familiar. Na terceira e última parte, são discutidas a sustentabilidade e a segurança alimentar em dois contextos internacionais, que oferecem parâmetros importantes para o cenário nacional, sobretudo no que se refere ao planejamento e à formulação de políticas públicas e à incorporação de tecnologias sustentáveis.

Forte: A força (ainda misteriosa) que permite a existência da matéria visível e da vida no universo

Adriano Antonio Natale

Existem várias forças na natureza. As mais conhecidas são a eletromagnética e a gravitacional. Uma é percebida nos raios e aparelhos elétricos; a outra é a que nos atrai na Terra e explica o movimento dos corpos celestes. No entanto, muito menos conhecida e mais importante que essas é a força forte, tema desse livro. Ela não só é mais forte que as outras, como também é a mais fundamental para entendermos o Universo em que vivemos. A força forte é a que está por trás da produção da luz pelo Sol, e que permite a vida na Terra. A massa de todo o Universo visível é devida basicamente a existência da força forte. A força forte é responsável pela formação dos diferentes elementos químicos conhecidos. Ela atua nos reatores nucleares para produção de energia, está por trás das bombas nucleares, mas também dos tratamentos com radiação que curam o câncer. Ela é a peça fundamental da estrutura dos átomos, e, por essa razão, a mais estudada pelos físicos, mas ainda a mais misteriosa de todas as forças.

O Danúbio não é azul: Vida e obra de Otto Maria Carpeaux na Áustria (1900-1938)

Mauro de Souza Ventura

Resultado de mais de duas décadas de estudo e pesquisa em arquivos e bibliotecas de Viena e Munique, O Danúbio não é azul reconstitui com riqueza de detalhes e rigor analítico a até hoje desconhecida trajetória europeia de Otto Maria Carpeaux (1900-1978), um dos mais importantes críticos literários do Brasil. Dividido em cinco capítulos, o livro apresenta ao leitor a intensa e prolífica atividade deste jornalista e ensaísta que foi obrigado a deixar Viena para escapar da perseguição nazista.

O governo assistencial da infância na história do Brasil

Sílvio José Benelli

A partir de um amplo acervo bibliográfico, as hipóteses de Foucault quanto aos modos de funcionamento da Sociedade de Soberania, da Sociedade Disciplinar e da Sociedade de Segurança nos possibilitaram localizar na história brasileira a implantação de diferentes dispositivos descontínuos de atenção assistencial, visando governar diversos segmentos sociais, incluindo crianças e adolescentes pobres. Houve uma lenta institucionalização das práticas caritativas protetivas informais e pouco sistemáticas, que funcionaram com possibilidades de vigilância e de controle dos pobres; a emergência de práticas médicas filantrópicas e higienistas que operaram como formas de institucionalização soberana, jurídica, repressiva e punitiva; e, ao mesmo tempo, disciplinar normalizadora, promovendo a internação em estabelecimentos assistenciais fechados. Estão em curso processos de desinstitucionalização das práticas de reclusão disciplinares, instituindo um governo da infância e da adolescência por meio de práticas de atenção assistencial em liberdade no território. Tais processos de segurança incluem novos perigos, que exigem estratégias de resistência produtiva e de subversão.

PROPG-CAD

Regionalismo e integração da infraestrutura na América do Sul (2014-2022)

Bárbara Carvalho Neves 

Neste livro, a autora analisa a complexa rede de relações e desafios enfrentados pela América do Sul entre 2014 e 2022. Explorando o colapso da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e os persistentes esforços de integração de infraestrutura, discute os fatores que moldam a resiliência dos processos regionais, mesmo em tempos de crise. Considerando especificidades da América do Sul, a autora destaca três pilares centrais para compreender os processos regionais no continente e identificar sua resiliência: 1. as expectativas e demandas dos grupos de interesse nacionais; 2. a capacidade institucional dos mecanismos regionais existentes; e 3. as oportunidades e/ou ameaças percebidas diante dos interesses e pressão de atores extrarregionais. Em um cenário de conflitos e descontentamento, chama a atenção para como as iniciativas de infraestrutura se mantiveram firmes, atraindo investimentos e promovendo a continuidade dos projetos. Este estudo é uma leitura essencial para aqueles que buscam entender as nuances da política regional sul-americana, os desafios da integração e a influência de poderes externos na estabilidade e desenvolvimento do continente.

