Discurso democrático, prática autoritária
O livro aborda a atuação da Justiça penal no Brasil atual, identificando a permanência do autoritarismo no trato dos conflitos criminais. Mesmo atravessando uma grave crise de legitimidade, o campo jurídico que atua na área penal pouco tem contribuído para a consolidação democrática nacional. Ao contrário, grande parte desse campo atua no sentido de manter intacta a política criminal hegemônica, voltada à ampliação da repressão e ao uso contínuo do encarceramento. Tal política, implementada no Brasil logo após a abertura de 1985, ajusta-se ao projeto liberal também em curso no país. O estudo defende, portanto, a existência de uma resistência do campo jurídico, principalmente em matéria penal, em se coadunar com o seu discurso democratizador.
Autor deste livro.
Esta coletânea carrega uma das características mais reveladoras do perfil de Gilberto Dupas (1943-2009): a do intelectual público. A obra reúne 35 artigos de sua autoria, selecionados entre os publicados na grande imprensa paulista, em especial nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo entre 1985 e 2009.
Este é um livro exclusivamente dedicado às narrativas de viagem que mencionam o Brasil, catálogo acessivel e de fácil consulta, que oferece ao leitor dados acerca dos autores e de suas obras. O painel resultante exibe tanto a rica complexidade do país e de suas origens quanto a riqueza dos olhares que lhe dedicaram atenção.
Trecheiros são indivíduos que perambulam por rodovias, geralmente em trechos delimitados, sobrevivendo da mendicância ou de pequenos e esporádicos trabalhos. São geralmente usuários intensivos de álcool e encontram-se em uma situação de exclusão social. Este denso trabalho de investigação traz informações e detalhes interessantes sobre o cotidiano da vida desses errantes, além de oferecer um quadro amplo para a compreensão da errância no panorama geral da sociedade contemporânea. Pelo relato de diversos casos, o autor oferece preciosas histórias de vida que têm como epicentro a ruptura com o sedentarismo estável e o mergulho radical no nomadismo.
Esta coletânea consiste de uma seleção de textos apresentados durante a XXVIII Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas, realizada em outubro de 2005 na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Unesp de Marília. O tema central foi a Teoria Crítica e suas conexões com a política, a estética e a educação, sobretudo no que se refere à sociedade contemporânea, congregando artigos nos quais os conceitos críticos da Escola de Frankfurt são mobilizados pelo objetivo central de compreender dialeticamente questões como a transformação histórica da natureza, o conceito de experiência de Benjamin, a teoria crítica e a religião no pensamento de Horkheimer, reflexões sobre cultura, política e ciência na sociedade contemporâna, a indústria cultura e a canção popular no Brasil, a globalização e a indústria fonográfica na década de 1990, a sociedade unidimensional e o processo de "deseducação", a educação, o preconceito e os limites da emancipação, a formação de professores e a universidade: indústria cultural e dialética negativa.
Nesta obra, Giorgio Baratta revisita os Cadernos e as Cartas do cárcere para construir um instigante diálogo com a heterogênea recepção do pensamento de Antonio Gramsci pelo mundo. Em suas palavras: “o contraponto que se tenta aqui é a busca de uma modalidade de pensar, mais que sobre Gramsci, com ele: ou, melhor, com ele, além dele, até o nosso presente”.