Em 2023, são sete títulos do PROPG-FEU e sete do PROPG-CAD
(Foto: Cookie Studio/Freepik)
A Fundação Editora Unesp lançou mais 14 livros digitais de variadas áreas do conhecimento, que podem ser baixados gratuitamente pelo público no formato ePub.
As obras são fruto da parceria entre a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp (PROPG) e a Fundação Editora da Unesp (FEU) para disponibilizar à sociedade a ampla produção acadêmica de ponta da Universidade Estadual Paulista, por meio de dois programas: o PROPG-FEU e o PROPG-CAD.
No caso do PROPG-FEU, são publicadas obras de docentes da Unesp nas três grandes áreas do conhecimento: humanas, biológicas e exatas.
Já o PROPG-CAD é aberto a docentes, alunos e egressos dos Programas de Pós-Graduação da área de humanidades, que selecionam as obras a serem publicadas sob o selo Cultura Acadêmica, que também pertence à FEU.
Em 2023, são sete títulos do PROPG-FEU e sete do PROPG-CAD, que já estão disponíveis.
Para ver mais detalhes sobre os livros, que estão em formato ePub, e baixá-los gratuitamente, basta clicar nos títulos.
Caso não tenha um leitor de ePub, clique aqui e faça o download do programa.
As Conferências do Cassino em periódicos-fontes primárias e história literária: Coletânea
Rosane Gazolla Alves Feitosa
As Conferências do Cassino Lisbonense, realizadas entre maio e junho de 1871, constituem-se como parte de um projeto de intervenção cultural, política, social que a chamada Geração de 70 - integrada por Antero de Quental, Eça de Queirós, Jaime Batalha Reis, Oliveira Martins, Rafael Bordalo Pinheiro, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, entre outros jovens intelectuais portugueses - pretendia realizar na sociedade portuguesa no último quartel do século XIX. Por meio do resgate de fontes primárias, jornais da época (1871) - tais como Revolução de Setembro, Diário de Notícias, Jornal da Noite, Diário Popular, Jornal do Comércio, O Partido Constituinte, O Bem Público, A Nação, em formato de microfilmes adquiridos da Biblioteca Nacional de Portugal -, os leitores terão acesso aos textos originais de reportagens escritas no calor da hora em que ocorreram as conferências e poderão avaliar o que foi veiculado naquele momento histórico. Na medida em que o jornal pode aumentar a compreensão de fatores contextuais, os leitores também podem tirar suas próprias conclusões a respeito desse evento importante para a história da literatura portuguesa, do realismo-naturalismo português e da Geração de 70.
Marilene Fernandes de Almeida e Luzia Helena Queiroz
Nesta obra, as autoras contam um capítulo fascinante da história da ciência e da medicina, que acompanha a humanidade desde a antiguidade: a história da raiva. Acrescentam-lhe informações, algumas delas inéditas, sobre como essa doença era vista na cultura indígena, no período colonial e imperial brasileiro, nas instituições de pesquisa e nos serviços de saúde e da agricultura; dos primórdios até o período recente de controle da raiva relacionada as variantes caninas; os eventos mais importantes sobre a raiva no Brasil, em ordem cronológica, contribuindo para o conhecimento desse tema, já tão estudado e ao mesmo tempo com tanto a se desvendar.
Introdução à pesquisa sobre atividades de ensino e de aprendizagem em sala de aula
Marcelo Giordan e Luciana Massi
Com a intenção deliberada de introduzir o estudante de licenciatura à pesquisa em sala de aula, os autores buscam dosar o direcionamento, a sistematicidade e a estrutura investigativa de projetos, com a busca, a intuição e a criação de respostas e caminhos formativos expansivos, de modo a propiciar ao estudante e ao orientador um instrumento de trabalho para construir e resolver problemas de pesquisa sobre sua atuação profissional em sala de aula. Essa é, portanto, a função principal deste livro que almeja igualmente estabelecer um diálogo potente entre os profissionais que fazem a formação de professores que permita transformar os sujeitos e seus espaços de atuação.