A institucionalização das relações civis-militares no Brasil (1988-2014): O papel das prerrogativas presidenciais

Lis Barreto 

A presente pesquisa buscou identificar o mecanismo causal que permitiu a institucionalização das relações civis-militares brasileiras, entre 1988 e 2014. Neste sentido, buscou-se, primeiramente, comprovar a ocorrência de um processo de institucionalização destas relações através de uma análise comparativa das legislações existentes em 1988 e em 2014, observando se elas se tornaram mais complexas, circunscritas e universalistas, entre as duas datas. Após a comprovação da existência da institucionalização, técnicas de process-tracing foram utilizadas para reconstruir o processo, com o intento de identificar padrões de mudança institucional e, desta forma, coletar informações que possibilitassem a identificação do mecanismo causal. Para tanto, foram analisados os trâmites legislativos das Emendas Constitucionais, Leis Complementares e políticas associadas ao tema, qualificando os achados à luz dos conceitos do Institucionalismo Histórico. Os achados permitiram a identificação da ação preponderante do Poder Executivo na realização das modificações institucionais, e a constatação de quais recursos disponíveis a este Poder que o possibilitaram atuar de forma destacada. Com o auxílio da literatura sobre o presidencialismo brasileiro, fez-se possível a compreensão do que são as prerrogativas presidenciais e entender de quais formas estas prerrogativas forneceram vantagens de ação ao Presidente da República, as quais tornam possível uma predominância legislativa do Poder Executivo em diversas áreas, incluindo as relações civis-militares. Com base no encontrado, dividiu-se as prerrogativas identificadas como atuantes no presente estudo de caso em três tipos – primazia, recursos e ferramentas – e, com elas, foi possível compor o mecanismo causal que permitiu a institucionalização das relações civis-militares, no período de 1988 a 2014.

Coleção Taba: Histórias e música brasileira para crianças em tempo de redemocratização

Camila Lordy Costa 

Este livro apresenta um projeto editorial grandioso pela quantidade de colaboradores e direitos autorais. Lançada na década de 1980, a coleção Taba da Abril Cultural fez circular nomes de artistas – músicos, escritores e ilustradores – de grande visibilidade nas mídias e outros nomes apartados do mercado. A Taba reuniu colaboradores de excelência e traduziu para o universo lúdico das crianças valores, ideias, desejos e crenças da geração dos pais. Nela, a MPB reapareceu como trilha das histórias e traduziu para o universo lúdico das crianças as ideias, interesses, valores e crenças ligados aos movimentos sociais ocorridos na década de 1970. Trata-se de um projeto editorial inédito para época analisado por uma perspectiva histórica que tangencia diferentes áreas do conhecimento –  literatura, poesia, música, sociologia, geografia, indústria cultural, artes gráficas e publicidade. O texto que segue atribui importância às trocas simbólicas do passado e destaca o elo geracional representado pelas canções da MPB e do folclore e também problematiza as formas artísticas do presente hegemonizadas pela ditadura dos algoritmos nas plataformas de streamings.

