Práticas para um novo contexto online, interativo para o ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI
A questão abordada neste livro é como proporcionar ao estudante brasileiro de uma língua estrangeira contato autêntico com falantes dessa língua. Para a autora, a solução está no uso das tecnologias de informação, que estão se tornando cada vez mais acessíveis – hoje, um aluno brasileiro pode conversar com pessoas de praticamente qualquer lugar do mundo via internet, ao custo de uma fração do preço de uma chamada local de telefone. O livro detalha um projeto que vem se consolidando no Brasil e que já é bastante conhecido no exterior: o “Projeto Teletandem: línguas estrangeiras para todos”, que coloca alunos universitários brasileiros desejosos de aprender uma língua estrangeira em contato com universitários de outros países que estão aprendendo português. A modalidade Tandem nasceu na Alemanha no final dos anos 1960 e há décadas é utilizado em vários países da Europa. Segundo a autora, o complicador no Brasil é a distância geográfica e cultural de outros povos e línguas e também os obstáculos técnicos e financeiros para o estabelecimento de um intercâmbio realmente eficiente e frutuoso. O livro oferece subsídios para contornar essas dificuldades e auxiliar as práticas pedagógicas desenvolvidas nas aulas de línguas baseadas nas parcerias de teletandem.
Daniela Nogueira de Moraes Garcia possui graduação e mestrado em Letras pela Unesp e doutorado em Estudos Linguísticos pela mesma universidade, onde atualmente é professora assistente.
Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz.
Apresenta ensaios interpretativos de um livro clássico, que completou seu centenário de publicação em 2002. São enfocados aspectos artísticos, históricos e sociológicos, analisando as circunstâncias da construção da obra, uma epopéia que realiza uma avaliação histórica do episódio de Canudos e de seus personagens históricos, como o coronel Antônio Moreira César. Outros aspectos estudados são a recriação da obra para o francês e as diferentes interpretações que o livro recebeu desde o seu lançamento.
Neste livro, Vera Teixeira de Aguiar discorre sobre o fenômeno geral da comunicação, abordando questões centrais para a compreensão da natureza e da função, não apenas da linguagem verbal, mas de muitas outras linguagens, tais como a das imagens, da moda ou da propaganda, e das complexas relações que mantêm com a linguagem verbal, nas suas mais diferentes manifestações.
Este livro trata da obra de dois escritores: o espanhol José de Espronceda y Delgado (1808-1842) e o brasileiro Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852), ambos considerados expoentes de uma corrente noturna do Romantismo. A análise comparativa mostra o apreço que nutriram por obras, temas, arquétipos e outros elementos comuns em voga no romantismo europeu. Personagens que retomam o arquétipo do herói byroniano e sua problemática psique, a vaidade fáustica, a sedução donjuanesca, a bela e a fera habitando o mesmo ser, a loucura, o amor, a morte e uma profusão de imagens que simbolizam a complexa teia de sentimentos díspares, ambíguos e violentos que emergem do inconsciente. A forma com que cada escritor relê esses elementos deixa entrever motivações de cunho estético e/ou político e acabam produzindo obras que remetem, por meio de um sistema simbólico transnacional, uma revisão das polêmicas locais. O florescimento do espírito revolucionário romântico impulsionou a leitura e a releitura de velhos mitos renascentistas para fazê-los ressurgir sob uma nova roupagem.
A autobiografia e outros gêneros textuais correlatos despertam grande interesse, sobretudo nas últimas décadas, tanto de um público de leitores cada vez maio quanto de pesquisadores de várias áreas. Essas formas de elaboração textual de fatos memorialistas, histórico e ficcionais, por um lado, vêm ao encontro da necessidade de troca de experiências individuais e coletivas de que o homem foi paulatinamento privado, seja pelo mundo de consumo intenso que o cerca, seja pela reificação da vida e pelo abandono dos valores da tradição; por outro lado, tais textos se encontram em um entroncamento multidisciplinar muito produtivo, por aproximam diferentes áreas das Ciências Humanas – os Estudos Literários e a Linguística, a História e a Filosofia, a Psicanálise e os Estudos Culturais, entre outras –, permitindo a ampliação do conhecimento nessas áreas e o encontro do autor/narrador/personagem/leitor com as escrituras do eu.