Manejo integrado de bacias hidrográficas para produção de água: Exercícios aplicados ao rio Pardo
Edson Luís Piroli
Este livro se propõe a trazer um conjunto de reflexões sobre técnicas de manejo integrado de bacias hidrográficas visando a produção de água e a manutenção da segurança hídrica. Para facilitar a compreensão do leitor, os exemplos serão trabalhados na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo (BHRP), tributária da margem direita do rio Paranapanema, localizada integralmente no estado de São Paulo.
Problematizações das figuras da psicologia clínica: Olhar, cuidar e escutar
Silvio José Benelli
Neste livro, o autor procura entender e sistematizar as coordenadas teóricas, práticas e éticas que fundamentam tais modelos de clínicas nos ensaios escritos nessa investigação, com a intenção de esclarecer e orientar a própria práxis. O objetivo consistiu em problematizar, a partir da práxis, da documentação e da literatura, as possibilidades clínicas no campo da Psicologia, distinguindo e caracterizando seus modelos de atenção e também procurando entender quais são os efeitos éticos promovidos. O autor também buscou trabalhar com o conceito fundamental de subjetividade para pensar e problematizar de modo paradigmático o campo psicológico e a área da clínica, com destaque o conceito de subjetividade numa acepção muito precisa: a que emerge da Psicanálise do campo de Freud e Lacan e o tipo de clínica que daí deriva, como fundamental para um psicólogo que se pretenda psicossocial.
Teoria Histórico-Cultural no Brasil: Grupos de pesquisa e desenvolvimento histórico
Flávia da Silva Ferreira Asbahr
Este livro representa uma síntese dos resultados da pesquisa “A Psicologia Histórico-Cultural na pesquisa brasileira: levantamento dos grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq” e apresenta também alguns de seus desdobramentos. O objetivo geral foi analisar a inserção da Psicologia Histórico-Cultural no âmbito da investigação científica no Brasil, em grupos de pesquisa que a indicam formalmente como norteadora de seus trabalhos. Tomou-se como referência os grupos cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que apontassem a Psicologia Histórico-Cultural como referencial teórico. Os dados foram extraídos do diretório durante o ano de 2018.
Um naturalista no Antropoceno: Um biólogo em busca do selvagem
Mauro Galetti
Esse livro conta um pouco da trajetória do autor como um biólogo vivendo numa época que hoje conhecemos como Antropoceno. O autor conta suas experiências durante mestrado e doutorado, pós-doutorado e outros trabalhos de campo. Trata-se um livro de crônicas, mas obedece a uma sequência de fatos e acontecimentos.
Mercado de armas de fogo no Brasil: Construção social de um mercado contestado
Mateus Tobias Vieira
Esta obra analisa a sociogênese da indústria de armas de fogo pequenas e leves no Brasil, entendendo como este mercado emerge e se consolida, sempre atuando em simbiose com o Estado. Ainda, busca compreender os diferentes momentos do mercado interno de armas de fogo e como se dinamizam as contestações morais que, em alguns momentos, foram capazes de propor inclusive o banimento do mercado nacional. A pesquisa ainda a influência exercida pelo Estado brasileiro na fabricação de convenções cognitivas sobre o tema de armas de fogo no Brasil contemporâneo servindo-se dos estudos de Pierre Bourdieu sobre o Estado e do conceito de convenção social, de Mary Douglas. Para tanto, selecionamos alguns contenciosos empíricos particularmente marcantes, entendendo não só o impacto de cada mudança, mas o modo como se operaram.
Caio Sérgio de Castro Armada Floret Franzolin
A partir da articulação de referencial teórico, pesquisa de campo e experiências como integrante de coletivo do teatro de grupo, o autor deste livro procura analisar a relação entre núcleos artísticos do teatro de grupo da cidade de São Paulo e o entorno de seus espaços culturais, aqui chamados de territórios de criação, a partir do ponto de vista da ação cultural. Para se entender estas interações foram realizadas entrevistas com integrantes de oito coletivos em atividade. Na leitura da atuação teatral de coletivos da cidade de São Paulo se revelou fundamental um olhar para além das produções de seus espetáculos. As ações arte-educativas nos territórios, desenvolvidas pelos grupos são experiências espalhadas pelo tecido urbano. Para o desenvolvimento do estudo foram estabelecidas interlocuções teóricas com pensadoras e pensadores que abordam como temas a pedagogia do teatro, o sujeito histórico teatro de grupo, o espaço urbano, o território e a ação cultural.