Mapeando o mundo: A cartografia de André Homem (1559) e a prática de mapas-múndi no século XVI

Aline dos Santos Franco de Camargo

O planisfério assinado em Antuérpia em 1559 pelo cartógrafo português André Homem não foi alvo de estudo aprofundado até este trabalho. As poucas informações tanto sobre sua confecção quanto sobre seu produtor demonstraram que as políticas de contestação francesas no Atlântico, que buscavam quebrar o monopólio comercial ibérico, foram o pano de fundo de sua produção. Nas dinâmicas de inteligência diplomáticas que pretendiam defender o interesse de suas cortes, André impõe-se como agente técnico cobiçado pelas coroas, uma figura multifacetada moldada por necessidades individuais. A prática de mapas mundi, que resultou na confecção de mapas náuticos ornamentados para figuras ligadas ao expansionismo marítimo em questão, teve origem na junção das técnicas dos portulanos do Mediterrâneo e a tradição cartográfica erudita dos mapas mundi medievais. Seu contexto de produção demonstrou a complexidade das dinâmicas entre cortes europeias e como estas modificaram a visualidade do oceano Atlântico, na medida em que influenciaram produtos cartográficos de agentes envolvidos, que utilizaram sua técnica para a construção de mapas que representavam o mundo.

Biografias e memórias em Ruy Castro: Narrativas de monumentalização e visibilidade da música popular brasileira

Manoel Messias Alves de Oliveira 

Esta obra se debruça nos livros lítero-musicais de Ruy Castro enquanto produções de memórias da música popular brasileira dos anos situados entre 1930 e 1960, sendo fontes deste trabalho as narrativas Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova (1990), Carmen: uma biografia (2005) e A noite do meu bem: a história e as histórias do Samba-Canção (2015), editadas pela Companhia das Letras, por comporem memórias da bossa nova, do samba e do samba-canção, respectivamente. As duas primeiras correspondem a uma memória canônica que se insere em uma espécie de linhagem, situada entre 1930 e 1960, enquanto a última corresponde à memória dos anos 1950, período reconhecido como uma espécie de limbo da música popular. Castro teve um grande impacto na cultura brasileira, produzindo ou não visibilidade sobre diversos gêneros musicais e personagens que ocuparam a Zona Sul do Rio de Janeiro, possibilitando a inscrição de suas narrativas na memória coletiva. Assim, o livro é uma oportunidade de discutir a escrita da história, a consolidação do gênero biográfico e como o autor institucionaliza uma história da música popular ou, até mesmo, como a sua própria obra se monumentaliza.

Da tela do cinema às páginas do alternativo Versus (1975-1979): A produção fílmica como resistência cultural-política à ditadura militar

Vinicius Sales Barbosa

Este livro investiga as discussões sobre cinema nas páginas do periódico alternativo Versus (1975-1979), analisando como a publicação se constituiu como espaço de crítica cultural e resistência política à ditadura militar brasileira. A partir de suas duas fases editoriais — uma político-cultural e outra político-partidária —, examinam-se os modos como o corpo editorial do impresso formulou discursos sobre o cinema nacional e internacional em diálogo com os debates intelectuais e políticos da época. A análise de matérias, entrevistas e ensaios evidencia como os filmes associados ao Cinema Novo foram mobilizados por jornalistas e colaboradores como instrumentos para a reflexão sobre o engajamento estético e político, articulado a projetos de transformação social. A obra procura contribuir para a reflexão historiográfica sobre cultura e política, ao destacar o cinema e a imprensa alternativa como fontes e objetos relevantes para a compreensão das disputas ideológicas e culturais em contextos autoritários.

Macrobibliotecas: A integração da biblioteca no desenvolvimento das comunidades

Rafaela Carolina da Silva, Rosangela Formentini Caldas

As macrobibliotecas são o resultado de mais de uma década de pesquisas na área da Ciência da Informação e se configuram como um novo modelo conceitual que se molda a partir da evolução da existência da hibridez em bibliotecas, em prol da inovação. Tais instituições emergem enquanto agentes potenciais de transformação das cidades em variadas esferas como por exemplo, no âmbito intelectual e social. São ainda entidades mediadoras e ativas no acesso à educação, à informação e ao conhecimento, o que perfaz serem dotadas de um formato de gestão que integra ações capazes de promoverem o desenvolvimento local e impactarem inclusive no IDH/IDHM de suas regiões.  Este livro apresenta a trajetória da caracterização do conceito e oferece casos para a prática didática e contextualização explicativa, unindo aspectos epistemológicos e elucidativos ao cotidiano organizacional.

