Depoimentos e estudos
Este livro investiga a relação entre intelectuais lusos e a cultura nacional, com destaque para os nomes de Jorge de Sena, Sidónio Muralha, Adolso Casais Monteiro, Agostinho da Silva, Eudoro de Sousa, Ferreira de Castro, Manuel Rodrigues Lapa e Vitorino Nemésio.
Departamento de literatura, Faculdade de Ciências e Letras Unesp, câmpus Araraquara (SP).
Departamento de literatura, Faculdade de Ciências e Letras Unesp, câmpus Araraquara (SP).
Departamento de Literatura, Faculdade de Ciências e Letras Unesp, câmpus de Araraquara (SP).
Departamento de literatura da Faculdade de Ciências e Letras Unesp, câmpus de Araraquara (SP).
Coletânea de 24 estudos acerca de obras de língua portuguesa que se situam na área fronteiriça entre história e literatura. Assumindo este foco, as discussões empreendidas cobrem um período que vai da Idade Média até nossos dias, envolvendo, assim, um riquíssimo elenco de autores: de Camões a Vieira, Herculano e Antero de Quental, entre outros.
Quais seriam os limites entre uma literatura infantil, ou infantojuvenil, e a literatura “adulta”? Constituiria a literatura infantil um afluente no grande curso da literatura mundial ou seria ela parte integrante e inseparável do todo? A partir de quando terá existido uma literatura com foco específico em um público infantil? Buscando desenovelar essa história, este livro ajusta lentes para enxergá-la de perto, dentro de outra história, a história da literatura no Brasil.
Quase quarenta anos depois de ter sido lançado pela primeira vez, Análise estrutural de romances brasileiros ainda tem muito a contribuir nos estudos de literatura. Além de permitir que os leitores ampliem conhecimentos sobre o Estruturalismo, esta nova edição traz um pujante debate entre o autor e o crítico Antonio Candido, a partir de estudos focados na análise de O cortiço. Há ainda ensaios sobre obras como O guarani, A Moreninha, Esaú e Jacó, Vidas Secas e A Legião Estrangeira, neste livro que traça elementos para uma teoria do romance no Brasil.
Nas palavras da autora, o estudo seguiu “um impulso de explicar, por um lado, o modo de ser do brasileiro, seu gosto pela conversa fiada, suas silabadas políticas; e, por outro, de descobrir a genealogia dos sistemas acadêmicos luso-brasileiros, revelando o fraco dos intelectuais tupiniquins pelo louvor, pela exibição pública, pela esgrima das palavras”. A pesquisa, porém, levou a autora a investigar e analisar a instrução de caráter retórico ministrada desde o tempo do Marquês de Pombal e seus reflexos no Brasil sob Pedro I. O período é balizado por duas obras relevantes para a história das relações escolares no país: O verdadeiro método de estudar, de Luís Antônio Verney, de 1746, base teórica para a reforma na instrução lusófona, e as Lições elementares de eloquência nacional para uso da mocidade de ambos os hemisférios, de Francisco Freire de Carvalho, de 1834, que uniformizaram o ensino da retórica no Brasil. Por meio de um texto claro e com pitadas de bom humor, a autora revela a importância que o ensino da retórica teve no uso da língua portuguesa, na medida em que a matéria contribuiu no estabelecimento de regras comuns para o idioma e influenciou a formação de “um conjunto de palavras comuns e de um jeito de falar peculiar que, depois, chamou-se de brasileiro”. A partir desse quadro, a historiadora analisa como a cultura oral marcada pela retórica transferiu-se para a cultura escrita, representada pela imprensa da época, e de que forma fomentou o gosto pela leitura e pela escrita no Rio de Janeiro da época.
O mercado editorial vive tempos turbulentos. Durante aproximadamente cinco séculos, os métodos e as práticas de publicação de livros permaneceram os mesmos. Porém, na aurora do século XXI, a indústria de livros talvez tenha chegado diante de seus maiores desafios desde Gutenberg. Uma conjunção de pressões econômicas e mudanças tecnológicas vem forçando as editoras a alterar suas práticas e a refletir profundamente sobre o futuro dos livros na era digital.