Clara Gouvêa do Prado
O presente trabalho tem como território de pesquisa a trajetória e produção artística da Cia Damas em Trânsito e os Bucaneiros (CDTB) (2006- ), grupo de dança contemporânea paulistano. Compreende-se esta investigação em sua incursão no percurso do grupo e nos entrelaçamentos na experiência artística da pesquisadora, que o integra desde a fundação, pela abordagem autoetnográfica amparada em Fortin (2009), e pela poética mobilizada por Louppe (2012). Evidencia-se nesse trajeto o agir composicional da CDTB, síntese do conjunto de suas práticas e fazeres, levando-se em conta seus processos de criação em dança, nos quais a improvisação é tanto procedimento de criação quanto modo de composição no aqui-agora da cena. Busca-se ainda, nesta discussão, levantar questões e propor diálogos sobre a dança contemporânea, a improvisação, o Contato Improvisação, as corporeidades cênicas, os processos de criação coletivos e colaborativos e a dança em espaços urbanos. Considera-se o corpo-sujeito de sua dança, seus discursos e história, como aponta Lilian Vilela (2010), e compreende-se neste percurso uma narrativa singular. Neste recorte conciliamos a leitura dos processos e das obras realizados pelo grupo, traçando paralelos com a dança situada, com os fundamentos do Contato Improvisação e com as práticas somáticas (alicerces das suas pesquisas corporais), assim como com os procedimentos e pesquisas de artistas improvisadores que foram referências para o grupo no cenário artístico da dança contemporânea brasileira. Ademais, a investigação e a criação da CDTB nos espaços urbanos alavancam reflexões sobre a arte e a cidade, arte relacional e contextual, e reverberações com discussões que regem os regimes espaciais e cinéticos nas cidades segundo questões e conceitos de Milton Santos (2014) e André Lepecki (2012).
Fábio de Carvalho Mastroianni e Andreza Marques de Castro Leão
A violência sexual infantojuvenil é um tema que demanda cuidado e estratégias que tenham por finalidade evitá-la. Neste livro, os autores abordam a maneira como crianças e adolescentes foram historicamente tratados pelos adultos e, ao mesmo tempo, apresentam os movimentos e as legislações dirigidas à proteção do público infantil, o que deu origem a avanços e diversas leis voltadas a esses indivíduos, sobretudo no século XX.
Rafael Y Castro
Esta pesquisa identifica, a partir da diáspora africana, pontos de convergência entre o candomblé e as baterias das escolas de samba. Utilizamos conceitos expostos por Béhague (1994), Graeff (2015), Hall (2003), Hesse (1971) e Kubik (1979), referentes a características que foram trazidas por diversas etnias e aqui foram apropriadas, mantidas e transformadas, aspectos estes caracterizados pela transculturação, etnicidade e pela compreensão do ritmo como fenômeno multidimensional. As transcrições e análises foram desenvolvidas com base em aspectos musicais (técnicos e interpretativos) observados in loco, através de pesquisa participativa como membro atuante em alguns terreiros de candomblé e em baterias das escolas de samba, mais especificamente no Ilê de Oxalufã (Ketu), na Casa de Angola Kyloatala e na bateria do Grêmio Recreativo Cultural e Social Escola de Samba (GRCSES) Império de Casa Verde, todos localizados na região metropolitana da cidade de São Paulo. Observamos que muitas das estratégias adotadas pelos atores responsáveis pela transformação e manutenção desses padrões resultam em diversas ambiguidades e são realizadas muitas vezes de forma inconsciente. Identificamos que a produção musical e a identificação cultural, apesar de diversas dubiedades interpretativas ou por influências do meio, continuam sendo desenvolvidas a partir de estruturas rítmicas e por conceitos mais amplos de ritmo, herdados via diáspora africana e norteadores de processos coletivos nos terreiros de candomblé e nas baterias das escolas de samba – instituições responsáveis pela divulgação destes saberes diaspóricos.