Autonomia de gestão financeira: Uma análise do modelo das universidades estaduais paulistas

José Munhoz Fernandes

Este livro  tem como objetivo analisar, a partir da percepção e da vivência dos reitores, o modelo de autonomia de gestão financeira das três universidades estaduais paulistas: USP, Unicamp e Unesp, estabelecido pelo Decreto Estadual nº 29.598 de 2 de fevereiro de 1989, o qual vincula atualmente 9,57% do ICMS, para o financiamento dessas universidades. De abordagem predominantemente qualitativa, o estudo envolveu pesquisa bibliográfica, documental e de campo, contando esta última com a aplicação de questionário e vídeo-entrevista, para se conhecer, dos reitores que conduziram as três universidades no período de 1989 a 2022, as percepções e vivências diante deste modelo de autonomia de gestão financeira.

Dimensões políticas do teatro na escola

Fernando Bueno Catelan

Este livro explora as relações entre teatro e política no ensino de artes cênicas nas escolas brasileiras, inspirado na ideia de Augusto Boal de que todo teatro é político. Analisa como a política se manifesta nas práticas pedagógicas teatrais, abordando três dimensões: Política, Teatro e Escola. Partindo das perguntas geradoras: Qual o significado da palavra política no contexto educacional? Como a política é percebida e trabalhada no ensino de teatro/artes? De que forma a escola se relaciona com as aulas de teatro/artes sob uma perspectiva política? Para explorar essas questões, foram entrevistados cinco professoras e professores da educação básica, atuantes em diferentes regiões do Brasil, abrangendo Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A partir dessas conversas, o livro examina quando, como e por que o teatro na escola se torna uma questão política, discutindo ideologias, escolhas pedagógicas, estéticas e modos da presença do teatro na educação. A obra apresenta a educação e o teatro/artes como campos de conhecimento e prática profundamente políticas, com potencial para promover emancipação, a depender das escolhas pedagógicas e estéticas.

Olhares negros Quirino: A luz negra que ilumina a escola pública

Janaína Farias de Souza Ferreira

A obra apresentada é construída a partir da escuta e valorização das vozes de mulheres negras, como Conceição Evaristo, Leda Maria Martins, Grada Kilomba e outras, em uma proposta pedagógica antirracista desenvolvida na periferia de Osasco (SP), onde a autora atua como arte-educadora. O projeto, surgido após o retorno das aulas presenciais em 2021, envolveu a criação de um banco de imagens com fotografias e relatos de mulheres negras da comunidade escolar, transformados em contos e atividades educativas.

Análise do comportamento fonológico das consoantes líquidas do português dos trovadores

Débora Aparecida dos Reis Justo Barreto

Este estudo visa analisar as consoantes líquidas presentes em 250 poemas medievais. Buscou-se verificar se, no período arcaico, tais consoantes, em contexto intervocálico, apresentam um mesmo comportamento fonológico, ou seja, podem ser entendidas como geminadas. Elementos desse tipo compreendem um segmento que vale por dois, sendo que uma parte preenche a coda da sílaba anterior e a outra se situa no início da sílaba seguinte. A análise foi feita a partir dos modelos fonológicos não-lineares. A metodologia se baseou na verificação da possibilidade de variação na escrita dessas consoantes, visando averiguar o comportamento das líquidas duplas no ataque, na coda e entre vogais. A análise mostrou que, entre vogais, a lateral <ll/lh> apresenta o mesmo comportamento constatado para a rótica <rr>, isto é, pode ser tida como geminada. Em relação às outras posições, verificou-se que as róticas e laterais duplas não compreendem casos de geminação. Ademais, reconhecemos a existência de um único fonema rótico naquela fase da língua, o tepe, que, da perspectiva fonológica, possui duas variantes, uma simples e uma geminada. E, sobre a lateral, consideramos que, na Idade Média, diferentemente do que ocorre hoje no português, em que se realiza l de forma vocalizada em coda, esse segmento, possivelmente, era pronunciado de modo velarizado, realização recorrente, ainda hoje, no português europeu.

