E suas fronteiras, de Fredrik Barth
De maneira competente e interessante, esta obra procura localizar historicamente o conceito de etnicidade. Para tanto, empreende análise de como os conceitos de raça, etnia, Estado e Estado-nação foram usados por autores do século XIX. O livro traz ainda um artigo clássico de F. Barth, referência fundamental para os estudos etnológicos.
Trabalha no CNRS e no SOLIIS da Universidade de Nice, na área de sociologia da linguagem, desenvolvendo análises de situações de interação da vida cotidiana. Foi colaborador, de 1973 a 1992, do IDERIC, na área de pesquisas sociolinguísticas.
É diretora de pesquisa no CNRS, coordenou inúmeras pesquisas sobre as relações intraétnicas para o IDERIC. Atualmente é responsável pela equipe SOLIIS na Universidade de Nice.
Por meio da análise crítica de diversos autores, especialmente de língua inglesa, Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart mostram como a problemática sociológica da etnicidade se constitui historicamente. O trabalho de Fredrik Barth, publicado pela primeira vez em 1969, é um marco e uma referência fundamental para os estudos sobre etnicidade. Barth é responsável pelo deslocamento de uma concepção rígida do grupo étnico para uma concepção flexível e dinâmica, para a qual as divisões étnicas devem estabelecer-se e reproduzir-se de modo permanente. Assim, o texto do antropólogo é verdadeiramente inovador neste campo.
Esta coletânea consiste de uma seleção de textos apresentados durante a XXVIII Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas, realizada em outubro de 2005 na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Unesp de Marília. O tema central foi a Teoria Crítica e suas conexões com a política, a estética e a educação, sobretudo no que se refere à sociedade contemporânea, congregando artigos nos quais os conceitos críticos da Escola de Frankfurt são mobilizados pelo objetivo central de compreender dialeticamente questões como a transformação histórica da natureza, o conceito de experiência de Benjamin, a teoria crítica e a religião no pensamento de Horkheimer, reflexões sobre cultura, política e ciência na sociedade contemporâna, a indústria cultura e a canção popular no Brasil, a globalização e a indústria fonográfica na década de 1990, a sociedade unidimensional e o processo de "deseducação", a educação, o preconceito e os limites da emancipação, a formação de professores e a universidade: indústria cultural e dialética negativa.
Esta coletânea carrega uma das características mais reveladoras do perfil de Gilberto Dupas (1943-2009): a do intelectual público. A obra reúne 35 artigos de sua autoria, selecionados entre os publicados na grande imprensa paulista, em especial nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo entre 1985 e 2009.
Neste livro os autores partem dos vínculos entre questão agrária e projeto nacional de desenvolvimento no contexto do século XXI, enveredando nos caminhos pelos quais a agricultura de países em desenvolvimento, em especial o Brasil, conectou-se com a economia mundial do pós-guerra. Tenta-se enquadrar o mundo "agro" aos estudos de economia política internacional, em particular os que examinam peculiaridades dos países em desenvolvimento em contextos cambiantes, como o cenário "desenvolvimentista" dos trinta anos do pós-guerra ou as restrições claramente depressivas e aprofundadoras das desigualdades com os planos de ajuste estrutural. Procura-se identificar os condicionantes postos por esse processo e suas consequências na ordem social, nos conflitos políticos, nas configurações produtivas.
Este livro foi concebido com base na produção do Centro de Estudos e Mapeamento da Exclusão Social para as Políticas Públicas (Cemespp) da Unesp de Presidente Prudente. A primeira parte tem como fio condutor a elaboração do conceito de exclusão dentro da realidade urbana brasileira, em que desigualdade e pobreza articulam-se e limitam as possibilidades de inclusão social. Na segunda parte, os pesquisadores abordam diferentes aspectos da construção de indicadores sociais, suas formas de representação e as particularidades da natureza da exclusão social no espaço urbano brasileiro metropolitano.