Fanfiction e mercado editorial: Relações entre Fandom e polissistema literário
Ingrid Lara de Araújo Utzig
A fanfiction A Lenda de Fausto, de Samila Lages, foi transformada em romance pela Editora Multifoco em 2011. A partir das considerações de Henry Jenkins, Anne Jamison, Néstor Canclini, Régis Debray, Giselle Beiguelman e outros teóricos, buscou-se discutir a mobilidade da obra de Samila, entre quatro plataformas: o Nyah!, o zine, o blog da produtora e o livro físico. Intentou-se compreender os trajetos que precederam a publicação, perpassando processos de criação, produção, reprodução, circulação, recepção, difusão e editoração d’A Lenda de Fausto. Em tal percurso, percebeu-se que a fanfiction possui (im)possibilidades estéticas específicas do meio digital, uma vez que explora algumas potencialidades/limitações impostas pela interface do Nyah! e se desdobra em spin-offs, pois além d’A Lenda de Fausto, há a pré-sequência Relatos da Queda e a sequência O Trilo do Diabo. Pretendeu-se observar poética(s) da construção desse objeto e como Samila se apropria de diferentes estratégias a fim de estabelecer-se enquanto produtora (re)conhecida dentro e fora do microcosmo otaku. Os objetivos do trabalho se concentraram em investigar se o(s) fandom(s), comunidade(s) virtual(is) organizada(s) na ressignificação do conteúdo das franquias e da indústria cultural, com regras reunida(s) em torno de uma recepção não-passiva, em um modelo de consumo produtivo, constituem-se como sistema de cultura. Para debater essas dinâmicas, utilizou-se a teoria dos polissistemas, de Even-Zohar (2017). Desenhou-se como segundo objetivo propor que A Lenda de Fausto, em sua materialidade disposta no Nyah!, estabelece-se como literatura digital, apesar de não ser uma premissa comum ao gênero fanfiction, e como a prática empreendida na plataforma foi descontinuada e até mesmo apagada do contexto exordial na transição para mídiuns ulteriores. O terceiro objetivo foi notar como os fatores literários do fandom agregaram Samila ao polissistema literário por meio da transição ao mercado editorial impresso, o que gerou uma metamorfose de status – de produtora de fics a autora –. Por fim, buscou-se entender como se dá essa dupla existência de Samila/Ryoko, em ambientes com funcionamentos distintos. A tese defendida foi de que A Lenda de Fausto evidencia a intersecção de diferentes polissistemas por meio da mudança da materialidade: enquanto fic, uma série de fatores levou à legitimação no fandom. Enquanto romance publicado em livro, passou a ter outras formas de circulação e públicos mais amplos, gerando uma dupla camada de consagração: na comunidade fã e na literatura amapaense.
Teatrematizar: Afetações de uma professora de Matemática com escola, com teatro, com alunas, com...
Hannah Lacerda
O título, Teatrematizar, diz da temática do trabalho: uma pesquisadora, professora de matemática, atriz com a perspectiva de problematizar o produzir matemática e teatro, não matematizando o teatro, nem teatralizando a matemática, mas buscando uma potência dessa articulação. Durante o caminhar, uma pergunta de pesquisa se constitui: Que pode um grupo de estudantes produzir como experiências educativas junto a um processo teatral? No intuito de experienciar os possíveis dessa pergunta, são traçados os objetivos: acompanhar um grupo de teatro, criado por alunas de uma escola da Rede Estadual Paulista de Educação; afetar-se com as possíveis experiências educativas, produzidas junto a um processo teatral e pensá-las junto à Educação (matemática). Uma pesquisa como experiência. Uma tese adolescente. Uma pesquisadora que se encontra no entre. Um jogo compositivo, uma brincolagem. Aproximações a um teatro cego. Para a leitura da tese, prepare-se com um cheiro que se lembre de casa, uma das tantas que você pode ter tido. Um perfume, uma vela, um incenso… Traga consigo uma bebida para brindar e algo para comer (quem sabe morangos?). Para o tato, deixo com você meu abraço.
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