Memória em processos cognitivos: Percepção e organização da estrutura musical no repertório do século XXI

Ricardo Tanganelli da Silva 

Desde meados do século passado, a área da cognição tem integrado campos como acústica, psicologia e neurociência a fim de aprofundar a compreensão do som musical e do seu processamento pela memória. Essa elaboração envolve desde a percepção sensorial até a construção de uma “significação” altamente individualizada, refletindo também aspectos estéticos e culturais da música ocidental. Após a Segunda Guerra Mundial, alguns compositores passaram a explorar novas formas de expressão sonora, levando à uma maior valorização da escuta fenomenológica e à crítica dos modelos tradicionais de apreciação musical. Nos dias de hoje, com a incorporação dos avanços tecnológicos e a consolidação de tendências do século anterior, as possibilidades de escuta e análise foram ampliadas, fomentando novas abordagens nas pesquisas em cognição musical. Assim, este livro apresenta as perspectivas analíticas de quatro obras da música de concerto contemporânea, destacando de quais maneiras certos elementos sonoros salientes podem estruturar a memória musical.

Modos de vida criados e afirmados por povos Kaiowá e Guarani:… e teko e arandu e produção de subjetividades e Educação Superior e educações outras…

Jorge Isidoro Orjuela Bernal

Este livro é produto de uma pesquisa sobre produção de subjetividades de indígenas que se formaram na Educação Superior e se encontram nas suas comunidades de origem. A obra destaca duas problematizações: uma na direção das afirmações de vida – ou seja das diferentes dimensões da experiência humana, da busca pelas expressões de sua potência e da valorização da diversidade e individualidade como expressões de vida –, que são produzidas por esses indígenas que, tendo se formado na Educação Superior, continuam a viver nas suas comunidades; e outra, no caminho de indagar por como a Educação Matemática pode operar tanto com esses modos de vida que são produzidos quanto com as teorizações sobre as relações entre matemática e cultura. Para isso o autor acompanhou das comunidades indígenas Kaiowá e Guarani do Tekoha Takuapiry, no município de Coronel Sapucaia no Mato Grosso do Sul, segundo estado brasileiro com maior presença de população indígena no país e um dos quais apresenta, nos últimos anos, um crescimento constante de estudantes indígenas que ingressam na Educação Superior.

As formas do rito: Poesia, religiosidade e tradução

Pablo Simpson 

Esta obra está dividida em quatro caminhos. O primeiro deles, dedicado a um conjunto de relações entre a poesia escrita em língua francesa, de autores como Victor Hugo, Baudelaire, Apollinaire, Max Jacob, Blaise Cendrars, Pierre Jean Jouve e Jean Grosjean, e o que se poderia caracterizar como um campo de diálogos brasileiros, em torno de Castro Alves, Mário de Andrade, Guilherme de Almeida e Murilo Mendes, dentre outros. O segundo deles, de uma atenção a algo que possa se constituir como um interesse religioso por parte dessa literatura. O terceiro caminho, de reflexão sobre a tradução, que vem do desejo de ouvir alguns desses poetas de língua francesa em português. Finalmente, o quarto caminho foi pensar essas poéticas com atenção especial às suas formas e imagens, observando o que talvez tenham pretendido nos dizer, ou nos dizem ainda. Em diálogo com a atualidade de estudos sobre religiosidade e literatura no século XX, volta-se ainda a autores como o poeta camaronês Engelbert Mveng e o teólogo Romano Guardini, e a temas como os bestiários medievais, o erotismo e a voga de conversões de escritores ao catolicismo no século XX.

Para não perder nenhuma novidade, siga a Editora Unesp no FacebookInstagramTikTok e inscreva-se em seu canal no YouTube.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
imprensa.editora@unesp.br