Neste livro, o autor procura entender e sistematizar as coordenadas teóricas, práticas e éticas que fundamentam tais modelos de clínicas nos ensaios escritos nessa investigação, com a intenção de esclarecer e orientar a própria práxis. O objetivo consistiu em problematizar, a partir da práxis, da documentação e da literatura, as possibilidades clínicas no campo da Psicologia, distinguindo e caracterizando seus modelos de atenção e também procurando entender quais são os efeitos éticos promovidos. O autor também buscou trabalhar com o conceito fundamental de subjetividade para pensar e problematizar de modo paradigmático o campo psicológico e a área da clínica, com destaque o conceito de subjetividade numa acepção muito precisa: a que emerge da Psicanálise do campo de Freud e Lacan e o tipo de clínica que daí deriva, como fundamental para um psicólogo que se pretenda psicossocial.
Introdução estimulante e abrangente aos estudos de psicologia Explorando alguns dos avanços e desenvolvimentos mais importantes na psicologia – desde a psicologia do desenvolvimento, passando por questões relacionadas à adolescência e a comportamentos agressivos, chegando à psicologia cognitiva – esta é uma introdução estimulante para qualquer pessoa interessada em compreender a mente humana.
Este livro representa uma síntese dos resultados da pesquisa “A Psicologia Histórico-Cultural na pesquisa brasileira: levantamento dos grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq” e apresenta também alguns de seus desdobramentos. O objetivo geral foi analisar a inserção da Psicologia Histórico-Cultural no âmbito da investigação científica no Brasil, em grupos de pesquisa que a indicam formalmente como norteadora de seus trabalhos. Tomou-se como referência os grupos cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que apontassem a Psicologia Histórico-Cultural como referencial teórico. Os dados foram extraídos do diretório durante o ano de 2018.
A proposta deste livro é produzir uma contra narrativa sobre as relações entre as pessoas, as drogas e as cidades na região latina, e assim ocupar o espaço de embate frente às “monoculturas” do saber e das escalas pautadas por um modelo eurocêntrico íntimo das violências praticadas e reproduzidas historicamente no continente. O texto é um testemunho construído por um compilado de situações que foram experenciadas, sentidas e percebidas pelo autor, e assim interpretadas e conectadas ao texto como análise de pesquisa – um registro científico bastante pessoal.
Partindo da perspectiva da Análise Institucional, incluindo contribuições analíticas genealógicas, este livro analisa uma ampla literatura sobre a política pública de atenção aos direitos e de atendimento de crianças e adolescentes na atualidade brasileira. Por meio de análise crítica tanto da documentação (arquivos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) quanto da bibliografia, o autor busca aprofundar a compreensão sobre estrutura, modo de funcionamento, efetividade, principais problemas e desafios que enfrentam as entidades assistenciais que atendem crianças e adolescentes considerados em “situação de risco pessoal e social”.
Os textos que compõem a presente obra oferecem uma percepção aguda do dilema ético-político contemporâneo, especialmente no contexto nacional, ao colocar o fascismo em questão, e vão além, ao propor a radical questão: como reagir a ele, sem ao mesmo tempo, nos tornarmos fascistas? Esse é um dilema que ocupa lugar central no clima ético-político do início da segunda década do século XXI, no contexto da pandemia provocada pelo vírus COVID-19, caracterizado nos termos de um negacionismo científico sem precedente, ao menos desde o início da modernidade; e também pelo retorno dos fantasmas do autoritarismo e de suas variadas práticas, que lhe dão sustento: disseminação de fake News, produção de “mitos”, servidões voluntárias, necropolíticas (entre elas, negação da eficácia das políticas de vacinação), entre outras.
São diversos os caminhos de estudo que se apresentam quando se busca compreender como a fenomenologia descreve a percepção e como suas contribuições podem se ligar às preocupações concretas de quem vive no século XXI. Destacam-se discussões referentes aos vínculos entre a percepção e a ação, entre a percepção e a consciência, entre a percepção e o desejo, à dinâmica da percepção no tocante à passividade e à atividade, ao lugar do corpo nas indagações acerca do fenômeno perceptivo, à relação entre a experiência sensível e o mundo social, além do papel da estética nos estudos da percepção.Neste livro, fruto de pesquisas empreendidas ao longo de nove anos, envolvemo-nos nessas matérias, empenhados em examinar os fundamentos da fenomenologia da percepção e seus desdobramentos a partir de uma matriz conceitual que prioriza, justamente, a natureza corpórea e ativa da percepção.
O desamparo é uma experiência fundamental e estruturante da condição humana. Está ligado ao que Freud chamou de Urangst, ou angústia originária, isto é, origem de todas as angústias subsequentes. Após o nascimento, o desamparo decorre da situação de máxima dependência dos cuidados ambientais e está ligado à fragilidade do neonato, à sua mortalidade, a tudo que significa ameaça de perda, trauma ou ferimento da integridade narcísica. Ser inserido no mundo da linguagem com suas mensagens enigmáticas torna o desamparo ainda mais nítido: ele se mantém durante toda a vida e está associado ao que Freud chamou de rochedo da castração, ou seja, a tudo que é inelutável e irredutível na condição humana. Nunca seremos tudo que gostaríamos de ser. O encontro consigo e com o outro em sua alteridade vai sempre suscitar alguma forma de tradução, metabolização ou sublimação. A ilusão de completude narcísica vai sempre se chocar com a realidade da falta, com a realidade de ser lançado na experiência de ser, sem garantias e sem proteção; confrontado, desde o início e sem trégua ao luto originário, ao imperativo de renunciar às ambições de tudo possuir, tudo poder e tudo ser. Embora irredutível, através do amor fati, o desamparo pode se transformar em desafio: há nele, desde o princípio um apelo a dar e a encontrar sentidos e laços sociais. A experiência originária de desamparo é assim: nunca termina de ser feita, mas é justamente ao se rever que encontra seu verdadeiro sentido. ELISA MARIA DE ULHÔA CINTRA
A explosão dos casos de depressão é um fenômeno mundial e complexo. Sua compreensão requer a mobilização de diversas áreas do saber. O presente livro propõe uma análise aguda e abrangente do problema, trazendo importante contribuição para o estudo desta condição que vem se tornando epidêmica, especialmente após a ascensão do neoliberalismo em nível global.
Este volume apresenta ao público brasileiro uma antologia de importantes textos de Theodor Adorno sobre “Indústria Cultural”, conceito estabelecido por ele e Max Horkheimer na década de 1940. Os nove ensaios que compõem esta coletânea abordam criticamente questões de várias artes e áreas do conhecimento (música, rádio, cinema, literatura, política, sociologia e filosofia), possibilitando uma compreensão abrangente da evolução histórica de um dos temas centrais da reflexão adorniana.