Os textos que compõem a coletânea Construções subordinadas nas variedades lusófonas: uma abordagem discursivo-funcional constituem os resultados de pesquisas abrigadas no Projeto do mesmo nome, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Gramática Funcional (GPGF), da UNESP/SJRP, sob a perspectiva do modelo teórico da Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008).
Uma contribuição significativa desta obra está em sua própria organização, já que é composta de duas partes: a Parte I é dedicada à subordinação na oração, e a Parte II, à subordinação no sintagma, o que revela um tratamento inédito do fenômeno, raramente dado pela tradição gramatical
A subordinação na oração, por sua vez, se subdivide em subordinação de argumentos, em que se incluem as orações-complementos (Completivas - subjetivas e objetivas) e a oração-predicado (Predicativa), e subordinação de modificadores, em que se encontram as orações adverbiais. Na segunda parte, dedicada à subordinação dentro do sintagma, as orações subdividem-se também em subordinada argumental, a tradicionalmente denominada Completiva Nominal, e subordinada modificadora, denominada Adjetiva.
Ao todo, a coletânea é composta de dez capítulos, sendo o primeiro dedicado a uma breve apresentação da teoria da Gramática Discursivo-Funcional (GDF), que irá, de certo modo, balizar os tratamentos específicos que se desenvolvem nos capítulos subsequentes. Os outros nove capítulos apresentam todos a mesma estrutura, iniciando com Palavras Iniciais, seguida da descrição da oração em pauta e finalizando com Palavras Finais, o que dá uniformidade à obra, como se fosse um livro autoral. Fecham a obra as Considerações Finais, em que se apresenta um balanço dos estudos aqui reunidos, mostrando que despojar as descrições de seu suporte tecnicamente formal resultou em saldo positivo, cumprindo-se o objetivo de facilitar a compreensão do leitor para o que está realmente no foco do volume, o que não implica perda de complexidade descritiva. Além disso, em relação à abordagem teórica adotada, a concepção de organização descendente da gramática, que se inicia no Ato Discursivo, priorizando as propriedades pragmáticas e semânticas como motivações da codificação morfossintática e fonológica, fornece um tratamento novo para a subordinação, evitando repetir descrições já realizadas na tradição gramatical, com as quais, todavia, os textos dialogam constantemente.
Autor de 2 livros disponíveis em nosso catálogo.
Esta coletânea traz um conjunto de textos baseados em dissertações de alunos do Programa de Pós-Graduação em Estudos Lingüísticos da UNESP, campus de São José do Rio Preto, da área de Descrição e Análise Lingüística, que tratam da aplicação do modelo da Gramática Funcional Padrão ao português oral e escrito. Os autores integram o Grupo de Pesquisa em Gramática Funcional (GPGF), que tem se destacado nacional e internacionalmente como um dos grupos funcionalistas mais atuantes na área. O livro pretende não só divulgar esse modelo teórico como também mostrar sua eficácia na descrição lingüística, além de constituir a primeira obra em português a mostrar a contribuição dessa teoria para a descrição da língua portuguesa.
Apresenta ensaios interpretativos de um livro clássico, que completou seu centenário de publicação em 2002. São enfocados aspectos artísticos, históricos e sociológicos, analisando as circunstâncias da construção da obra, uma epopéia que realiza uma avaliação histórica do episódio de Canudos e de seus personagens históricos, como o coronel Antônio Moreira César. Outros aspectos estudados são a recriação da obra para o francês e as diferentes interpretações que o livro recebeu desde o seu lançamento.
A análise de A máquina do mundo repensada, considerado o poema síntese da obra de Haroldo de Campos, é o tema deste livro, cujo título revela a concepção da autora em relação à obra do poeta, tradutor e crítico paulistano. De acordo com a autora a antropofagia é traço presente nas convergências estabelecidas pelo poeta em toda a sua obra. E em relação ao poema analisado, afirma: “o eu-poético, simulacro do próprio Haroldo de Campos, dialoga com a tradição literária, a religião, os mitos de criação e a moderna física quântica em busca de respostas para a origem do universo”. O estudo mostra de que forma o poema é construído e como essa construção reflete o pensamento poético, o estilo, as obsessões e a mitologia do poeta, enfim, sua utopia. Como afirma no prefácio a professora Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan, “de leitura obrigatória para os estudiosos da poética de Haroldo de Campos, o livro que agora se publica nasce como referência fundamental aos estudos de poesia brasileira”.
Este é um livro exclusivamente dedicado às narrativas de viagem que mencionam o Brasil, catálogo acessivel e de fácil consulta, que oferece ao leitor dados acerca dos autores e de suas obras. O painel resultante exibe tanto a rica complexidade do país e de suas origens quanto a riqueza dos olhares que lhe dedicaram atenção.
A produção social da escrita reúne quase duas décadas de reflexões de Williams, coligindo palestras e ensaios realizados entre 1964 e 1983. Seus trabalhos examinam estilos literários e autores específicos: a forma dramática e a linguagem de Racine e Shakespeare; a ficção inglesa em 1848; David Hume, Charles Dickens e a transformação da prosa inglesa. O volume inclui, ainda, ensaios sobre a tradição dos estudos literários em Cambridge e sobre o papel da região e da classe no romance.