Esta obra discorre sobre o problema da vinculação entre pensamento (ou linguagem) e realidade tal como ele é formulado e discutido por Ludwig Wittgenstein, especificamente em sua produção filosófica a partir da década de 1930. Antonio Segatto examina o modo como o filósofo concebe aquilo que chamou de “harmonia entre pensamento e realidade” e como enfrenta as questões que giram em torno dela.
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Escritos entre 1930 e 1933 por Karl Popper, os ensaios que compõem esta obra, até agora inédita em português, precedem e dão origem ao clássico A lógica da pesquisa cientifica. No livro, o filósofo identifica os dois problemas fundamentais queestão igualmente na base dos problemas clássicos e modernos da teoria doconhecimento – o da “indução” e o da “demarcação” – e busca reduzi-los a um único problema. Debruçado sobre o “problema da indução”, que se refere à validade ou à justificação das proposições universais das ciências empíricas, Popper pergunta: “Enunciados factuais, que se baseiam na experiência, podem ser válidos universalmente? É possível saber mais do que se sabe?”. E, voltando-se ao “problema da demarcação”, concernente ao critério de demarcação científica, questiona: “Como se pode, em caso de dúvida, decidir se temosdiante de nós uma proposição científica ou ‘apenas’ uma afirmação metafísica?Quando uma ciência não é uma ciência?”. Essa última não é questão meramente de definição (“O que é ciência?”), mas envolve o centro do que se deve entender como o saudável método científico, aquele procedimento responsável pelo impressionante progresso da ciência empírica. Este livro representa, enfim e acima de tudo, uma nova tentativa de soluçãodessas questões cruciais e entrelaçadas da metodologia e teoria da ciência, paralelamente à eliminaçãodos pressupostos não percebidos e não examinados que levaram à aparente insolubilidade dos problemas da indução e demarcação.
Porta de entrada para o estudo da filosofia quineana, De um ponto de vista lógico reúne nove ensaios, entre os quais figura o indispensável “Dois dogmas do empirismo”, artigo que deu fama internacional a Quine e é, ainda hoje, um dos trabalhos mais discutidos na tradição da filosofia analítica.
As conferências e os comentários reunidos neste volume se concentram nas obras de filósofos e cientistas sociais que estão marcados de um modo particular por seus contextos históricos. As duas últimas contribuições tematizam os próprios contextos.
A perspectiva da teoria crítica sobre as relações entre fé, saber e ideologia no seio do Estado de direito. No presente livro, Habermas investiga criticamente a oposição entre naturalismo e religião a partir de quatro eixos fundamentais: no primeiro, aborda as condições pós-metafísicas de uma razão destranscendentalizada que se orienta em sentido normativo; no segundo, reflete acerca dos limites de uma teoria normativa do Estado de direito para dar conta do pluralismo religioso e da presença cada vez mais constante da religião na esfera pública; no terceiro, trata do pensamento pós-metafísico em relação ao naturalismo e à religião, confrontando as oposições entre liberdade e determinismo, razão e natureza, fé e saber; por fim, no quarto eixo, conecta o controle estatal do pluralismo religioso e ideológico às condições ambíguas da tolerância religiosa e à constituição política de uma sociedade mundial.
Eugenio Garin procura mostrar como um tipo de cultura estreitamente relacionado originalmente às cidades italianas do início da Época Moderna acaba por se constituir uma das precondições para a renovação da ciência e do pensamento científico, trazendo uma nova concepção das relações entre o homem e as coisas, universalizando assim o que parecia específico e localizado.