Uma investigação cultural e biológica do ódio, do preconceito e da guerra Articulando exemplos e estudos que vão da biologia até a literatura, o filósofo da ciência Michael Ruse enfrenta uma das mais espinhosas perguntas acerca da natureza humana: quais as raízes do ódio? Explorando temas como grupos e pertencimento, agressividade e cordialidade, racismo, antissemitismo e misoginia, Ruse traz neste ensaio contribuições da biologia, da arqueologia, da psicologia e da antropologia para refletir sobre a questão do ódio – tanto como um fenômeno a ser entendido quanto como um impulso a ser refreado. Um ensaio multidisciplinar que busca na história e nas ciências algumas pistas para o debate sobre a bondade (ou maldade) fundamental da alma humana.
Michael Ruse (1940-2024) foi um filósofo da ciência britânico. Escreveu ou atuou como organizador em mais de sessenta publicações. Especialista na história e na filosofia da biologia evolutiva, dedicou-se também às relações entre ciência e religião. Foi receptor das bolsas Guggenheim (EUA) e Killam (Canadá) e membro da Royal Society of Canada.
Este livro oferece uma visão abrangente e acessível do mundo do teatro, explorando sua história, suas teorias e práticas. Analisa-o de vários ângulos, desde o interesse em imitação encontrado nas pinturas em cavernas paleolíticas, passando pelo teatro de sombras usado por monges e missionários budistas até o desenvolvimento do teatro Nô no Japão, sem esquecer de Grécia e Roma da Antiguidade, e chegando ao teatro moderno e contemporâneo.
O ano de 1989 trouxe a perspectiva otimista de uma paz global duradoura, à medida que duras divisões territoriais e conflitos ideológicos que pareciam incontornáveis começaram a ser mitigados. Agora, três décadas depois, essa paz foi perdida. Com a guerra na Ucrânia e as tensões crescentes entre China, Rússia e o Ocidente, sem falar no Oriente Médio, a política das grandes potências domina novamente o cenário mundial. Isso poderia ter sido diferente? Este livro traz uma análise aguda e rigorosa sobre como o mundo perdeu sua chance de paz e, em lugar disso, viu o retorno da guerra na Europa, de rivalidades globais e ameaças nucleares.
Por que a música nos cativa tanto? Neste livro, Francis Wolff perscruta este mistério, partindo de questões simples para chegar a profundas revelações sobre a música e a natureza humana. “‘A música é a arte dos sons.’ Aos oito anos, fiquei maravilhado ao descobrir essa definição. Não sei se essa foi a minha iniciação em ‘teoria musical’, mas acredito que tenha sido minha iniciação em filosofia. [...] Só mais tarde descobri a armadilha das definições. Pois, ao mesmo tempo que elas parecem dar uma resposta satisfatória a um só ‘o que é?’, elas nos impõem outros ‘o que é?’ sem reposta. ‘O que é a arte?’ e ‘o que é o som?’ – e assim por diante, indefinidamente.”
Para Aristóteles, a filosofia se ocupa de todas as coisas existentes, mesmo não tendo a ciência de cada uma delas. Porém, para fazê-lo, devemos considerar todas as coisas em algum sentido que nos permita estudá-las como um conjunto. Diante desse desafio, o filósofo grego propõe que a multiplicidade de seres, a partir de suas propriedades gerais, pode ser classificada com base em dez conceitos fundamentais – as chamadas categorias. Constituindo a espinha dorsal da filosofia aristotélica, esta obra pavimentou, como paradigma primeiro, o caminho para vasta e variada tradição filosófica, lógica e epistemológica, sobretudo no Ocidente.
Como escrever sobre o problema do mal de maneira razoável, sem sobrecarregar o leitor com fórmulas metafísicas da teologia e da filosofia, e, ao mesmo tempo, sem deprimi-lo inutilmente com um compêndio histórico das desgraças humanas, de Adão e Eva à bomba atômica? Terry Eagleton enfrenta esse desafio fazendo deste livro uma espécie de caldeirão das bruxas de Macbeth, com ingredientes diversos, desde os mais sutis até aqueles considerados absolutamente repugnantes.